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Globalização Da Africa

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Por:   •  21/11/2014  •  Seminário  •  959 Palavras (4 Páginas)  •  189 Visualizações

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A África apesar do processo de independência ocorrido após a Segunda Guerra, ainda apresenta uma série de problemas crônicos que vão desde a falta de indústrias aos piores indicadores sociais do planeta. Características que colocam o continente como um dos mais miseráveis.

O subdesenvolvimento econômico-social do continente está ligado a famosa colonização de exploração que destruiu toda a economia de subsistência e que mal ou bem, conseguia alimentar a população, além de não permitir o desenvolvimento da indústria através do famoso Pacto Colonial. Os europeus destruíram esse modelo e implementaram as plantations e posteriormente a mineração em grande escala. Aproveitaram-se de vários mecanismos para tornar a mão-de-obra barata, quase semi-escrava.

A indústria ficou atrelada às necessidades das metrópoles que não permitiam qualquer tipo de concorrência. Enquanto isso, a população ficava sem terras férteis, já que a concentração fundiária ganhou grandes proporções. Com uma mão-de-obra até hoje sem especialização e uma economia sem tecnologia, o continente ainda está no período da pré-revolução industrial.

Conseqüentemente para reverter esse quadro, o continente é obrigado a comprar tecnologias (defasadas do Primeiro Mundo) com preços altíssimos, alimentando ainda mais a ciranda do endividamento externo e dificultando os investimentos nas áreas sociais.

Devemos ressaltar que as elites africanas colaboram com esse mecanismo, pois são “compradas” através da cooptação político-econômica, onde sempre contarão com a ajuda das antigas metrópoles, bastando para isso, não mudar as relações econômicas favoráveis a elas.

A miséria absoluta que atinge o continente é decorrente de todo o processo descrito acima e torna-se mais preocupante em função das guerras civis que atingem quase todo o continente. Depois da Somália, que horrorizou o mundo numa guerra fratricida e contou com a presença desastrada dos EUA no início dos anos 90, o Burundi tornou-se a "bola da vez" na segunda metade da década passada.

Este pequeno país é uma ex-colônia belga encravada entre a República Democrática do Congo (ex-Zaire), Ruanda e a Tanzânia, com 5,6 milhões de habitantes, onde 85% são hutus e 15% tutsis, e o seu PIB são de miseráveis US$ 1,2 bilhão e uma renda per capita anual que não chega aos US$ 260,00 se envolveu numa sangrenta guerra étnica com uma média de 1.000 pessoas mortas por mês, quase sempre mulheres e crianças. Na vizinha Ruanda, 1 milhão de pessoas foram vítimas das guerras étnicas, também em função de atritos entre tutsis e hutus.

Para o professor Christopher Coker, da London School of Economics, os conflitos no Burundi já existiam só que de uma maneira menos violenta do que hoje. Inclusive na década de 30, a minoria tutsi explorava a maioria hutu. Entretanto, a presença européia acentuou ainda mais esses conflitos, através de um nacionalismo que foi incentivado ao máximo pelos colonizadores. Segundo os especialistas, desde o início da década de 90, 3 milhões de africanos foram mortos, 30 milhões abandonaram suas casas e 5 milhões estão exilados.

Num mundo pós-guerra fria e “globalizado”, dominado pela euforia de novos mercados sendo incorporados ao capitalismo, esse quadro medieval torna-se anacrônico. A projeção de um futuro melhor para a África está cada vez mais distante, e creio que a situação piorou ainda mais em função do fim do bloco soviético. Pois sem ele, a ameaça de uma “África comunista” acabou e os EUA não têm mais preocupação alguma em reverter essa situação. As famosas “ajudas humanitárias” estão

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