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Geopolítica Das Drogas

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Por:   •  31/8/2014  •  1.309 Palavras (6 Páginas)  •  300 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O tráfico internacional de drogas, em alta escala, começou a desenvolver-se a partir de meados da década de 1970, tendo tido o sua expansão na década de 1980. Esse desenvolvimento está estreitamente ligado à crise econômica mundial. O narcotráfico determina as economias dos países produtores de coca, cujos principais produtos de exportação têm sofrido sucessivas quedas em seus preços (ainda que a maior parte dos lucros não fique nesses países) e, ao mesmo tempo, favorece principalmente o sistema financeiro mundial. O dinheiro oriundo da droga corresponde à lógica do sistema financeiro, que é eminentemente especulativo. Este necessita, cada vez mais, de capital "livre" para girar, e o tráfico de drogas promove o "aparecimento mágico" desse capital que se acumula muito rápido e se move velozmente.

Atualmente, o narcotráfico é um dos negócios mais lucrativos do mundo. Sua rentabilidade se aproxima dos 3.000%. Os custos de produção somam 0,5% e os de transporte gastos com a distribuição (incluindo subornos) 3% em relação ao preço final de venda. De acordo com dados recentes, o quilo de cocaína custa US$ 2.000 na Colômbia, US$ 25.000 nos EUA e US$ 40.000 na Europa. A América Latina participa do narcotráfico na qualidade de maior produtora mundial de cocaína.

Os países que compõem a porção latino-americana, possuem características de certa forma em comum na questão de clima e relevo, o que ligados e raciocinados em conjunto com os aspectos sociopolíticos, decifram assim uma rede que completa as origens e porquês do grande consumo e produção.

2. GEOGRAFIA FÍSICA

Um mundo social repleto de vantagens, economias atuando ilicitamente para gerar seus lucros considerados sujos; e suas características físicas, interferindo no cultivo e uso de entorpecentes. Em toda a extensão da América Latina, seu relevo, vegetação e clima, mostram sim quesitos que se aderem propiciando a produção de drogas.

As unidades do relevo que compõem o espaço latino-americano são de grande sustentação dos motivos que demonstram o porquê da grande produção e consumo de narcóticos. Em geral, as formas de relevo apresentam-se nesta região como Planícies costeiras, Altas Cordilheiras, Planaltos desgastados, e Planícies pluviais de grande extensão; no clima, é possível destacar generalizando-se, os Tropicais, úmidos ou secos, Tropical de Altitudes, surgindo assim também, um trecho de clima Equatorial, com amplitude térmica reduzida, temperaturas elevadas e chuvas constantes. Nesta linha de raciocínio, é preciso dizer que o clima no geral e as formas do relevo, influenciam a população ao cultivo. As elevadas altitudes, o frio, as formas de interação com a natureza, provocam contraversões dos habitantes para resistência corpórea e mental de sua ligação com o meio físico, utilizando assim estes produtos ilícitos com o motivo de suprir suas deficiências de casualização intelectual, social de fisiológica.

3. GEOGRAFIA HUMANA

A América Latina enquadra-se na posição de maior produtora mundial de cocaína, tendo a Colômbia como detentora do controle da maior parte do tráfico internacional. A cocaína afeta grupos sociais no geral, através do abalo da cidadania, saúde e economia no geral. Muitos são os países da América que praticam ilicitamente o cultivo, venda e exportação dos narcóticos, porém, é possível perceber, através de dados, que a corrupção é algo muito geral, sobrepõe-se às ordens do governo, podendo estar ligado às mesmas como um impulso para lucros ilícitos. Na Colômbia, o narcotráfico gera de US$ 2 a 4 bilhões, enquanto as exportações oficiais geram US$ 5,25 bilhões.

“Os narcotraficantes controlam o governo, as forças armadas, o corpo diplomático e até as unidades encarregadas do combate ao tráfico. Não há setor da sociedade que não tenha ligações com os traficantes e até mesmo a Igreja recebe contribuições destes” – diz Osvaldo Coggiola, professor de Jornalismo e Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A violência e o crime organizados, associados ao tráfico de drogas ilícitas constituem um dos problemas mais graves da América Latina. Frente a uma situação que se deteriora a cada dia, com altíssimos custos humanos e sociais, é imperativo retificar a estratégia de “guerra contra as drogas” aplicada nos últimos trinta anos na região. As políticas proibicionistas baseadas na repressão à produção e ao tráfico bem como na criminalização do consumo, não produziram os resultados esperados. Estamos mais distantes que nunca do objetivo proclamado de erradicação das drogas. Uma avaliação realista indica que A América Latina continua sendo o maior exportador mundial de cocaína e maconha, converteu-se em crescente produtora de ópio e heroína e se inicia na produção de drogas sintéticas.

No Peru e na Bolívia, parte da produção de coca é legal e destina-se ao consumo tradicional (mastigação das folhas para combater os efeitos da altitude), à indústria (chás e medicamentos) e à exportação (o Peru exporta 700 toneladas de folhas de coca por ano para a Coca-cola). O Peru é o maior produtor mundial de coca. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 100 mil camponeses peruanos cultivam 300 mil

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