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Geografia

Por:   •  28/4/2015  •  Resenha  •  2.923 Palavras (12 Páginas)  •  192 Visualizações

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Esta parte pode ser útil na Introdução??

O Caps foi escolhido pelo grupo como objeto de estudo, pelo fato de termos em outras disciplinas a oportunidade de realizar trabalhos dentro deste contexto, nosso objetivo nesta atividade foi desmistificar um olhar romântico pelo qual analisamos o caps, dentro de uma perspectiva que limitava nossa compreensão a respeito de outras questões em aberto. Com enfoque agora mais apurado por conhecermos os processos de atendimento, rotinas diárias, nos voltamos á especificidade do sistema administrativo do caps, buscando respostas sobre como que se dava essa parte burocrática desta instituição, quais bases sustentam suas visões e missão, quais questões e conflitos permeiam o âmbito organizacional do caps. Quais as culturas que o compõe, qual tipo de liderança.

A entrevista foi totalmente aberta o que proporcionou o profissional ficar a vontade e discorrer sobre diversos assuntos que desencadeavam em outros. Por esta razão o trabalho não tem uma estrutura regrada de perguntas e respostas objetivas, sendo que cada questão numerada, foi colocada desta maneira para dar um norte a quem irá ler este trabalho de forma que de sentido ao que esta sendo relatado, trás várias colocações e possíveis respostas de questões que provavelmente não nos lembraríamos de citar, e da qual após o termino do trabalho em campo, entendemos sua grandiosa importância, para nosso desenvolvimento enquanto estudantes. Qualificamos como extremamente proveitosa a forma como tudo foi organizado, o que nos proporcionou uma visão ampliada sobre todo o contexto no qual esperávamos compreender pelo menos parte, devido ao auto grau de complexidade.

Tivemos além da entrevista a oportunidade de observar todo o local livremente, e ainda á oportunidade de participar de um dia dentro do contexto do caps, participando das atividades e observando uma intervenção do psicólogo e outros profissionais com os pacientes.

           Fala aberta da Psicóloga referente a diversos assuntos do CAPS

A enumeração segue esta ordem para situar o leitor.

  1. Tipo da organização; número de funcionários; atividade principal; horário de funcionamento; espaço físico:

            Centro de Atenção Psicossocial Professor Luis da Rocha Cerqueira, também conhecido como CAPS Itapeva é o primeiro do Brasil, fundado em 1986. É do tipo CAPS II - para populações entre 70.000 e 200.000 habitantes. Sua principal atividade é de prestar Serviço público de saúde mental que tem como objetivo a reabilitação psicossocial e o tratamento de pacientes com transtornos mentais severos. Possui 600 beneficiários, 132 funcionários e 4 voluntários. O CAPS funciona de segunda à sexta-feira, das 8hs às 17hs, exceto nos feriados. As triagens acontecem de segunda a sexta-feira.

A entrada do CAPS é assistida por um ou dois seguranças e mais um ou dois atendentes que ficam no primeiro posto de atendimento. A estrutura física é composta por dois prédios em uma esquina. É uma construção antiga, atualmente abrange uma estrutura que há anos atrás era dividida em duas: o CAPS Itapeva e o ambulatório de saúde mental, separados por um muro que foi abaixo quando se viu que a divisão entre esses serviços, que ia além da estrutura predial, passando pelos processos de trabalho, tornou-se caduca. A queda desse muro representa os processos interdisciplinares que vão compondo a nossa prática.

 O primeiro prédio tem acesso pela Rua Carlos Comenale, onde fica a entrada principal. Possui recepção, consultórios, salas de atendimento e terapias, lanchonete, lojinha, farmácia, enfermagem, administração, lavanderia e horta. O segundo prédio é conhecido como casarão e possui refeitório, biblioteca, sala de TV, sala de informática, sala para artesanato, sala de jogos e diversas salas para trabalhos em grupos. Entre os dois prédios do lado de fora, há jardins e bancos.

A equipe do CAPS é dividida em três sub-equipes, formadas por, praticamente, os profissionais necessários para uma equipe de CAPS II – um psiquiatra, um enfermeiro, quatro profissionais de nível superior e 3 de nível médio. Cada uma dessas equipes possui duas reuniões semanais: uma para discussão de Projetos Terapêuticos e processos de cuidado e outra para discussões mais conceituais na qual as três equipes se juntam. A menor parte da demanda do CAPS é encaminhada pela Atenção Básica; a maior parte é formada espontaneamente, ou seja, o CAPS Itapeva funciona também como porta de entrada, orientando o fluxo das pessoas na rede de saúde. Para isso, de segunda à quinta há dois profissionais “avulsos” para o atendimento primeiro de quem chega ao serviço. Parte das pessoas das três sub-equipes se envolve, além do cuidado diário oferecido pela instituição, com apoio matricial junto às equipes de saúde da família da região para a qual o CAPS é referência de serviço. Há, nesse equipamento, um Núcleo de Ensino e Pesquisa que mantém uma estreita relação com equipamentos de formação, como as universidades, não só servindo como campo de estágio como também compondo os seguintes cursos de formação: aperfeiçoamento em saúde mental para técnicos de enfermagem e gestores e mini-cursos em saúde mental, nos fins de semana, abertos à comunidade. Além disso, a própria equipe promove o edital, a seleção e a supervisão de oito vagas para aprimoramento profissional, cujas bolsas são pagas pela Função de Desenvolvimento Administrativa, a FUNDAP. A aproximação com a educação é representada pela biblioteca do serviço.

  1. História: Fundação, Ciclo de Vida até os dias atuais (como surgiu, objetivos, crises, êxitos, mudanças):

Vocês lembram que antigamente tem toda uma discussão da loucura isolada, a loucura misturada a lepra e outras questões, deveriam ser excluídas da sociedade marginalizadas e tal. Os loucos eram considerados aquilo que tem que esta fora, excluídos. Como que isso se operacionalizava em termos de saúde? A psiquiatria foi á primeira área a definir a loucura como uma doença, antes disso a loucura era loucura. Então vem a psiquiatria e diz: a loucura é uma questão de saúde, é uma doença. E a partir daí ela começa a tentar tratar, hoje agente questiona as formas de tratamento pensadas naquela época, mas eram tentativas de tratamento. O que se pensava em relação ao isolamento, que justificava o isolamento em termos? Bom, a realidade faz mal para essas pessoas, o contato com o lado de fora faz mal a essas pessoas, então temos que isolá-las deste ambiente, para que possamos cuidar delas. Que neste ambiente elas estão adoecidas, então deve ser retirado desse ambiente para que elas melhorem e talvez voltem, normalmente não.

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