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Carmen Miranda

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Por:   •  22/3/2014  •  Tese  •  1.854 Palavras (8 Páginas)  •  256 Visualizações

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Infância[editar | editar código-fonte]

Carmen Miranda foi batizada com o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha na igreja da freguesia de Várzea da Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses.4 Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto da Cunha (Marco de Canaveses, Várzea da Ovelha e Aliviada, 17 de Fevereiro de 1887 - 21 de Junho de 1938) e de sua mulher, Maria Emília Miranda (Marco de Canaveses, Várzea da Ovelha e Aliviada, 10 de Março de 1886 - Rio de Janeiro, 9 de Novembro de 1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, graças ao gosto que seu tio Amaro tinha por óperas.

A emigração da família para o Brasil já estava marcada. Entretanto, ao ver-se grávida, a mãe de Carmen preferiu aguardar. Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil,5 onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade.6 5 Carmen nunca voltou ao país onde nascera. A câmara municipal de Marco de Canaveses deu seu nome ao museu municipal.

No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, número 70, em sociedade com um conterrâneo. A família estabeleceu-se no sobrado acima do salão. Mais tarde mudaram-se para a rua Joaquim Silva, número 53, na Lapa.

No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913-2011), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916).5

Carmen estudou na escola de freiras Santa Teresa, na rua da Lapa, número 24. Teve o seu primeiro emprego aos 14 anos numa loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi despedida por passar o tempo cantando, mas o seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, e que assim atraía clientes7 .

Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, número 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.

Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na sessão de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em editoras e teatros. No mesmo ano, gravou na editora alemã Brunswick, os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaya (grafia original) e Dona Balbina ou "Buenas Tardes muchachos".7

O início da carreira artística e consagração[editar | editar código-fonte]

Alô... Alô?

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Interpretado por Carmen Miranda e Mário Reis, gravado em 1934

Chegou a Hora da Fogueira

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Interpretado por Carmen Miranda e Mário Reis, gravado em 1933

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No estúdio da Rádio Mayrink Veiga, 1932, o jovem Manuel de Nóbrega, aos 19 anos (2º em pé da esq para dir) Carmen e Aurora Miranda (sentadas) segurando a flauta Pixinguinha.

Em 1928, o deputado baiano Aníbal Duarte, que almoçava na pensão dirigida por Maria Emília Miranda, apresentou Carmen a Josué de Barros. Josué trabalhava na Rádio Sociedade Professor Roquete Pinto e levou Carmen para atuar na emissora. Ele queria ouvir sua voz em disco, então a apresentou ao diretor da Brunswick e em 1929, ela gravou sua primeira música - o samba "Não vá simbora", com autoria de Josué. Carmen foi então apresentada ao diretor da gravadora RCA Victor, onde ela iniciou sua carreira gravando "Dona Balbina" e "Triste Jandaia". Meses depois foram lançadas as musicas "Barucuntum" e "Iaiá Ioiô".8

O famoso compositor e médico Joubert de Carvalho escutou em disco Carmen cantar a música Triste Jandaia enquanto passava pela Rua Gonçalves Dias, ponto de encontro de músicos e compositores, e insistiu que alguém o apresentasse à cantora. Feitas as apresentações, Joubert revelou que queria escrever algo especial para ela. Ele compôs a música Taí com a marcha-canção Pra Você Gostar de Mim. A música foi um sucesso e o disco vendeu 35 mil cópias no ano de lançamento, recorde para a época, Carmen era então aclamada pela crítica como a maior cantora do Brasil.9

Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It".nota 2

Apesar de Carmen não ser especificamente uma sambista – apesar de lhe terem atribuído esse título – chegou a gravar mais de vinte canções entre Tangos (um de seus gêneros favoritos), Foxtrote, Marchas de carnaval e Lundu; dos mais populares autores brasileiros, como Ary Barroso, Pixinguinha, Noel Rosa, Cartola e Assis Valente. A carreira seguiria de vento em popa, Carmen excursionou por todos os estados do Brasil e logo começou a fazer sucesso nos países da América Latina.10 Em 30 de outubro de 1933, realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires7 . Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano. Também passou a estrelar vários filmes na época, ao todo ela fez sete filmes no Brasil – a maioria, perdidos. Ela passou a ser chamada de "A Pequena Notável" - por causa da estatura baixa.

Em dezembro de 1936, Carmen deixou a Mayrink Veiga e assinou com a Tupi, ganhando semanalmente 1 conto de réis.

Carmen une-se posteriormente ao Bando da Lua, e com eles começa a fazer turnês pelo Brasil, apresentando-se. As pessoas ficam surpresas ao verificar que a dona da bela voz é também tão bela quanto ela e acompanhada pelo conjunto Diabos do Céu, de Pixinguinha grava canções como "Anoiteceu" e "Tempo perdido".11

Dois anos depois de ingressar na Odeon, ela já era o mais popular e bem pago nome da música brasileira. Foi então que assumiu a condição de estrela principal do Cassino da Urca.12

Carreira cinematográfica no Brasil[editar | editar código-fonte]

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