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Ética E Moral: A Busca Dos Fundamentos

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Por:   •  4/4/2013  •  1.244 Palavras (5 Páginas)  •  4.125 Visualizações

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Resenha Crítica - BOFF, Leonardo. “Ética e Moral: A busca dos Fundamentos”

I. Ética: a doença e seus remédios

O autor é claro e extremamente objetivo quando fala da dos riscos que afetam o planeta terra, que “por causa da atividade humana altamente depredadora de todos os ecos sistemas”, a biosfera do nosso planeta está se esvaindo e pedindo socorro.

O poder de escolha e decisão de mudar tudo isso é nossa e tem urgência de que seja já, pois “Estimativas otimistas estabelecem como data-limite para esta decisão o ano de 2030”, caso contrário o planeta e a vida existente nele correm o risco de desaparecer por completo.

Boff adverte:“Urge refazer o caminho de volta, rumo à casa materna comum e irmanarmo-nos com todos os seres. Temos que deixar o exílio, cultivar saudades, como na parábola do filho pródigo, reavivar sonhos antigos de comunhão, de paz sem ameaça, de benquerença generalizada, sonhos escondidos em seus mitos, ritos e estórias.”

II. Genealogias da ética

Nesta segunda parte o autor fala sobre a necessidade de uma medida entre a razão e a paixão, pois somente com o balanceamento entre paixão e razão, surgem duas forças que sustentam uma ética promissora: a ternura e o vigor. Sendo a ternura o cuidado com o outro e o vigor a contenção sem dominação que transforma sonho em realidade. Essas premissas fazem surgir uma ética capaz de abranger todos na família humana. Essa ética se estrutura conforme os valores fundamentais, é um ethos que ama, cuida e se solidariza.

Há muita confusão acerca do significa de ética e moral. Popularmente são sinônimos, entretanto, olhando mais de perto, vemos que não. Sendo assim o autor define a ética e a moral da seguinte forma:

A ética é a parte da filosofia. Considera concepções de fundo acerca da vida, do universo, do ser humano e de seu destino, estatui princípios e valores que orientam as pessoas e sociedades. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções.

A moral é a parte da vida concreta. Trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente estabelecidos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com os costumes e valores consagrados. Estes podem eventualmente, ser questionados pela ética (segue os costumes até por conveniência), mas não necessariamente ética (obedece a convicções e princípios).

O autor é explicito que essas definições são úteis, porém, abstratas “porque não mostram o processo como a ética e a moral, efetivamente surgem”.

Ele também destaca sete tipos de “ethos”:

O ethos que procura: A ética segue o destino da razão, e a natureza da razão é procurar. O ethos que ama: O amor é central, porque, para o cristianismo, o outro é central. Sem passar pelo outro não é possível encontrar Deus nem alcançar a plenitude da vida. O ethos que cuida: O cuidado faz parte da constituição do ser humano. Sem ele não é humano. O ethos que se responsabiliza: Responsabilidade é a capacidade de dar respostas eficazes aos problemas da realidade complexa atual. Ela revela o caráter ético da pessoa.O ethos que se solidariza: A solidariedade se encontra na raiz do processo de humanização. O ethos que se compadece: A compaixão precisa estar incorporada para que o ethos seja plenamente humano, compartir a paixão do outro e com o outro. O ethos que integra: Em São Francisco de Assis há a integração de todos os ethos, o ethos no sentido originário, fazendo deste mundo a morada benfazeja do ser humano.

III. Virtudes cardeais de uma ética planetária

O autor salienta que “os efeitos mais avassaladores do capitalismo globalizado e de sua política, o neoliberalismo, é a demolição da noção de bem comum ou de bem-estar social.” E o que seria esse bem comum?

Bem-comum seria a junção da cidadania ativa (participação) e da cooperação. É o acesso justo de todos aos bens básicos como alimentação, saúde, moradia, energia, segurança e comunicação. No plano humanístico é o reconhecimento, o respeito e a convivência pacífica. O Capitalismo, e sua ideologia política, trouxeram efeitos fortemente prejudiciais, como a destruição dessa noção de bem comum ou bem-estar social.

Ele também fala da questão da preservação e do consumo: “A autolimitação significa um sacrifício necessário que salvaguarda o Planeta, tutela interesses coletivos e funda uma cultura da simplicidade voluntária. Não se trata de não consumir, mas consumir de forma responsável e solidária para com os seres humanos e os demais seres vivos de hoje e que virão

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