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Especialistas apontam para a solução do problema de sobrecarga

Relatório de pesquisa: Especialistas apontam para a solução do problema de sobrecarga. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  30/11/2014  •  Relatório de pesquisa  •  2.206 Palavras (9 Páginas)  •  203 Visualizações

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Especialista apontam soluções para o problema dos congestionamentos

São sugestões a curto, médio e longo prazo para melhorar esse gravíssimo problema, que cresce a cada dia e indica que é hora de agir antes que a cidade entre em colapso.

O trânsito de São Paulo – e seu efeito negativo sobre a qualidade de vida de todos os seus moradores – pode ser traduzido numa marca recém-atingida pela cidade: 6 milhões de veículos, quase um para cada dois habitantes. É de arrepiar. Na última década, a frota paulistana aumentou 2,5 vezes mais do que a própria população. Além de roubarem de cada cidadão horas que jamais serão recuperadas, os congestionamentos prejudicam a economia e queimam milhões de litros de combustível. Na semana passada, a cidade bateu sucessivos recordes de lentidão pela manhã: 149 quilômetros na segunda-feira, 155 quilômetros na terça e 165 quilômetros na quinta, o pior do ano. De 2006 para 2007, a velocidade média dos veículos nas ruas da capital caiu de 29 para 27 quilômetros por hora. São Paulo precisa adotar medidas corajosas, polêmicas e muitas vezes antipáticas para tentar desatar esse nó que nos sufoca dia a dia. "Apenas no longo prazo haverá solução para o trânsito", acredita o prefeito Gilberto Kassab. "Isso não significa que a prefeitura esteja omissa", afirma, lembrando algumas medidas que tem adotado, como a instalação de semáforos inteligentes e a criação de mais dois corredores de ônibus. Urbanistas e especialistas em trânsito apontam doze soluções possíveis que poderiam trazer algum alento imediatamente, a médio e a longo prazo. Em comum, são ações que têm um efeito mensurado e foram implementadas em outras cidades. Ou seja, não há mágica. Dependem, na maioria dos casos, mais de vontade política do que de investimentos pesados. Está mais do que na hora de fazer a cidade andar.

CURTO PRAZO

Tolerância zero contra os infratores

Não apenas educação e civilidade garantem respeito às leis de trânsito. No mundo inteiro, motoristas são disciplinados pela certeza da punição. É preciso multar mais. Se eles passam a respeitar as leis, o índice de acidentes cai e a fluidez do trânsito melhora. Em 2007, a CET aplicou 4,2 milhões de autuações, 4,5% a mais que no ano anterior. Nos horários de pico, a companhia diz que 500 marronzinhos estão nas ruas. Em julho do ano passado também foi anunciado que o grupo receberia o reforço de 1100 homens da Polícia Militar, treinados para monitorar o trânsito e multar motoristas, desde que parem o carro para adverti-los. Qual foi mesmo a última vez que você, caro leitor, foi parado numa blitz e teve de mostrar sua carteira de habilitação para um policial?

Fiscalizar o rodízio

Desde que foi implantado, em 1997, o rodízio municipal tira 20% dos carros das ruas nos horários de pico. Claramente perceptível de início, o alívio durou pouco. O efeito acabou engolido pelo crescimento da frota, de 5% ao ano, em média, e pelo desrespeito de muitos motoristas. Hoje, a fuga do rodízio ainda é a infração mais anotada pela CET. No ano passado, houve 1,4 milhão de multas, número 12% menor que as infrações registradas em 2006. É preciso intensificar urgentemente a fiscalização. Uma das medidas seria multiplicar na cidade os atuais 36 leitores automáticos de placas (LAPs), espécie de câmeras que fotografam a chapa dos que furam a restrição. Instalados em 2005, os LAPs são responsáveis hoje por 66% das multas de rodízio. O problema é que o número de leitores permanece o mesmo há três anos, a despeito do aumento da frota. Para que as principais vias do centro expandido fossem fiscalizadas, teriam de ser alugados mais 110 equipamentos, ao custo de 1,1 milhão de reais por ano.

Aumentar a velocidade nos corredores de ônibus

Como a cidade não dispõe de sistema de transporte sobre trilhos à altura de uma metrópole com mais de 10 milhões de habitantes, os 15 000 ônibus respondem por 72% das viagens feitas em transporte coletivo. Não basta ampliar os atuais 154 quilômetros de faixas exclusivas para 232 quilômetros até 2016, como pretende a Secretaria Municipal de Transportes, sem agilizar a operação das já existentes. A velocidade média dos ônibus nesses corredores, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de São Paulo, é de 12 quilômetros por hora, 14% a menos que há dez anos. Se os trajetos fossem racionalizados e os veículos particulares que trafegam nos corredores sempre multados, a velocidade poderia dobrar. Alguns especialistas defendem a idéia de que os 32 000 táxis que rodam na cidade também deveriam ser proibidos de circular nesses corredores. Desde 2005, essa prática é permitida por lei.

Tirar das ruas os carros em más condições

Das 700 ocorrências que a CET atendeu diariamente em 2007, mais da metade referia-se a veículos quebrados. O bloqueio de uma única faixa na Marginal Tietê por apenas quinze minutos provoca, em média, 3 quilômetros de fila. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito, cerca de 73% da frota tem mais de dez anos de idade. A Inspeção Técnica Veicular, prevista desde 1997, quando foi lançado o novo Código de Trânsito Brasileiro, seria um meio de retirar esses carros de circulação. O início das inspeções veiculares para verificar o nível de emissão de poluentes, segundo o prefeito Gilberto Kassab, começará em maio. "A ação visa a combater a poluição do ar", afirma Kassab. "Mas vai atingir em cheio os motoristas infratores e os veículos velhos."

Tirar da rua os carros irregulares

Estima-se que 30% da frota (1,8 milhão de veículos) esteja na ilegalidade. Significa que não pagam IPVA, multas e licenciamento. Por isso, rodam despreocupados com o rodízio. Se fosse autuado, todo esse contingente irregular deixaria as ruas da cidade.

Criar área de retenção de motos

Essa é uma idéia incipiente, implantada no mês passado em Natal, no Rio Grande do Norte. Trata-se de uma área demarcada com uma faixa no chão para que os motociclistas se posicionem à frente dos carros, enquanto aguardam o sinal abrir num cruzamento. As motos largariam antes, o que evitaria trombadas. Todos os dias, 25 acidentes envolvendo motos ocorrem nas ruas paulistanas, com o saldo de um morto.

Incentivar os fretados

Cada ônibus fretado significa quinze automóveis a menos nas ruas. É preciso estimular o uso desse transporte no deslocamento casa–trabalho.

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