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Entrevista a morador antigo da Lagoa do Peri

Por:   •  17/10/2017  •  Relatório de pesquisa  •  734 Palavras (3 Páginas)  •  364 Visualizações

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RELATÓRIO DE CAMPO DO DIA 04/10/2017

A terceira saída de campo no Parque Municipal da Lagoa do Peri deu-se pela parte baixa do parque, mais especificamente na trilha do saquinho. No decorrer da trilha vimos resquícios de ruínas de pedras, que eram construções como casas, trapiches, ou muros. No meio da trilha, numa prainha, encontramos seu Mazinho, onde começamos a conversar com ele, por cerca de uma hora. A entrevista se dá por seguinte.

A mata baixa (atualmente) era tudo roça, até na região da pedra branca (pedra que os moradores antigos designaram o nome, ficando do outro lado da lagoa). Era tudo desmatado, não tinha a mata que tem hoje, tinha água dentro da cachoeira, na roça. Dizia que chovia muito, toda semana. Criticando que hoje as chuvas sao esporádicas.

Contou os costumes que faziam quando iam até o outro lado da lagoa levando os mantimentos para passar o dia. Lá era plantado feijão, milho, abóbora, repolho, nabo e banana. Cortavam 18-19 mil bananas por semana, abastecendo o Colégio Catarinense, já que a plantação ia até o alto do morro. Ainda há cafezeiros no local, mas as árvores já tomaram conta do local.

Contou-nos que a o nível de água da lagoa atualmente é mais baixo que antigamente. Para ele, ela secou pelo vento que bate na encosta e levanta a areia que se deposita no fundo da Lagoa. Lamenta dizendo que a água antes era bem clarinha, e que hoje está amarela, comparando com uma gema de ovo, notando isso de uns 6-8 anos atrás.

O peixe Acará está morrendo, seus amigos dizem que é o por causa do peixe Lambari, mas pra seu Mazinho é o bronzeador utilizado pelos banhistas.

Critica o alto nível de cloro que a CASAN põe na água, parecendo um leite quando se é aberta a torneira de manhã.

Seu pai contava que se puxava madeira (de todo o morro) por carro de boi, desde a cachoeira grande, onde havia uma estrada de lá até onde estávamos, numa prainha, porém isso antes da década de 1960. E do outro lado tinha uma madeireira, do seu Vitorino.

A praia da Generosa (acha que é a mãe da Anja) tem esse nome por estar na sua propriedade.

Antigamente lavavam roupas no “pastinho” onde estávamos.

Era feito gamela pela raiz da Figueira.

Antes da criação do Parque, se tinha umas 9-10 famílias morando naquela região do parque, e todos trabalhavam na roça e pesca. Não se tinha tanta caça de aves, só esporadicamente para comer no local onde estavam pescando, ou para diversificar o cardápio no almoço.

 Os moradores criavam vacas, cavalos, cabras e porcos, utilizando eles para sua própria sustentação, sem o objetivo de vender. Já outros mantimentos eram comprados “lá em baixo”, onde era o bailão, e se tinha uma vendinha. Já o excedente da produção ia pros mercados, através de caminhão por um homem, que funcionava como um “bombeiro”.

O resto da farinha era guardada numa espécie de “paiol” de madeira, forrado com lata pra não entrar umidade, para durar o resto do ano. Não se tinha festa pelas comemorações das colheitas.

O divertimento era no baile, que ocorriam somente depois da festa da Igreja. Nos disse que chegavam as 17h00min em casa já que não havia iluminação pública.

Se não houvesse o parque atualmente, existiria nas beiradas da lagoa casas e não teríamos acesso a lagoa. Lamenta por não ser como antes. Por não ter “segurança”, já que há frequentadores usuários de drogas.

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