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GEOGRAFIA ECONÔMICA

Por:   •  12/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.241 Palavras (5 Páginas)  •  161 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS DE CAMPO MOURÃO

COLEGIADO DE GEOGRAFIA

GUILHERME FERNANDES CHAMBERLAIN

RESUMO:

A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA

CAPÍTULOS: A URBANIZAÇÃO PRETÉRITA; A EVOLUÇÃO RECENTE DA POPULAÇÃO URBANA, AGRÍCOLA E RURAL; O MEIO TÉCNICO-CIENTÍFICO

 

CAMPO MOURÃO

2019

RESUMO

SANTOS, Milton. A urbanização Brasileira, São Paulo: Hucitec, 1993.

Milton Santos nesta obra, analisa e discute os fundamentos do crescimento urbano brasileiro focando os processos sociais econômicos e territoriais. Santos nos informa que a "cidade" era bem mais que uma "emanação do poder longínquo, e o urbanismo é uma condição moderníssima da nossa evolução social, onde nossa história é do povo agrícola, do campo, de uma sociedade de lavradores e pastores. Foi no campo onde se formaram as nossas raças e nossa civilização atual, e se elaboram as forças íntimas de nossa civilização. O dinamismo da nossa história, no período colonial, vem do campo. Do campo, as bases em que se assenta a estabilidade admirável da nossa sociedade no período imperial. O autor cita sobre as três principais etapas da urbanização, por Nestor Goulart Reis (1968), nos períodos entre 1500 e 1720 no território brasileiro. A primeira fase (1530 e 1570), a fundação do Rio de Janeiro e a de Filipéia da Paraíba em 1585, e também onde ocorre a instalação de Iguape. O segundo período fica ‘entre 1580 e 1649, anos d dominação-espanhola, com dois pontos de maior intensidade: os anos entre 1610 e 1620, com a fundação de uma vila e três cidades e entre 1630 e 1640, com a fundação de nove vilas. Num terceiro momento, entre 1650 e 1720, foram fundadas trinta e cinco vilas, elevando-se duas delas à categoria de cidades: Olinda, e São Paulo. De modo geral, porém, é a partir do século XVIII que a urbanização se desenvolve e a casa da cidade torna-se a residência mais importante do fazendeiro ou do senhor de engenho, que só vai à sua propriedade rural no momento do corte e da moeda da cana. O segundo período fica ‘entre 1580 e 1649, anos d dominação-espanhola, com dois pontos de maior intensidade: os anos entre 1610 e 1620, com a fundação de uma vila e três cidades e entre 1630 e 1640, com a fundação de nove vilas. Num terceiro momento, entre 1650 e 1720, foram fundadas trinta e cinco vilas, elevando-se duas delas à categoria de cidades: Olinda, e São Paulo. De modo geral, porém, é a partir do século XVIII que a urbanização se desenvolve e a casa da cidade torna-se a residência mais importante do fazendeiro ou do senhor de engenho, que só vai à sua propriedade rural no momento do corte e da moeda da cana. Assim, ocorreram os seguintes elementos: a organização político-administrativa, organização municipal; as atividades econômicas rurais e as camadas sociais correspondentes. Assim, foi a partir do século XVIII que a urbanização se desenvolve, porém foi necessário ainda mais um século para adquirir as características com as quais a conhecemos hoje. O processo de criação urbana está documentado, e um deles por M. Marx (1991) cita que se tratava muito mais da geração de cidades, que mesmo de um processo de urbanização. As relações entre lugares eram fracas, inconstantes, num país com tão grandes dimensões territoriais. e, apesar disso, a expansão da agricultura comercial e a exploração mineral ampliaram o surgimento de cidades no litoral e no interior, ressaltando que a mecanização da produção e do território trouxe novo impulso e nova lógica ao processo. O índice de urbanização aumentou muito entre 1920 e 1940, com crescimento da população economicamente ativa neste período. Desta forma, Santos enfatiza que o Brasil, durante muitos séculos, foi um arquipélago com subespaços, com escassa relação entre si e com lógicas próprias ditadas por relações com o mundo exterior. A partir do século XIX com a produção do café, o Estado de São Paulo tornou-se o polo dinâmico, proporcionando alguns benefícios como a implantação de estradas de ferro, melhoria dos portos, criação de meios de comunicação. Porém, de outro lado, instalam-se influxos de comércio internacional. Formas capitalistas de produção, trabalho, intercâmbio, consumo, para tornar a tal fluidez efetiva. é baseada nessa nova dinâmica que o processo de industrialização se desenvolve, tendo duração até a década de 30, e a partir daí, ocorrem novas condições políticas e organizacionais que permitem nova impulsão vinda do poder público, com crescente participação do mercado interno. Entre 1940 e 1960 ocorre uma inversão residencial da população brasileira, onde entre 1960 e 1980 a população vivendo nas cidades apresenta um aumento espetacular, e o forte movimento de urbanização se deu após um forte crescimento demográfico pós-guerra. É nesse contexto que a população agrícola cresce entre 1960 e 1970, e de novo entre 1970 e 1980, onde o fenômeno não ocorre de maneira homogênea, pois houveram diferentes graus de ocupação prévia das diversas regiões. O Brasil moderno é um país onde a população agrícola cresce mais depressa que a população rural, e isso se deve porque a maior parte dos trabalhadores rurais é urbana pela sua residência. Santos relata que a fase atual é momento chamado de meio técnico-científico, isto é, o momento histórico no qual a construção e reconstrução do espaço se dará com um crescente conteúdo da ciência, de técnicas de informação. Este período é marcado pela presença da ciência e da técnica nos processos de remodelação do território essenciais às produções hegemônicas, que necessitam desse novo meio geográfico para sua realização. A informação, é o motor fundamental do processo social e o território é equipado para facilitar a sua circulação. Assim, o Brasil acelera a mecanização do território e enfrenta uma nova tarefa, a constituição, sobre áreas mais vastas. Desta forma, apenas após a segunda guerra mundial que ocorre a integração do território, e cabe ressaltar, que o golpe de Estado de 1964 aparece como um marco, criando condições de uma rápida integração do País a um movimento de internacionalização que aparecia como "irresistível", em escala mundial, com desenvolvimento da economia, atendendo as demandas internas e externas, expandindo a mecanização da agricultura e aumentando a população. Houve, portanto, um aumento da classe média e a sedução dos pobres por um consumo diversificado, com sistemas extensivos de crédito, impulsionando a expansão industrial. Neste período, no caso brasileiro, alguns fatos devem ser pontuados:

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