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Alimentação de gado

Seminário: Alimentação de gado. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  16/11/2014  •  Seminário  •  4.928 Palavras (20 Páginas)  •  183 Visualizações

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Cabe ao pecuarista preocupar-se com a sanidade de seu gado, tanto leiteiro como de corte. Para isso, deve seguir algumas atividades veterinárias específicas, voltadas à saúde dos bovinos. Dessa forma, o proprietário do rebanho, certamente, irá conseguir alta produtividade, obtendo sucesso em seu empreendimento. No entanto, o mais importante é a prevenção das doenças, já que esta é a forma mais eficaz de erradicá-las, maximizando a produção.

O pecuarista deve estar consciente da importância de se fazer uma defesa sanitária para impedir que o agente etiológico infecte os bovinos. Da mesma forma, ao combater os vetores, o proprietário dos animais irá impedir a disseminação da doença, bem como eliminar as condições predisponentes, buscando uma produção animal mais saudável e de qualidade.

Brucelose

A brucelose é uma doença causada por uma bactéria chamada Brucella abortus. É infectocontagiosa, de evolução crônica e caráter granulomatoso típico, podendo ser transmitida ao homem por meio do leite cru e seus derivados.

Quanto às implicações econômicas, essa doença pode criar barreiras internacionais e perdas na indústria, como por exemplo, queda nos preços da carne bovina, leite e derivados, bem como altos custos com programas de controle, erradicação e pesquisas.

No que se refere à sintomatologia, temos:

• Abortos nos estágios finais da gestação;

• Esterilidade temporária;

• Aumento do intervalo de partos;

• Nascimentos prematuros;

• Queda na produção de leite;

• Febre;

• Mastite;

• Perda de peso;

• Inchaços nos testículos;

• Entre outros.

A brucelose pode ser transmitida de um animal para o outro por meio da conjuntiva, úbere, pele intacta, ingestão de pastagem ou silagem contaminadas, secreções, aguadas e águas contaminadas. Daí a necessidade de se vacinar as novilhas de três a oito meses de idade, bem como fazer um diagnóstico sorológico dos animais. Além disso, deve-se fazer o controle de trânsito dos animais interno e externo.

Outras medidas são necessárias, como a obrigatoriedade do atestado negativo de brucelose na compra dos animais; a adoção da quarentena para os animais adquiridos; a incorporação dos novos animais ao rebanhos, após duas provas negativas de brucelose (intercaladas de 60 dias); o enterro dos fetos e restos placentários.

Além disso, é muito importante usar luvas descartáveis ao manejar os animais contaminados; não comercializar leite e derivados sem inspeção; marcar as bezerras (na faixa de três a oito meses) à ferro, no lado esquerdo, com um V, ao lado do último número do ano em que se está vacinando.

Febre aftosa

A febre aftosa acomete os bovinos, sendo transmitida por um vírus pertencente ao gênero Aphtovirus da família Picornaviridae. O homem, raramente, é infectado pelo vírus. Nos bovinos, ataca a boca, a língua, o estômago, os intestinos, a pele em torno das unhas e na coroa. No início, os animais têm febre, falta de apetite e pápulas. Em seguida, as pápulas se transformam em pústulas, em vesículas que se rompem, dando origem a aftas na língua, lábios, gengivas e cascos.

Esses fatores debilitam muito o bovino, que baba muito, com dificuldade de se alimentar e se locomover. Isso diminui, severamente, a produção de leite, bem como expõe o animal a outras doenças. Os animais que se curam tornam-se portadores convalescentes assintomáticos e colocam em risco, novamente, o rebanho após a perda da imunidade do rebanho por nascimento ou por compra de animais suscetíveis.

O controle é feito por meio de vacinação obrigatória:

• Vacinação semestral de todos os animais em um período de 30 dias contínuos;

• Vacinação semestral de animais com até 24 (vinte e quatro) meses e, anualmente, para animais com mais de 24 meses de idade, em um período de 30 dias contínuos. Esta estratégia pode ser adotada apenas nos Estados onde o registro das propriedades rurais está consolidado e onde tenha sido realizada a vacinação semestral por, pelo menos, dois anos consecutivos, observando-se um grau de cobertura da vacinação superior a 80%.

Tuberculose

A tuberculose bovina é uma doença infectocontagiosa crônica, que causa prejuízos à pecuária (representa uma barreira econômica) e riscos à saúde pública (ingestão de leite contaminado). É transmitida por uma bactéria chamada Mycobacterium bovis, da família Micobacteriaceae. Quando abrigada em locais com incidência de luz, podem sobreviver por vários meses, enquanto que, nas pastagens, sobrevivem por até dois anos.

A transmissão ocorre por meio de gotículas em suspensão, bem como inalação de pó com o bacilo.

Os bezerros podem adquirir o microrganismo ao ingerirem leite infectado. A transmissão transplacentária é muito rara nos bovinos, ou até mesmo inexistente. A taxa de morbidade em bovinos situa-se em torno de 8 a 10% e a letalidade natural pode chegar a 50%.

Quando generalizada, esta doença pode apresentar-se sob duas formas:

• Miliar: quando ocorre de forma abrupta e maciça, sendo encontrado elevado número de bacilos circulantes;

• Protraída: esta é a mais comum; a disseminação ocorre por via linfática ou sanguínea, atingindo pulmão, linfonodos, úbere, ossos, rins, sistema nervoso central, disseminando-se por, praticamente, todos os tecidos.

O diagnóstico pode ser feito, direta ou indiretamente, por métodos clínicos, anatomopatológicos, imunológicos ou laboratoriais.

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