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Elementos socioculturais do estado de Goiás

Por:   •  7/5/2015  •  Relatório de pesquisa  •  1.712 Palavras (7 Páginas)  •  182 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOÍAS

CAMPUS – IPORÁ

PROFESSOR: DIVINO JOSÉ

ACADÊMICA: RAMONIELLY MALAQUAIAS MOREIRA DE DEUS

ELEMENTOS SÓCIOCULTURAIS DO ESTADO DE GOÍAS

  1. O que é ser goiano?  Ser goiano não é apenas nascer no estado de Goiás, ser goiano é ter uma alma diferente, é viver de um modo diferente, não precisa nascer em Goiás para isso, ao viverem Goiás todos se apaixonam e automaticamente passam a se autodenominar goianos. É ser hospitaleiro. Gostar de boa comida. É estar preso a costumes e adora-los. É sertanejo, é POP, é tecnológico. Somos fruto de uma história de pioneiros que buscavam riquezas (ouro) e que por aqui ficaram. E de lá para cá só crescemos. Com dificuldades, sim, mas com muito orgulho. Independente dos obstáculos estamos longe de ser um povo frio como os das metrópoles, ou tão apressados que não podemos dizer bom dia ao vizinho ou tirar um tempo para dar dois dedos de prosa. Por falar em prosa temos nosso próprio dialeto o Goianês.

