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A Psicologia da Educação

Por:   •  17/4/2017  •  Projeto de pesquisa  •  8.620 Palavras (35 Páginas)  •  264 Visualizações

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Cap. 1 PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DA PSICOLOGIA: DIFERENTES ESCOLAS

Para aprimorar seus conhecimentos, veja os significados das seguintes expressões:

a) "Classificando e selecionando": refere-se às escalas de classificação e testes em busca de indivíduos mais habilitados para as diversas funções (SCHULTZ; SCHULTZ, 2006).

b) Escola Nova: movimento de importante repercussão na Europa, na América e no Brasil, foi criada por John Dewey (1859-1952) em meados do século 20. A Educação, na concepção desse pesquisador, é uma necessidade social, e essa necessidade deve levar à busca de melhor aperfeiçoamento das pessoas, com o objetivo de darem continuidade aos seus ideais. Assim, para esse pensador e filósofo, a educação deve seguir como direção a reconstrução permanente das experiências de vida e da própria aprendizagem. A função da educação é de democratizar as oportunidades, e isso implica a necessidade de uma sociedade democrática.

 A Escola Nova tinha como princípio norteador a valorização do indivíduo como ser livre, ativo e social. A ideia de que o ensino deveria ser guiado pelo interesse do aluno levou a não considerar a necessidade de planejamento e, consequentemente, perderam-se os objetivos do que teria de ser ensinado/aprendido (PEREIRA, 2003). Para conhecer mais, pesquise na internet mais informações sobre a Escola Nova e John Dewey.

 Liberdade de ensino: compreendia a corrente na qual os professores poderiam se dedicar aos temas de seus interesses e sem receio da censura. Os alunos tinham a liberdade para transitar entre universidades, e, além disso, para obter um diploma, precisavam ser aprovados em exames especiais e defender uma tese. Assim, não havia necessidade de cumprir determinado currículo (GOODWIN, 2005).

  1. Observação mecanizada: é o estado no qual o indivíduo deveria apenas observar o fato em si, em termos de descrições detalhadas dos fenômenos mentais (sensoriais, perceptuais e cognitivos) produzidos pelo sistema nervoso.
  2. Pragmatismo, do grego prágma, prágmatos, negócio, acção; doutrina filosófica que adota como critério da verdade a utilidade prática, identificando como verdadeiro aquilo que é útil.

SENSO COMUM E PSICOLOGIA CIENTÍFICA

O senso comum, isto é, todo o conhecimento acumulado pela cultura, baseia-se, muitas vezes, na tentativa e no erro, sendo espontâneo e adquirido quase sem se dar conta. No entanto, é um saber fundamental, uma vez que sem o senso comum não conseguiríamos nos orientar em nossa vida cotidiana.

De acordo com Costa (2012) e Francelin (2012), as principais características do senso comum são:

1) Cunho empírico: origina-se da experiência humana diretamente.

2) Cunho acrítico: é um conhecimento passivo, no qual o indivíduo não se questiona sobre os dados obtidos na experiência, não se preocupando com possíveis erros.

3) Cunho assistemático: o conhecimento adquirido na experiência não segue uma sistematização, um rigor como no conhecimento científico.

4) Cunho imetódico: não tem método, não tem regras formais, não tem técnicas.

5) Cunho ilusório: conhecimento que aceita, passivamente, apenas as aparências, sem questioná-las.

6) Cunho coletivo: é um saber partilhado pelos membros de uma comunidade, de acordo com seus valores e crenças (saber do senso comum).

7) Cunho subjetivo: o senso comum é subjetivo, de forma que cada indivíduo vê o mundo pelo seu viés, à sua maneira.

8) Cunho superficial: não aprofunda esse conhecimento da realidade; aceita-o apenas.

9) Cunho particular: o senso comum não é um saber universal, que pode ser aplicado em outras partes do mundo ou que pode ser replicado, pois cada cultura tem suas próprias crenças, seus mitos e suas regras.

O senso comum é indispensável a qualquer sociedade, pois ele assegura a coesão necessária à vida coletiva. Poderíamos dizer que ele exerce uma equilibração, essencial a toda sociedade.

O conhecimento científico surgiu da necessidade de o ser humano querer saber como as coisas funcionam, em vez de apenas aceitá-las passivamente. Por meio desse tipo de conhecimento, o homem, ao seguir suas observações, passou a compreender a natureza e poder intervir cada vez mais nos acontecimentos ao seu redor.

Ao fazer um retrocesso no tempo, verificamos que o homem das cavernas deixou marcas de seu conhecimento nas paredes, quando desenhou a si mesmo e a figura da caça, demonstrando emoção, graça e sensibilidade.

O senso comum e a Ciência caminham muito próximos. Para fazer Ciência, é necessário basearmo-nos na realidade cotidiana. Nesse ponto, a Ciência aproxima-se do cotidiano e afasta-se dessa realidade, transformando-a em objeto de investigação.

A Ciência avança por meio de negações, reafirmações e descobertas de novos aspectos, caracterizando-se como um processo inacabado, uma vez que está em constante construção.

ASPECTOS HISTÓRICOS DA PSICOLOGIA

O século 19 foi palco do grande desenvolvimento da Ciência diante do crescimento do capitalismo. Nesse período, o processo de industrialização corria a passos largos, e a Ciência deveria oferecer respostas e soluções técnicas às dificuldades práticas enfrentadas na época.

A Neuroanatomia e a Fisiologia, por exemplo, estudavam as atividades motoras e o funcionamento do cérebro ligado a elas. Além disso, alguns estudiosos já se preocupavam com o fenômeno psicológico como estudo científico.

A Ciência, no continente europeu, teve forte influência de Descartes, cujo pensamento foi altamente racionalista, isto é, baseado apenas na razão, nos fatos reais.

Em meados do século 19, nos Estados Unidos, semelhantemente aos países europeus, houve um galopante processo de urbanização e avanço industrial, decorrendo daí um estímulo à expansão do sistema escolar.

É nesse contexto que a Psicologia passou a ter um papel relevante no ajuste, classificando e selecionando os indivíduos necessários à nova demanda nas fábricas e escolas.

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