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A geografia da acumulação capitalista

Por:   •  4/12/2019  •  Seminário  •  926 Palavras (4 Páginas)  •  336 Visualizações

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[pic 1]           UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

Vitória da Conquista-BA

Alice Angélica Mafra

Ana Claudia Pereira Sampaio

HARVEY, David. A geografia da acumulação capitalista. In: A produção capitalista do espaço. São Paulo: AnnaBlume, 2006.

 

Resumo

O texto em sua primeira parte aborda a questão da influência urbana sobre o capitalismo, o papel da urbanização na mudança social e sob as relações sociais capitalistas e da acumulação do capital. O processo urbano é moldado através da lógica da circulação e acumulação do capital. Durante o desenvolvimento da civilização, a transição do feudalismo ao capitalismo deu-se pelas formações das cidades, a cidade foi uma das bases fundentes do capital. No entanto, o estudo da urbanização se separa do estudo da mudança social e do desenvolvimento econômico, como se o estudo da urbanização pudesse ser indissociável ou um assunto secundário passivo em relação às mudanças sociais. As revoluções da tecnologia, o avanço das relações especiais e do estilo de vida, características marcantes do processo capitalista, podem ser vistas sem considerar a influência dos processos urbanos. Em 1985, grandes empresários e formuladores de políticas de grandes cidades e países capitalistas com o objetivo de analisar as ações dos governos diante da erosão de base econômica e fiscal de grandes cidades do mundo capitalista. Houve um grande consenso os governos teriam que ser empreendedores e assegurar um futuro melhor para a população. “Nos anos recentes, em particular, parece haver um consenso geral emergindo em todo o mundo capitalista avançado: os benefícios são obtidos pelas cidades que adotam uma postura empreendedora em relação ao desenvolvimento econômico.” (HARVEY, 2006, p 167). Porém a mudança ao empreendedorismo não foi completa. Na Grã- Betanha, muitos governos locais não responderam às novas pressões e oportunidades, enquanto cidades como Nova Oleans, nos Estados Unidos, continuavam a depender do governo federal. Diante de toda diversidade o período de 1970, a mudança do administrativo urbano para o empreendedorismo continua sendo um tema persistente. O empreendedorismo urbano talvez tenha tido um papel importante para a dinâmica de um regime fordista- keynesiano de acumulação capitalista. Portanto, no passado esse tipo de atividade desempenhou um papel chave no desenvolvimento capitalista. As questões conceituais merecem um esclarecimento inicial, as cidades consideram o processo urbano aspecto ativo ao invés de passivo do desenvolvimento político-econômico. Entretanto, a urbanização deveria ser considerada um processo social espacialmente fundamentado com objetivos diversos.

O conjunto espacialmente estabelecido dos processos sociais, que é denominado de urbanização produz diversos artefatos: formas construídas, espaços produzidos e sistemas de recursos de qualidades específicas, todos organizados numa configuração espacial distintiva. A urbanização também estabelece determinados arranjos institucionais, formas legais, sistemas políticos e administrativos, hierarquia de poder etc. Na governança urbana, a mudança para o empreendedorismo deve ser então analisada em diversas escalas espaciais: zonas e comunidades locais, centro da cidade e subúrbios, região metropolitana, região, Estado-Nação etc. Normalmente, o novo empreendedorismo urbano se apoia na parceria público- privada, enfocando o investimento e o desenvolvimento econômico, por meio da construção especulativa do lugar em vez da melhoria das condições num território específico, enquanto seu objetivo econômico imediato (ainda que não exclusivo).

As estratégias alternativas para a governança urbana, em primeiro lugar, destacam-se a competição dentro da divisão internacional do trabalho a criação da exploração de vantagens específicas para a produção de bens e serviços. As intervenções diretas para estimular a aplicação de novas tecnologias, a criação de novos produtos ou a provisão de capital de risco para novas empresas (que talvez sejam possuídas e administradas cooperativamente). A competitividade internacional também depende das qualidades, quantidades e custos de oferta local de mão de obra. Custos locais reduzidos e controlados, quando os acordos coletivos locais substituem os acordos coletivos nacionais. Diante disso, a região urbana também pode buscar melhorar sua posição competitiva com respeito à divisão espacial de consumo, é mais do que a tentativa de atrair recursos financeiros através do turismo e das atrações associadas à aposentadoria. A inovação cultural e a melhoria física do ambiente urbano, atrações para o consumo, como shopping centers, festivais e eventos culturais também se tornam foco das atividades de investimento. O resultado, naturalmente, é dá a impressão de que a cidade do futuro será uma cidade apenas de atividades de controle e comando, uma cidade informacional, uma cidade pós-industrial, em que a exportação de serviços (financeiros, informacionais, produção de conhecimento) se torna a base econômica para a sobrevivência humana.

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