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Bioma Mata Atlântica

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Por:   •  30/11/2014  •  542 Palavras (3 Páginas)  •  286 Visualizações

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A origem da Mata Atlântica, o terceiro maior bioma brasileiro, está associada à separação dos continentes africano e sul-americano (eles formavam um único continente chamado Gondwana), ocorrida a aproximadamente 80 milhões de anos atrás (Ambiente, 2006).

Distribuída ao longo de mais de 23 graus de latitude sul, a Mata Atlântica localiza-se sobre uma imensa cadeia de montanhas, ao longo da costa brasileira, e antigamente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, com diferentes relevos, clima e solo. As montanhas mais antigas da Mata Atlântica estendem-se em áreas da Serra do mar e foram formadas por atividades tectônicas no Período Ordoviciano da Era Paleozóica, essas montanhas formaram uma barreira para os ventos carregados de umidade que vinham do oceano. Sob a forma de névoa ou chuva, a umidade ajudou a criar as condições necessárias para que as formações atlânticas, que originaram a Mata Atlântica propriamente dita, se instalassem e evoluíssem rapidamente (Adaptação de MARTINS et al, 2006).

Seu solo é em geral bastante raso, pouco ventilado, sempre úmido e recebe pouca luz, pois a maior parte da luminosidade é absorvida pelas folhas das árvores mais altas. Trata-se de um solo pobre, mas que tem a fertilidade garantida pela existência do que se chama serrapilheira: uma camada com restos de vegetação, como folhas, caules e cascas de frutos que cobrem a superfície do solo.

A decomposição desta grande quantidade de matéria orgânica é o que garante a reciclagem de nutrientes no meio. Os nutrientes que estão na serrapilheira e são absorvidos pelo solo acabam retornando às plantas, em um ciclo que garante a vegetação deste bioma.

As variações climáticas provocadas pela sucessão dos períodos de glaciação, quando se formavam as grandes geleiras (clima mais frio e seco) e períodos entre as glaciações (quando o clima ficava mais quente e chovia mais), contribuíram para a expansão da Mata Atlântica que chegou a ultrapassar os limites da Floresta Amazônica. (MARTINS et al, 2006). O clima na Mata Atlântica é equatorial. Por conta da proximidade do oceano, a dinâmica atmosférica regional e os traços do relevo, ou seja, é caracterizado por altas temperaturas, nebulosidade no alto das montanhas e umidade elevada.

A distribuição das chuvas é bastante irregular, mas de modo geral, o período mais frio e seco vai de maio a agosto (inverno) e o mais quente e chuvoso de novembro a março (verão). As médias pluviométricas variam com a altitude, com cerca de 1.700mm na planície costeira, 2.000mm nas encostas e 3.000mm na faixa altomontana, o que pode ser comparado à Amazônia. No inverno a temperatura mínima pode atingir menos de 10°C e no verão, a máxima varia entre 37°C e 40°C.

Correspondendo a duas vezes o tamanho da França, mais de três vezes a Alemanha, e 4,5 vezes a Grã-Bretanha, a Mata Atlântica está sob forte pressão antrópica, atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5% de sua extensão original (aproximadamente 52.000 km²). Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.

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