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Engenhos, Escravos E Senhores Na América Portuguesa

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Por:   •  23/5/2014  •  529 Palavras (3 Páginas)  •  6.096 Visualizações

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Engenhos, escravos e senhores na América Portuguesa

Durante anos de contato entre europeus e indígenas na América portuguesa, as relações estabelecidas eram basicamente de troca, os franceses e portugueses precisavam da mão de obra indígena para o corte das árvores de pau- brasil e arrastar os troncos para as embarcações e feitorias. Os portugueses ainda recebiam o principal alimento para sua subsistência a mandioca, os europeus ofereciam em troca enfeites tecidos e ferramentas. Nesta época essas práticas não chegavam a interferir a vida cotidiana do indígena já que eram comuns nas aldeias.

Após a introdução das capitanias hereditárias a relação entre portugueses e indígenas começaram a se modificar; os colonos e donatários começaram a explorar a mão de obra indígena com mais intensidade. Com o avanço da colonização também começou a escravização dos indígenas e assim começaram a acontecer os conflitos, pois os índios resistiam à escravidão, essas dificuldades fizeram com que os portugueses buscassem mão de obra fora da colônia, na época o tráfico de africanos era considerado um negócio muito lucrativo, na África já existia um comércio estabelecido, e desde o século XV os portugueses ocuparam regiões da áfrica para facilitar o tráfico de africanos para a colheita de cana – de – açúcar.

A vida nos engenhos de açúcar era muito difícil, havia maus tratos para os que tentavam fugir ou ao menos responder os capatazes.

Tinham que colher cana de açúcar debaixo de sol muito quente, e recebiam apenas roupas bem velhas e uma alimentação de péssima qualidade; dormiam em senzalas úmidas escuras e sujas, passavam a noite acorrentados para evitar fugas. Eram castigados com freqüência sendo as chibatadas o castigo mais comum no Brasil colônia.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho a utilizassem principalmente para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia. Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira. O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas onde grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos onde era praticada agricultura caça e artesanato, o mais famoso foi o Quilombo dos Palmares comandado por Zumbi.

Em 1885, foi aprovada a lei Saraiva - Cotegipe ou dos Sexagenários que beneficiava os negros de mais de 65 anos. Foi em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que liberdade total finalmente foi alcançada pelos negros no Brasil. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de vez a escravidão no Brasil; mas a vida dos negros brasileiros continuou muito difícil. O estado brasileiro não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos pudessem ser integrados no mercado de trabalho formal e

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