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A População e Geografia

Por:   •  9/11/2018  •  Resenha  •  1.186 Palavras (5 Páginas)  •  426 Visualizações

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Damiani, Amélia Luisa, População e Geografia / Amélia Luisa Damiani – São Paulo:

Contexto, 1991 (Coleção Caminhos da Geografia).

A autora, Amélia Luisa Damiani, discorre neste livro o conceito de população, discutindo as teorias malthusiana, neomalthusiana e marxista. Em sua obra a mesma critica o quantitavismo, pois considera banal pra relacionar com a realidade. Em sua leitura, é possível entender aspectos populacionais, partindo de debates sobre mortalidade, fecundidade, migração etc., que induz a compreensão real da população e o crescimento populacional.

O livro é dividido em quatro capítulos e 107 páginas. No capítulo um, é exposto apenas sua introdução, debatendo a questão do método do estudo populacional; Em Concepções Sobre População, é exposta a ideologia de Thomas Malthus e Karl Marx no cenário do aumento populacional. Fala também, dos elementos da dinâmica populacional, natalidade, fecundidade, mortalidade etc.; Na Geografia da População na Geografia ‘’Clássica’’, fala sobre a diversidade de ocupação na superfície terrestre, fatores da distribuição da população, importância da demografia na análise geográfica da população, e também, a superpopulação; e em População e Geografia, a população e o homem, homem ao trabalho e a sua regulação de sexualidade, caminho das diferenças e crescimento demográfico.

No fim do século XIX, houve uma mudança nos meios de produção graças ao desenvolvimento do sistema de mecanização, que surgiu deixando de lado a manufatura que até então existia. Esse novo modo de produção, acarretou um desemprego em massa de trabalhadores, e em grande escala, uma substituição da mão-de-obra muitas vezes entre crianças e mulheres, que logo depois, deu início ao movimento Ludista.

Para Malthus a miséria seria um obstáculo positivo para reequilibrar a desproporção natural entre a multiplicação de homens. A sociedade igualitária estimularia nascimentos, dessa forma estenderia a todos a pobreza. Ele também era contra as assistências do Estado, pois diminuído a miséria em curto prazo, estimularia a procriação e o matrimônio. Já Marx, acredita que a miséria surge a partir da situação de trabalho que o capitalismo submete o trabalhador, pois o capitalismo visa em massa o lucro. Em sua visão, o pobre não é somente aquele privado de recurso, mas aquele incapaz de se apropriar dos meios de sobrevivência. A superpopulação é relativa e não ligada somente ao aumento bruto populacional, para o mesmo, há uma relatividade, e está ligada também ao processo social, de como é desenvolvido e reproduzido o capital. A miséria seria a causa da superpopulação.

As ideologias do malthusianismo e neomalthusianismo, não seguem em risca a teoria de Malthus, elas são atualizadas sempre, conforme surgem novos problemas sociais e econômicos. Vale lembrar, que alguns dos argumentos de Malthus foram levados em consideração, quando remetemos o fascismo que ocorreu na Itália. É notável perceber que a agressão pela guerra teve a justificativa de uma necessidade de espaço. Na Alemanha, a justificativa foi rodeada em volta de que deveria haver uma luta contra a população que apresentava baixa taxa de natalidade. Na década de 50, o neomalthusianismo se assemelhou como um fato determinista na existência de uma população em excesso, pois havia grande possibilidade de crescimento econômico em alguns países, mas é um fato que o crescimento econômico tem um efeito redutor na taxa de natalidade.

Na dinâmica populacional, em 1988 as taxas de mortalidade vão de ordem 100 para 1000 nos blocos dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Nos países com onde prevalecem uma população mais jovem, as taxas de mortalidade entre esses é inferior, gerando assim, uma frente a população mais velha prevalecendo. Já na questão da mortalidade infantil, alguns autores consideram sensível aos dramas sociais vividos. A migração é um dos fatores no estudo populacional, Pierre George diz que a migração é como uma irradiação geográfica de um sistema econômico e uma estrutura social. Nessa reflexão, é possível entender como que as migrações internacionais e internas resultam em uma concentração de propriedade e exploração visando o desenvolvimento do capitalismo.

A teoria de Malthus teria sido equivocada na questão da superpopulação, pois Malthus não teria percebido os progressos técnicos e científicos que rodeou o século XIX, a produção e evolução no nível intelectual acarretaram na redução da taxa de natalidade, essa teoria foi substituída então pela teoria do ‘’ótimo da população’’, ou seja, que o equilíbrio seria realizado quando a população goza de bem-estar econômico. Pierre George considera essa teoria racista e artificial, e é tudo móvel: o tipo de civilização, o nível de vida etc., seria uma noção básica se fosse considerar fornece um índice de povoamento no país, em condições de organização econômica e social.

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