TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Natural, sobrenatural e artificial

Por:   •  3/4/2017  •  Resenha  •  683 Palavras (3 Páginas)  •  550 Visualizações

Página 1 de 3

O Livro em análise, descreve as representações humanas sobre a natureza, desde os antigos gregos até a atualidade. Frisando as modificações e por que tem passado estas concepções e a ligação destas com as sociedades que as produziram.

1.Natural, sobrenatural, artificial

Logo no primeiro capitulo o autor inicia com uma problematização nas definições de natural/artificial, seres vivos/inanimados, questionando a dicotomia do senso comum “a questão não é tão simples (...). Não basta a caracterização de quem é o produtor ou o artífice de uma coisa, para que a classifiquemos de natural ou artificial”. (p. 16). Afinal, natureza é uma palavra usada no cotidiano, expressando significados que não sabemos mais se é o sentido original.

É bastante logico este questionamento, e o argumento utilizado pelo autor para explicar sua ideia. Parafraseando: “que a resposta que buscamos para “O que é natureza?” dependerá do grupo ou classe social, tipo de sociedade ou fins de quem responde”.

O que leva-nos a pensar que, “natureza” é uma criação cultural. E que existe diversos significados de natureza, em sentidos amplos, de acordo com o que se busca de significante na construção de um discurso. No caso do espaço geográfico, natural refere-se a um espaço não modificado pelo homem; aquilo que preserva o original.

2.Natureza e sociedade: uma única história

O capitulo discorre as concepções sobre a natureza, desde os tempos antigos, até a teoria da evolução das espécies. A humanidade possuía uma estreita ligação com o espaço ao seu redor, construindo e sistematizando relações e representações. Mas, no período moderno, a percepção sobre de natureza começou a mudar, cada sociedade produzia concepções de natureza de acordo com as suas necessidades sociais e culturais.

Se, antes, o homem possuía laços de dependência com a natureza, o período moderno, com o desenvolvimento científico, permitiram ao “novo” homem ultrapassar os muros da antiga cidade medieval e se espraiar para fora dos limites urbanos.

Por um bom tempo a religião foi usada para legitimar, o homem tendo um papel de ser superior perante a natureza, essa visão, reforçada pelo teocentrismo, ainda seria usada pelo homem moderno, criava-se um pensamento no qual os animais e as plantas foram criados por Deus para o uso e conveniência humana, garantindo ao homem o poder de dirigir os recursos naturais conforme unicamente a sua necessidade.

Contudo, o capitulo encerra justificando que devido, “as novas exigências cientificas, ideológicas e sociais, a natureza evolutiva encontrou um vasto campo parta consagrar-se como novo paradigma explicativo do mundo.” (p.55)

3.O mundo paralelo

O capítulo discute a produção de modelos da natureza pelo homem. Mostra como a "não-natureza" dos primitivos, a "natureza orgânica" dos gregos, a "natureza sobrenatural" da Igreja e a "máquina inteligente" da atualidade são produções humanas, construções culturais datadas e situadas, e, portanto, relativas. “Produzir ideias, concepções, modos de vida, hábitos de convivência, ou, numa palavra, produzir cultura, faz parte da natureza do homem. Neste sentido é natural que a natureza também mude. (...) as coisas da natureza e as ideias dos homens compõem uma mesma realidade, mas nem por isso se confundem”. (p. 61 e 62).

...

Baixar como (para membros premium)  txt (4.6 Kb)   pdf (67.6 Kb)   docx (14.3 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com