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Ditadura Militar - Carlos Lamarca

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Por:   •  29/5/2014  •  571 Palavras (3 Páginas)  •  320 Visualizações

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A Ditadura Militar no Brasil

Em 1961, o então presidente do Brasil, Jânio Quadros após renunciar o cargo, deixa seu vice, João Goulart no poder. Sua posse foi bastante conturbada e só foi aceita pelos militares e pelas elites conservadoras depois da imposição do regime parlamentarista. Essa fórmula política tinha como propósito limitar as prerrogativas presidenciais, subordinando o Poder Executivo ao Legislativo. Mesmo nessas condições, Goulart, manobrou politicamente e conseguiu aprovar um plebiscito, cujo resultado restituiu o regime presidencialista. Em março de 1964, contudo, os militares assumiram o poder por meio de um golpe, instalando um regime ditatorial.

A ditadura brasileira durou 21 anos e foi um período de exceção, arbitrariedade, desrespeito aos poderes estabelecidos, aos direitos dos cidadãos, à sua integridade física, bem como sua liberdade de expressão. Certos de que realizavam um gesto de “purificação” do poder, o projeto de aparência edificante dos militares descamba para a repressão de toda uma nação. A Constituição seria rasgada, o judiciário perderia sua independência, e pior, os membros do legislativo seriam depostos de seus cargos como representantes legítimos do povo.

Carlos Lamarca.

Carlos Lamarca, nascido no Rio de Janeiro no ano de 1937, desde criança já demonstrava interesse pelas forças armadas. Seguindo sua vontade, se alistou no exercito e no ano de 1967 conquistou a patente de capitão.

Em 1967, já com a ditadura imposta no Brasil pelos militares, Lamarca fica descontente com a situão e resolve se opor, fundando a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), um movimento de esquerda, junto com alguns dissidentes da Política Operária (POLOP), que visavam tomar o poder. Por ser professor de tiro no exército, em 1969 organizou uma expropriação de armas do quartel, levando 63 fuzis FAL, metralhadoras e munições para um sítio, onde começou um treinamento com seus subordinados guerrilheiros. Por conta dos riscos (que aumentavam a cada dia) Lamarca desertou das Forças Armadas. Enviou sua mulher e seus dois filhos para Cuba e permaneceu 10 meses escondido em São Paulo, organizando seu novo exército. Após algumas tentativas de revolta sem sucesso, Lamarca sai da VPR e passa a se filiar ao Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8).

Lamarca passa a ser visto pelos militares como o mais perigoso líder terrorista, e com o cerco se fechando contra os movimentos revolucionários urbanos, ele decide mudar-se para Brotas de Macaúbas, sertão da Bahia, com o intuito de organizar uma tropa contra a repressão. Lá conhecei o militante José Campos de Barreto, apelidado de Zequinha, com quem passou seus últimos dias. Um dos membros do movimento foi preso em Salvador e entregou o esconderijo de Lamarca. Acuados, Lamarca e Zequinha adentraram o sertão, perseguidos pelos militares e pela polícia. Em vinte dias de fuga, percorreram 300 quilômetros sem água ou alimentos. Quando pararam para descansar, sob a sombra de uma árvore, foram covardemente fuzilados por policiais das forças de repressão.

Segundo a publicação da Folha de São Paulo, domingo, 19 de setembro de 1971, Lamarca foi morto em tiroteio com as forças de segurança, na pequena localidade de Pintada, interior da Bahia. “Com base numa

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