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Ética Michael sandel

Por:   •  7/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.954 Palavras (8 Páginas)  •  714 Visualizações

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Michael J. Sandel

Contra a Perfeição

Ética na era da engenharia genética

Turma: 1º período noturno      Curso: Economia

Aluna: Nathália Ferreira Pestana Martins     Disciplina: Ética e Cidadania

Faculdade: Mackenzie Rio      Professor: Antônio José

1

  • “A maior parte do ultraje alheio centrava na acusação de que elas haviam deliberadamente infligido uma deficiência a seu filho. Duchesneau e Mc Cullough negaram que a surdez fosse uma deficiência e argumentaram que desejavam apenas ter um filho igual a elas. (...) Será errado ter um filho surdo? Se sim, o que torna isso errado? A surdez ou o propósito? ”                  (Michael J. Sandel, 2007, pág. 16)

Definição de deficiência:

de.fi.ci.ên.cia 
sf (lat deficientia1 Falta, lacuna. 2 Imperfeição, insuficiência. Biol Mutação cromossômica que consiste na perda de um pedaço de cromossomo. D. mental:oligofrenia. (retirado do dicionário de Português Michaelis)

Opinião: Neste caso é errado sim, pois a surdez é um tipo de deficiência. Se o homem tem ouvidos para ouvir, olhos para ver, mãos e pés para tocar e se deslocar. Quando alguma dessas partes do corpo não desempenha a função necessária a pessoa tem certas barreiras a mais do que quem tem todas as partes do corpo desempenhando suas devidas funções. E a partir do momento em que elas decidem ter um filho surdo elas estão decidindo que a criança nunca poderá ouvir, sem saber se ela terá o desejo de ouvir algum dia.

E seria errado pela surdez... Porque quando alguém escolhe um doador cujo esperma é saudável, forte, alto e inteligente não estão escolhendo características nas quais pudessem prejudicar de alguma forma a criança a realizar as tarefas em sua vida e nem a sua segurança. Porém quando a escolha do doador tem como objetivo uma deficiência, a pessoa está impondo a outra que irá nascer uma condição desvantajosa, na qual a impossibilita de realizar certas coisas, frequentar alguns lugares ou prejudica a sua segurança.

2

  • “Um casal infértil estava à procura de uma doadora de óvulos – mas não de qualquer doadora. Ela precisava ter 1,80 metros de altura, ser atlética, não ter maiores problemas médicos no histórico familiar e ter tirado 1.400 pontos ou mais nas provas do SAT. Em troca do óvulo de tal doadora o anúncio oferecia US$50 mil. ” (Michael J. Sandel, 2007, Pág. 16)

Opinião: se este caso se passasse no Brasil seria errado, pois seria imoral tal ato... Se o casal procurasse a doadora do óvulo que tivesse tais características sem oferecê-la cinquenta mil dólares em troca, não seria imoral, pois não estaria precificando a vida do bebê. É contra a lei pagar pela vida de alguém. E para muitas pessoas (e inclusive em minha opinião) seria antiético, pois se o casal valoriza tanto a vida de um filho, eles não estariam se importando tanto com as características físicas da criança.

3

  • “Alguns afirmam que a clonagem é errada porque viola o direito da criança à autonomia. Ao escolher de antemão as características genéticas de um filho, os pais o confinariam a uma vida à sombra de alguém que já existiu e, assim privariam a criança do direito a um futuro aberto.”

-Michael J. Sandel (pág. 20)

Opinião: Realmente a criança clonada viveria uma vida à sombra da vida de alguém que já existiu. Todos que convivessem com ela iriam compara-la com a pessoa que faleceu. Ela iria crescer ouvindo que faz coisas iguais a de alguém, não por acaso ou por ser filho deste, mas sim por ser literalmente a cópia de alguém. A pessoa poderia se sentir alguém sem identidade, pois tudo o que ela fez/faz/irá fazer é algo que outra pessoa faria igual. Além dessas questões ainda existe a questão física, pois existe o risco da pessoa clonada nascer com deformações físicas e mentais.

4

  • “Valorizar os filhos como dádivas ou bênçãos não é ser passivo diante da doença ou da enfermidade. Curar uma criança doente ou ferida não sobrepuja suas capacidades naturais; ao contrário, permite que elas floresçam. Embora os tratamentos médicos intervenham na natureza, eles assim o fazem em nome da saúde e, portanto, não representam uma tentativa sem limites de maestria e dominação.” - Michael J. Sandel (Pág. 60)

Opinião: Ao pensarmos até onde é certo intervir na natureza humana, pensamos também se tratamentos de doenças, deficiências mentais e físicas são métodos corretos, pois também interferem em algo que aconteceu naturalmente sem a interferência de alguém. Porém, podemos concluir que é correto o uso de tais métodos, pois eles buscam melhorar a qualidade de vida de pessoas que viviam, de forma não saudável; buscam salvar vidas, pois dependendo da doença pode levar a morte.  Não sendo assim considerado como hybris* dos pais projetistas, o que é bem diferente, porque na questão dos tratamentos para doenças ou enfermidades os pais buscam melhorar a saúde e qualidade de vida dos seus filhos, porém, na questão dos pais projetistas eles buscam melhorar um filho que não tem doença e nem enfermidade que o atrapalhe a ter qualidade de vida. É mais uma questão de satisfação própria por ter um filho de mais sucesso do que de melhoria na qualidade de vida do mesmo.

Podemos ver também por outro lado além desse, que é: será que a criança que estaria sendo alterada geneticamente quer passar por isso? Será que ela se sente bem sendo tão melhor do que a maioria? E mesmo que se sinta bem, é justo? Porque em competições onde pessoas não alteradas geneticamente competem por algum prêmio, seria injusto alguém com vantagens genéticas não naturais competir. Então não seria justo e nem correto a alteração genética para fins que não sejam a obtenção de saúde e melhor qualidade de vida para pessoas deficientes ou doentes.

*Hybris: é um conceito grego que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida; descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunçãoarrogância ou insolência. (fonte: Wikipédia)

5

  • “Alguns pais fazem os filhos de 4 anos passarem por um treinamento específico para esse teste. ” – Michael J. Sandel (Pág. 70)

Opinião: A busca incessante por filhos perfeitos e muito bem sucedidos está levando cada vez mais os pais a investirem na educação e na saúde dos mesmos. Este fato ocorre porque há uma procura por mais poder aquisitivo, mais qualidade de vida e mais reconhecimento profissional. Funciona como se o sucesso fosse um produto, e o mercado desse “produto” estivesse crescendo mais a cada ano. É certo que para o desenvolvimento da humanidade essa busca por cada vez mais sucesso é ótima, pois faz com que os profissionais do mercado de trabalho se especializem ainda mais, gerando assim uma oferta maior de melhores empregados no mercado. Por contra partida existem as consequências disso, que são: menos descanso, aumento dos gastos durante a vida (cursos, faculdade e pós-graduações) e menos tempo de lazer.  Porém tudo tem que ter uma medida certa, pois a busca em excesso pelo sucesso nos leva a cogitar possibilidades absurdas como: alterar geneticamente pessoas. Sou a favor dessa disputa por sucesso, porque é isso que movimenta o mercado (a competição) e sem isso não existira a sociedade que vivemos hoje, uma sociedade capitalista.

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