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A Guerra das Coréias

Por:   •  5/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.665 Palavras (7 Páginas)  •  187 Visualizações

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APRESENTAÇÃO

O continente asiático possui grandes potências desde os primórdios, graças a países do extremo oriente como China e Japão, ocupando cerca de 15% do continente asiático e com aproximadamente 1,5 bilhão de pessoas, essa região sempre foi uma parte de suma importância da Ásia. A China, país que mais evoluiu economicamente no seculo XXI, atualmente é a segunda maior potência econômica mundial, sendo importante ressaltar que a mesma vem se distanciando de concepções socialistas e se aproximando cada vez mais de princípios capitalistas, assim como o Japão que hoje ocupa a terceira posição no ranking econômico mundial. Contudo o extremo oriente também possui potências em ascensão, a exemplo disto são os “Tigres Asiáticos“ Taiwan e a Coreia do Sul, que antes havia passado por um conflito territorial com seus vizinhos, Coreia do Norte e China, gerando a morte de vários civis de nacionalidades diferentes.

Tal confronto ficou conhecido como a Guerra das Coreias, uma batalha que durou 3 anos que se deu pela invasão da Coreia do Norte na tentativa de unificar a península coreana, transformando-a num estado comunista. Sendo o foco deste relatório: mostrar os acontecimentos que levaram a divisão entre as Coreias territorialmente e a influência geopolítica da região nos dias de hoje. 

GUERRA DAS CORÉIAS

Com o fim da segunda guerra, Estados Unidos e URSS passam a dominar um novo território que antes era de domínio japonês, a península coreana, dividida ao meio pelos dois países, embasando-se na divisão do paralelo 38°, linha situada a 38° ao norte do Equador na qual foi sugerida a criação, ainda no século XIX. Entretanto, o Japão obteve total domínio da península nessa época. Em 1948 é firmado um acordo por parte dos dois países e são criadas duas novas nações: República Democrática da Coreia do Norte, de domínio soviético e sistema socialista; e a República da Coreia do Sul, de domínio norte americano e sistema capitalista. Mostrando a influência do início da Guerra Fria destes dois países.

No ano de 1950, após a saída de tropas estrangeiras, as diferenças ideológicas começaram a vir à tona na região com uma fortíssima inspiração da revolução liderada por Mao Tse-Tung, na China. Grupos políticos norte coreanos se militarizam com o apoio da União Soviética com o objetivo de reunificar a Coreia, transformando-a em uma só nação. No dia 25 de junho de 1950, cerca de 200 mil soldados norte coreanos invadem a capital da Coreia do Sul, Seul, e conseguem dominá-la. Dois dias depois é ordenada uma evacuação da cidade pelo presidente Sul Coreano da época, Syngman Rhee. Antes de fugir, Syngman ordenou que todos os suspeitos de serem comunistas ou simpatizantes a esquerda fossem executados sem nenhum julgamento, um massacre que ficou conhecido como “Massacre das Ligas Bodos”.

A Organização da Nações Unidas (ONU) e os Estados Unidos logo se incomodaram com o ataque norte coreano, realizando assim uma intervenção militar para que o território sul coreano fosse retomado, contudo, com o contexto de Guerra Fria se desenrolando, os norte-americanos temiam se envolver contra a União Soviética ou até mesmo a China, fazendo a Guerra das Coreias atingir um nível militar muito maior. Os russos mandaram um comunicado a ONU informando que não iriam interferir no conflito coreano, sendo assim, os Estados Unidos poderiam intervir de forma que nenhuma grande potência comunista viesse a se envolver também. É organizada então uma intervenção militar com soldados da marinha e aeronáutica norte americana para que retomassem a capital sul coreana dos invasores do Norte. O exército americano comandado pelo General MacArthur foi eficaz em seu ofício, reconquistou a Coreia do Sul e dominou também a capital da Coreia do Norte, Pyongyang. MacArthur viu uma ótima janela para invadir territórios chineses, mas o presidente norte americano da época, Harry Truman, ordenou que não invadissem o território chinês; isso foi o suficiente para que Mao Tse-Tung se sentisse ameaçado e intervisse no conflito contra os americanos.

A República Popular da China, liderada por Mao Tse-Tung, resolveu interferir no conflito, pois a presença americana os incomodava, justificando sua entrada como uma reação à “agressão americana sob o disfarce da ONU”. Por outro lado, a União Soviética, que não interviria, decidiu enviar suprimentos militares e apoio aéreo aos comunistas, de maneira que a China, juntamente às tropas norte coreanas, podessem retomar o território, forçando a retirada das tropas da ONU e dos sul coreanos ao paralelo 38°. No ano de 1951 a frente comunista travou e venceu várias batalhas contra as tropas norte americanas e sul coreanas, chegando a reconquistar a capital sul coreana pela segunda vez em 4 de janeiro daquele ano. Entretanto, as tropas de Mao estavam sem suprimentos para continuar os avanços. Percebendo isso, as tropas norte americanas revidaram seus ataques e, dois meses depois, conseguiram novamente dominar Seul, local de extrema importância para o decorrer da guerra, sendo tomado e retomado pelos dois lados várias vezes. Sua população antes do conflito chegava a ser de 1 milhão e meio de habitantes, já em 1951, só restaram 200 mil. Após as batalhas de tomadas e retomadas do local, com a “vitória” das tropas americanas e sul coreanas, norte coreanos e chineses permaneceram no paralelo 38° recebendo suprimentos russos para se manter na guerra. A escolha de Joseph Stalin de não se envolver diretamente nesse conflito foi de tamanha cautela, pois o Estados Unidos estava considerando a possibilidade de lançar bombas atômicas em cidades norte coreanas e chinesas; Stalin não iria se envolver sabendo que seria derrotado, já que naquele momento a força bélica americana era muito maior que a Soviética e, com o contexto de Guerra Fria começando a existir, a escolha de Stalin foi cirúrgica e de extrema importância para aquele momento.

Ainda em 1951, o presidente americano percebeu que essa guerra já tinha ido longe demais e decidiu, em uma conversa com líderes da ONU, que estariam dispostos a assinar um cessar fogo para que tal conflito fosse resolvido. Porém, as tropas americanas ainda tinham um “inimigo” em seu próprio território, o general MacArthur. MacArthur queria estender seus ataques até a China para que acabassem logo com esse inimigo comunista, e assim, ameaçava os chineses constantemente, chegando ao ponto de dizer que a escolha de utilizar armas nucleares era dele e não do presidente Truman. O presidente norte americano exonerou o general de suas atividades

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