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A Formação do território brasileiro: A consolidação da ocupação

Por:   •  22/4/2018  •  Resenha  •  2.378 Palavras (10 Páginas)  •  292 Visualizações

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A formação do território brasileiro: a consolidação da ocupação - MONBEIG, Pierre. Pioneiros e Fazendeiros de São Paulo.

Pierre Monbeig (1908-1987): Geógrafo Francês; Estudou e trabalhou no Brasil entre 1935-1946; Fez parte da missão francesa que fundou a USP em 1935, substituindo o Prof. Pierre Deffontaines; Tese de Doutorado sobre a Zona Pioneira de São Paulo.

Zona Pioneira

“O pioneiro procura não só expandir o povoamento espacialmente, mas também intensificá-lo e criar novos e mais elevados padrões de vida. (...) No campo da agricultura, nem o extrativista e o caçador, nem o criador de gado, podem ser considerados como pioneiros; apenas o agricultor pode ser denominado como tal, estando apto a constituir uma zona pioneira. Somente ele é capaz de transformar a mata virgem numa paisagem cultural e de alimentar um grande número de pessoas numa área pequena”

“A conjuntura só tomou a ser favorável por volta de 1870 e é nessa época que discernimos as verdadeiras causas do movimento de conquistados planaltos ocidentais. Essas causas não são apenas paulistas, nem somente brasileiras. A marcha ininterrupta da frente de povoamento, não passa de um aspecto da exploração do planeta pelos brancos. Tanto em suas origens, como em sua continuidade, ela se prende, por sobre os oceanos, as condições técnicas, econômicas e políticas do mundo. Complexo jogo de circunstancias locais, de ordem natural e social, e de oportunidades muito mais gerais, que e preciso deslindar, se se quiser compreender por que os paulistas invadiram os planaltos ocidentais, ao findar o século XIX, e por que, desde então, não se deteve essa arrancada.”

Café: antecedentes e condicionantes

- Declínio da atividade mineradora;

- Perda da competitividade do algodão e do açúcar;

- Primeiros cafezais: vale do Paraíba fluminense;

- Entram em São Paulo e vão para região de Campinas e depois para o norte do estado;

- Substituem lavouras tradicionais e de cana-de-açúcar;

- Expansão para as terras rochas dos planaltos.

Café: expansão da ocupação

- Aumento do volume e da distância das plantações: necessidade de construção de estradas de ferro para escoamento da produção;

- Investimento de capitais dos fazendeiros paulistas em sociedades ferroviárias;

- Facilitou a penetração em planaltos mais longínquos;

- Aspectos industriais da produção: mudanças nas técnicas para compensar falta de mão de obra escrava;

Café: devastação ambiental

- O café ocupou vales e montanhas, provocando degradação ambiental;

- Enormes áreas de florestas e cerrados foram queimados para dar lugar aos cafezais, cidades e

ferrovias.

Café: conjuntura para expansão

- Investimento de capitais europeus no aperfeiçoamento das técnicas do café;

- Aumento do consumo do café na América do Norte e Europa;

“Reduzir a marcha para o oeste a um fenômeno local, contentar-se com explicá-la por circunstancias estritamente brasileiras, seria restringir abusivamente seus quadros e não enxergar mais que seus aspectos estreitos. Desde o seu inicio, a marcha para o oeste foi um episódio da expansão da civilização capitalista, surgida nas duas margens do Atlântico. Ambas não cessaram de ser solidárias.”

A formação do território brasileiro: A Marcha Pioneira

Os Precursores:

- Índios: tupi-guaranis (Kaiowá), jê (caiapós, xavantes, caigangues);

- Mineiros: vindos a partir de 1850 para SP devido a crise da mineração; Dirigem-se aos municípios onde o café já estava implantado ou para regiões mais distantes do estado (cuestas); Modo de vida camponês: agricultura de subsistência e criação (principalmente porco); Abrem caminho para os plantadores de café.

- A partir de 1880 uma formação de uma sociedade hierarquizada em torno do café: Grandes fazendeiros; Grileiros; Negociantes de terra.

- Formação de uma classe de profissionais liberais urbanos: Engenheiros; Agrimensores; Corretores.

Colonato e Colonização

- Implantação do trabalho livre;

- Mão de obra de imigrantes estrangeiros (sobretudo italianos) e, a partir de 1920, imigrantes

brasileiros (sobretudo baianos);

- Colonato: contrato de trabalho com a família imigrante para cuidar de um número de pés de café; Produção para subsistência; Recebimento de “salário”; Compra de manufaturas nos armazéns das fazendas.

- Experiências de colonização – pouco sucesso: foco era nos operários rurais (braços para as

lavouras de café)

Industrialização e Urbanização do Brasil pós II Guerra Mundial: do Plano de Metas à redemocratização - JOSÉ, André Borsa. O processo de desindustrialização no Ipiranga e suas consequências sócio-espaciais.

Brasil: Gênese da industrialização e urbanização

- Acumulação do capital da cafeicultura somado à acumulação do capital das casas importadoras acabaram criando possibilidades para o desenvolvimento do processo de industrialização nesse estado;

- Concentração em SP: após política de “Encilhamento”;

Correntes sobre a gênese da industrialização brasileira

- origem do capital industrial vem diretamente do capital cafeeiro;

- gênese do capital industrial como uma inversão indireta de capitais da cafeicultura;

- interstícios das relações imediatamente produzidas pelo café, à margem e contra o

circuito de trocas estabelecido pelos importadores.

Industrialização Brasileira e suas características espaciais

- Vargas: 1ª política industrial planejada pelo Estado; 1937: postura mais intervencionista em relação à indústria; 1940/1950: rodovias são os elementos de atração locacional das indústrias

- JK: Plano de Metas; setor de indústrias de bens de consumo duráveis; indústria automobilística; Abertura para o capital industrial externo; Política de incentivos fiscais e doações de terrenos.

- Jânio e Gullart: Plano Trienal; 1960: eixos rodoviários passam a ser os fatores locacionais mais

favoráveis à implantação das unidades industriais; englobava vários setores da política econômica e pública.

- Governos Militares: PND’s; Intensificação da abertura econômica; estender o processo de industrialização a todo território nacional; políticas de incentivos fiscais, doação de terrenos, construção de rodovias e de infraestrutura

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