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Globalização E Transformações Culturais

Trabalho Universitário: Globalização E Transformações Culturais. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  8/2/2014  •  1.870 Palavras (8 Páginas)  •  933 Visualizações

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A globalização, cada vez mais presente na realidade de todos os indivíduos, se constitui como um termo que tem sido utilizado em referência às novas tendências quem tem afetado diferentes sociedades ao redor do mundo, particularmente nos últimos quarenta anos (principalmente a partir da década de 70).

Ainda, pode-se afirmar que consiste, em linhas gerais, em um fenômeno multidimensional, complexo e contraditório. Falando de modo geral, a globalização se refere em uma complexa série de eventos que tem redefinido a lógica de produção, consumo, comunicação e valores entre diferentes grupos de pessoas em todos as possíveis localidades do planeta.

A identidade cultural constitui as peculiaridades que marcam determinado grupo social. É possível através de todas as crenças, costumes, atividades de uma comunidade que esta pode ser identificada, além de formar a diversidade e o paradoxo das diversas formas de cultura. Através das identidades culturais, é possível perceber a característica que cada indivíduo tem de se tornar único e gerar os artifícios pelos quais é possível a sobrevivência de uma determinada cultura.

As identidades são caracterizadas como várias metamorfoses (um ciclo), responsáveis pelas modificações que ocorrem nessas organizações, com a presença dos indivíduos que as constituem. A temporalidade é um elemento que está em evidência nessas mudanças que ocorrem nas identidades culturais, acima de tudo em tempos de globalização.

Na globalização a comunicação veio a se tornar cada vez mais rápida, acompanhada de subjetividades, e interesses: científicos, sociais e econômicos. Essa pluralidade de objetos é responsável pelas alterações de identidades culturais. Em um mundo globalizado, o processo é estimulado.

As mudanças ocorridas na identidade cultural não é privilégio exclusivo da globalização. Esses mecanismos coexistiram sempre, aliados em demasia com valores subjetivos dos indivíduos, concepções ideológicas, políticas, sociais e econômicas. Um retrato dessa análise temporal foi, por exemplo, as mudanças ocorridas na cultura indígena no Brasil a partir do contato com uma cultura externa, em meados do século XV, e pelos períodos seguintes.

As transformações culturais não ocorrem somente pela presença de agentes externos à cultura. O meio social possui a capacidade de provocar mutações nas variadas temporalidades. Isso é notado ao se obter como análise os processos de evolução biológica, sociológica, a formação de correntes de pensamento presentes em um mesmo convívio grupal. O homem não vive determinado antecipadamente pelo instinto, só é possível viver aprendendo a viver, tomando comportamentos, atitudes e identidades diversas.

Além do mais, o conceito de cultura está presente nas discussões teóricas e nas reflexões cotidianas é possível afirmar que cultura é uma preocupação marcante da contemporaneidade. De acordo com Milton Santos, uma das primeiras concepções preocupa-se com a perspectiva de uma realidade social. Sendo assim, cultura é tudo que constitui a existência social de um povo ou nação. Esse é o significado moderno do conceito que passou a ser tomado no século XIX, combinado ao surgimento e aperfeiçoamento de teorias científicas sobre a vida e a sociedade e passa a tratar da universalidade das características de uma realidade social.

A segunda concepção refere-se ao saber, às ideias e crenças de um povo, assim como às diversas formas como eles existem na vida social. A cultura, assim, diz respeito a uma esfera, a um domínio da vida social. Então, pode-se afirmar que o exterior é um importante papel na formação da identidade do indivíduo, que está presente no seu imaginário e é transferida por meio da cultura. A identidade, por sua vez, é o que diferencia uns dos outros, o que os caracteriza como pessoa ou como grupo social. Ela é definida pelo conjunto de papéis que são desempenhados e é determinada pelas condições sociais decorrentes da produção da vida material.

O desenvolvimento cada vez maior e mais rápido da tecnologia da informação gera o desejo do homem de aproximar cada vez mais as culturas. Porém, essa proximidade produz disputas muito intensas, modificando ainda mais o jeito de comunicar. Então, por mais que a virtualidade permita de certa forma, a aproximação territorial, ela também cria uma necessidade de demarcação e expressão individual dessas culturas.

Na contemporaneidade, vemos o surgimento de uma cultura mundial que ainda mais que conceba todos os grupos de indivíduos, não é sobreponível às culturas locais individuais, porque estas possuem raízes fincadas nos dias do homem que pertence a ela. Mais do que equalizar a cultura mundial, a Globalização aumenta a troca de informações, de exposição daquilo que cada cultura possui como de característica única.

As informações são transferidas de um lado para o outro, transformam pessoas, impactam indivíduos, mas não modificam sua origem. Ela alcança novas fronteiras justamente pela necessidade de expressão daquilo que lhe é nato.

Nas cidades surgem fronteiras causadas pelo aumento das diferenças em espaços limitados. Enquanto o alcance de informações de outras culturas e a interação com elas são posse de poucos, aqueles que desfrutam de condições financeiras de obter a informática necessária para esse intercâmbio de informações, existem aquelas que não têm poder aquisitivo para sustentar essa maneira de interagir. Estas últimas ficam concentradas no espaço cada vez mais limitado diante do avanço da tecnologia de informação.

O efeito da Globalização na comunicação alcança com mais intensidade os povos países mais jovens, que são compostos pela miscigenação cultural de raças. São culturas mais deterioradas facilmente por terem raízes em diferentes localidades; a cultura mundial apresentada pela “mídia da massa” faz essencial a busca por formas de sobrevivência das culturas tradicionais. As que não dominam as ferramentas dominantes acabam sendo extintas, por isso, hoje é possível encontrar povos que antes eram distantes da realidade evolutiva da comunicação se envolvendo com o sistema. É o caso, por exemplo, dos índios no Brasil. Algumas aldeias indígenas já passam ou passaram pelo processo de inclusão digital.

Há também a inversão de processos: se os camponeses buscavam as cidades em tempos passados, hoje, as cidades seguem na direção contrária para trazer informações práticas daquilo que elas conhecem na teoria. É mais do que uma questão de mercado, está relacionado ao acesso às informações, conhecimento.

Nessa modificação cultural das cidades, é possível falar sobre as tribos dos mais variados tipos formados por jovens.

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