A INVASÃO DA RÚSSIA NA UCRÂNIA E AS CONSEQUÊNCIAS NO BRASIL

INVASÃO DA RÚSSIA NA UCRÂNIA E AS CONSEQUÊNCIAS NO BRASIL

Matheus Raphael Rodrigues Calças

CPCX–UFMS

Coxim, MS, Brasil

matheus.raphael@ufms.br

ABSTRACT

The European space is witnessing the worst armed conflict in the last 30 years on the continent. Russia and Ukraine are the main actors in this new conflict that haunts Europe. However, at the heart of this conflict there are much more complex interests asso ciated with space disputes that go beyond Ukrainian and perhaps European borders. The current clash in Eastern Europe exposes the global hegemonic dispute for spaces of influence that has been fought, by the West and Russia, in a more ostensible way since the beginning of the 21st century. In this text, we propose a view of how and for what reasons Ukraine is of interest to both sides.

1 INTRODUÇÃO

Em 2021 completou 30 anos do fim da União das Repúblicas Socialis tas Soviéticas que durou cerca de 69 anos e que durante esse tempo, culturas e políticas distintas coexistiram. Porém, as consequências dessa fragmentação e a criação de Estados-Nação foram notadas ao decorrer dos anos e permanecem nos dias atuais. Os conflitos do Alto Carabaque e as guerras da Chechênia e Russo-gerogiana são alguns exemplos de embates armados que aconteceram após essa dissolução. A recente ofensiva armada russa sobre a Ucrânia é mais uma consequência desta ruptura.

Neste artigo, será abordado as áreas energéticas, áreas agríco las, as relações internacionais entre o mercado comum Europeu, a China, Rússia e EUA além de, mercado financeiro brasileiro e as con sequências deste conflito para o Brasil. Serão fornecidos insumos necessários para que se possa ter uma conclusão sobre o conflito russo-ucraniano.

2 ÁREAS ENERGÉTICAS

[pic 1]

Figura 1: Partes da Ucrânia controladas pela Rússia

Na Figura 1, podemos ver as partes da Ucrânia ao lado esquerdo que estão sobre controle militar russo.

Valdiney Márcio de Souza

CPCX–UFMS

Coxim, MS, Brasil

valdiney.marcio@ufms.br

A relação entre ucranianos e russos se degradou de forma acen tuada no ano de2013, quando a Ucrânia recuou em um acordo comercial com a UE após pressão russa. Coma desistência deste acordoa população iniciou uma série de protestos contra o presi dente pró-Rússia, Viktor Yanukovych, que ficaram conhecidos como Euromaidan. Como consequência, Viktor Yanukovychfoi deposto e o país deu uma guinada nas relações mais estreitas com o bloco europeu, principalmente durante o governo de Petro Poroshenko, sucessor de Yanukovych.

A questão cultural e identitária também é um fator de preocupa ção para Moscou. Desde a crise de 2013 as relações culturais entre os russos e ucranianos também tiveram mudanças significativas. Talvez, a mais importante dessas mudanças foi a separação, após 300 anos unidas, da Igreja Ortodoxa ucraniana da Igreja Ortodoxa russa, em 2019 MOURENZA and SAHUQUILLO [5]. O idioma também é outro ponto sensível. Como em todo o antigo espaço soviético, o idioma russo é muito presente no corpo social da Ucrânia. SANTOS [7]

2.1 Onde a Rússia Atacou?

[pic 2]

Figura 2: Áreas de conflito

Segundo [6], as forças russas cruzaram as fronteiras da Ucrânia na manhã de 24 de fevereiro e começaram a bombardear alvos militares perto de grandes cidades. Várias áreas habitadas por civis foram atacadas, incluindo um complexo de apartamentos fora de Kharkiv, uma cidade com 1,4 milhão de pessoas no nordeste da Ucrânia. Pessoas feridas foram vistas após os ataques aéreos. A foto de uma mulher com bandagens e sangramentos na cabeça rodou o mundo e foi destaque em vários sites e jornais nos últimos dias.

Na figura 1, podemos ver a mobilização das tropas russas sobre as determinadas fronteiras com a Ucrânia.

2.2 Por que a Rússia está invadindo a Ucrânia? Na história da República da Criméia percebe-se uma grande in fluência Russa. Em seu passado foi controlada pelo Império Russo, Alemanha Nazista, Ucrânia e pela Federação Russa. Até o ano de 1954 a República da Criméia pertenceu à Rússia, de modo que atu almente encontra-se anexada a esta nação. A maior parte de sua população é de origem étnica russa, em torno de 58,3% contra 24,3% de origem ucraniana. A República Autônoma da Criméia pertence à Ucrânia até que em 24 de fevereiro de 2014 tropas pró-Russas não identificadas assumiram a Criméia.

A justificativa para a anexação da Crimeia por parte da Rússia foi a defesa dos interesses dos cidadãos e de seus residentes. Após o “referendo russo”, no qual a maioria da população decidiu pela ane xação da Crimeia à Rússia, intensificaram-se os posicionamentos e um conjunto de declarações pelas nações, inclusive da Assembleia Geral da ONU, da comunidade internacional e dos Estados Unidos da América. Estas declarações e posicionamentos ecoaram como

Matheus Raphael Rodrigues Calças and Valdiney Márcio de Souza

essencial para a nutrição animal e com sua escassez ficará mais caro ainda para transformá-lo em proteína animal.Os criadores de aves e suínos e as indústrias de processamento da carne terão, portanto, forte aumento de custos.

A Rússia é o quarto maior exportador e produtor de trigo do mundo, Brasil e Argentina são grandes consumidores de trigo aqui da América do Sul.

Os equipamento agrícolas são movidos a diesel que nos últimos três meses teve uma aumento de no preço do barril de US$ 80 para US$ 120 o transporte marítimo também está sendo prejudicado com o fechamento dos portos e restrição da navegação no leste Europeu [8] [3].

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