  1. Características físicas. Centralizado no coração do território brasileiro, o Estado de Goiás apresenta vasta diversidade de paisagens e nuances que o tornam único. Em seu solo estão as bases do desenvolvimento, explicado em parte pela distribuição mineral, requisito do desenvolvimento extrativista, e mais além pela caracterização do principal bioma que o compõe, o Cerrado. O clima, nesse sentido é propício ao desenvolvimento, visto pela alternância entre quente e úmido ou frio e seco, e suas águas abrigam a centelha das principais bacias hidrográficas que alimentam a agricultura e propiciam o desenvolvimento econômico de boa parte do país. O Estado de Goiás possui grande variedade de aspectos naturais, dessa forma se torna necessário o estudo de tais componentes. Relevo: O relevo de Goiás não é homogêneo, isso significa que se apresenta em distintas formas e composições rochosas. Diante disso, são percebidas áreas com formação de cristalino sedimentares antigos e também planaltos moldados pelos processos erosivos intercalados com áreas de chapadas, todas se diferem em relação à composição química. Goiás não apresenta grandes altitudes, os pontos mais elevados estão estabelecidos na Chapada dos Veadeiros. Nesse local o relevo supera 1.200 metros de altitude, especialmente em Pouso Alto (1.784 m.), Serra dos Cristais (1.250 m.) e na Serra dos Pirineus (1395 m). O município de Cristalina possui a maior altitude da Região Centro-Oeste, cerca de 1.250 metros, e a Serra dos Pireneus com 1.395 metros de altitude. Em contrapartida, as áreas mais planas, ou seja, com baixa elevação do relevo, estão localizadas a oeste do Estado. Clima: O Estado de Goiás possui clima predominante tropical semi-úmido, suas características se apresentam em duas estações distintas, uma de seca (maio a setembro) e outra chuvosa (outubro a abril). A temperatura média anual do Estado pode variar em 18º e 23ºC, dessa forma, as temperaturas mais elevadas ocorrem nos meses de setembro e outubro e podem atingir até 39°C, e as mais baixas temperaturas se apresentam entre os meses de maio e julho, nesse as temperaturas chegam a atingir, em determinadas regiões, 4ºC. Vegetação: A vegetação que caracteriza o Estado é o cerrado, essa composição vegetativa possui aspectos particulares, as árvores são baixas com troncos retorcidos, folhas e cascas grossas, além de raízes profundas para que nos períodos da seca (maio a setembro) as raízes possam atingir o lençol freático e, dessa forma, obter água. O cerrado sofre variações que dão origem à classificação do bioma, assim, o cerrado é dividido em subsistemas: subsistema do cerrado comum, subsistema cerrado, subsistema de cerradão, subsistema de matas, subsistema de campo e subsistema de veredas e ambientes alagadiços, no entanto, existem outras classificações dos subsistemas ainda mais específicas. Além do cerrado que é predominante, é encontrado também no Estado uma restrita área de floresta tropical, que abrange o mato grosso goiano e vestígios de floresta atlântica nas proximidades de Goiânia, Anápolis, além de outras cidades do sul de Goiás. Esse tipo de vegetação é comum, principalmente, em áreas acidentadas e nas margens de mananciais. Hidrografia: Goiás possui um grande potencial hídrico, existe uma imensa quantidade de córregos, rios e enormes aquíferos (águas subterrâneas). O Estado é banhado por três importantes bacias hidrográficas, Bacia do Paraná, Bacia Araguaia-Tocantins e a Bacia do São Francisco. A seguir os principais rios do Estado de Goiás: Rio Aporé, Rio Araguaia, Rio Claro, Rio Corrente, Rio Corumbá, Rio Crixá Grande, Rio Crixá Pequeno, Rio das Almas, Rio dos Bois, Rio Jacaré, Rio Manoel Alves, Rio Maranhão, Rio Meia-Ponte, Rio Paraná, Rio Paranaíba, Rio dos Peixes, Rio Preto, Rio Santa Teresa, Rio São Marcos, Rio do Sono, Rio Tocantins, Rio Tocantinzinho e Rio Vermelho.
  1. Densidade populacional: A população de Goiás é composta por 6.003.788 habitantes, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse contingente populacional, o maior do Centro-Oeste e o décimo segundo do país, corresponde a aproximadamente 3,15% da população atual do Brasil. A densidade demográfica, também conhecida como população relativa, é de 17,6 habitantes por quilômetro quadrado, portanto, o estado possui vazios demográficos. A taxa de crescimento demográfico é de 1,8% ao ano, impulsionada pelo crescimento vegetativo e pelo intenso fluxo migratório com destino ao estado. De acordo com dados do IBGE, cerca de 25% da população de Goiás é formada por imigrantes, ou seja, pessoas oriundas de outros estados.
  1. Meio de produção: A economia do estado de Goiás tem como principais atividades a agricultura, a pecuária e a indústria. O Produto Interno Bruto – PIB (R$ 65.210 milhões em 2007) do estado corresponde a 2,45 % da riqueza gerada em todo o país nesse período. O PIB per capita de Goiás foi de R$ 11.547,68 em 2007.A produção agrícola de Goiás é das mais expressivas do país. O estado é o maior produtor sorgo do Brasil, além de estar entre os maiores produtores nacionais de milho, tomate e soja. Além disso, são produzidos no estado: arroz, feijão, algodão, trigo, cana-de-açúcar, alho, mandioca, cítricos e girassol. O rebanho bovino do estado está entre os maiores do Brasil. A pecuária de corte é mais desenvolvida do que a pecuária leiteira. No entanto, a atividade é a principal responsável pelo desmatamento e destruição do cerrado, destruindo esse ecossistema e provocando erosões. As criações de suínos e de aves também são significativas no estado. O setor industrial está em expansão. A variedade de indústrias no estado é grande, com destaque para as indústrias de transformação, alimentícias, têxteis, metalúrgicas, madeireira, mobiliaria, automobilísticas, de mineração e farmacêutica.   Em Goiás, especificamente no Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA), está situado o maior pólo farmoquímico da América Latina. O estado é um dos maiores produtores de medicamentos genéricos do Brasil. Produz ainda açúcar e álcool em quantidades significativas. Goiás é o único estado brasileiro que possui um porto seco. O extrativismo, tanto mineral como vegetal contribuem com a economia do estado. Goiás possui reserva de vários minerais, sendo os de maior destaque, o calcário, o amianto, o fosfato e o níquel. Existem ainda jazidas de ardósia, cobre, rutilo, argila, manguanes, estanho, talco, dolomita e cromita. Ouro, pedras preciosas (esmeraldas), pedras semipreciosas e cristais-de-rocha também são encontradas. Os vegetais extraídos são: madeira (mogno), pequi, babaçu e casca de angico. O turismo contribui de forma significativa com a economia do estado. As estâncias hidrotermais nas cidades de Rio Quente e Caldas Novas atraem muitos turistas. O ecoturismo nas praias do Rio Araguaia e na Chapada dos Veadeiros é bastante procurado. Além disso, as cidades de Pirenópolis, Corumbá e na Cidade de Goiás, o turismo histórico atrai os turistas.
  1.  Cultura: A literatura goiana é destaque à parte. Destacam-se os nomes de Hugo de Carvalho Ramos, com Tropas e Boiadas; Basileu Toledo França e os romances históricos Pioneiros e Jagunços e Capangueiros; Bernardo Élis e as obras Apenas um Violão, O Tronco e Ermos Gerais; Carmo Bernardes com Jurubatuba e Selva-Bichos e Gente; Gilberto Mendonça Teles, considerado o escritor goiano mais famoso na Europa, com A Raiz da Fala e Hora Aberta; Yêda Schmaltz com Baco e Anas Brasileiras; Pio Vargas e Anatomia do Gesto e Os Novelos do Acaso; e Leo Lynce, um dos precursores do modernismo, com seu livro Ontem. O Estado de Goiás promove, constantemente, manifestações artísticas conjuntas de forma a apresentar novos nomes do cenário regional. Três festivais têm espaço garantido no calendário de eventos estadual, dando repercussão à cultura audiovisual, dramaturgia e à música. Na cidade de Goiás, é realizado o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Fica; em Porangatu, a Mostra de Teatro Nacional de Porangatu, o TeNPo; e o Festival Canto da Primavera, em Pirenópolis. Em Goiás, comer é um ato social. A comida carrega traços da identidade e da memória do povo goiano, tanto que a cozinha típica goiana é geralmente grande e uma das partes mais importantes da casa, por agregar ritos e hábitos do ato de fazer a comida. Do fogão caipira até as mais modernas cozinhas industriais é costumeiro se ouvir falar no tradicional arroz com pequi, cujo cheiro característico anuncia de longe o cardápio da próxima refeição. O pequi, aliás, é figura tão certa na tradição goiana, quanto os cuidados ministrados àqueles que se aventuram a experimentá-lo pela primeira vez. A quem não sabe, não se morde, nem se parte o pequi. O fruto é roído com os dentes incisivos e qualquer menção no sentido de mordê-lo pode resultar em uma boca recheada de dolorosos espinhos. Também se inclui no cardápio típico goiano a paçoca de pilão, o peixe assado na telha e a galinhada. A galinhada, por sinal, não se resume ao frango com arroz. É mais, acompanhada de açafrão, milho e cheiro verde, rendendo uma mistura que agrada a ambos, olfato e paladar. Sem contar a infinidade de doces típicos interioranos, visto na leveza de alfenins, pastelinhos, ambrosias, entre outras guloseimas. Sobre as músicas nem só de sertanejo vive o Estado de Goiás. Na verdade, ritmos antes considerados característicos de eixos do Sudeste do país têm demarcado cada vez mais seu espaço dentro do território goiano. Bons exemplos são a cena alternativa e do rock, divulgados em peso por festivais de renome como o Bananada e o Vaca Amarela, enquanto que, por outro lado, rodas de samba e apresentações de chorinho também têm angariado novos adeptos, dentre outros tantos ritmos encontrados na cultura goiana.

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