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Justiça - Michael Sandel

Por:   •  26/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  407 Palavras (2 Páginas)  •  1.900 Visualizações

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No capítulo 7 intitulado “A ação afirmativa em questão”, Sandel apresenta a história de uma jovem chamada Cheryl Hopwood que nasceu numa família simples e foi criada apenas por sua mãe. Ela desde o ensino médio luta para ingressar na faculdade, entretanto, mesmo após obter uma boa nota no exame de admissão da Universidade do Texas para o curso de direito, Hopwood não consegue sua tão sonhada vaga. A garota alega ter sido injustiçada pelas ações afirmativas adotas pela universidade (cerca de 15% das vagas), e um tempo depois resolve levar o caso a justiça. A universidade se pronunciou dizendo que sua missão era aumentar a diversidade racial e étnica da carreira do Texas, mesmo com a explicação o sentimento de injustiça prevaleceu com a jovem.

Diante disso, fica o questionamento: será que é injusto utilizar a raça e a etnia como elementos cruciais para a admissão de pessoas menos favorecidas numa faculdade ou no mercado de trabalho? Para responder a essa pergunta, vamos analisar três argumentos a favor das ações afirmativas para que elas sejam levadas em consideração.

A primeira delas é a correção de distorções em testes padronizados. Nesse ponto, acredita-se que os exames de admissão aplicados nas instituições de ensino não são capazes de medir de forma concreta e verdadeira o nível de conhecimento e sucesso de um aluno. Para afirmar isso, há casos como o de Martin Luther King, que obteve uma nota fraca no teste de aptidão vocal, mas que se tornou um dos maios oradores dos Estados Unidos. Com isso, deve-se considerar nesses tipos de exames questões familiares, sociais, culturais e educacionais para uma avaliação efetiva.

Outro ponto que vale ser destacado, é a compensação por erros do passado. Acredita-se que as cotas raciais são um benefício para aqueles indivíduos que sofrem com a inferioridade trazida pelo histórico de discriminação. Salvo isso, existem algumas críticas a essa posição que alegam que os beneficiados não são tão sofredores assim, e que os não privilegiados não tem responsabilidade alguma sobre isso.

O último argumento, mas não menos importante, é a promoção da diversidade. Aqui o objetivo social das cotas é o principal. Em primeiro lugar a classe estudantil deve ser composta por estudantes de diversas raças, etnias, culturas e situações econômicas distintas para que haja nela um conhecimento intelectual e cultural fértil em diversos ângulos. Em segundo, as minorias devem ocupar cargos importantes e posições de liderança em prol do bem comum.

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