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História Da Geologia

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Por:   •  12/5/2014  •  2.030 Palavras (9 Páginas)  •  353 Visualizações

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 Introdução

Desde as civilizações mais antigas, observavam-se os minerais, as conchas marinhas, os efeitos de terremotos, as atividades de vulcões; contemplava-se o trabalho incessante das ondas, dos mananciais de água e sem dúvidas existia a curiosidade pela explicação de tudo o que viam. O homem passou a usufruir de minerais e rochas, inicia-se então, num sentido bem vasto, o estudo da geologia.

A Geologia é uma ciência histórica. Ela estuda fenômenos que não se repetem únicos em cada tempo, resultantes de processos próprios das rochas (como as suas alterações pelas variações climáticas ou o seu desgaste pelos rios, geleiras, etc.), que são regidos por leis físicas e químicas.

 O que é Geologia?

Geologia, do grego geo = terra e logos = estudo.

A Geologia estuda a origem, a formação, a estrutura e a composição da estrutura da Terra e os fenômenos formadores da mesma, que agem não somente sobre a superfície, como também em todo o interior do nosso planeta. Também procura determinar cronologicamente a evolução geral, as modificações estruturais, geofísicas e biológicas ocorridas na história da Terra, ou seja, procura entender as alterações sofridas por nosso planeta ao longo do tempo.

 História da Geologia

No sentido que lhe damos atualmente, o termo Geologia foi usado pela primeira vez pelo naturalista Ulisse Aldrovandi (1522-1605) em uma publicação de 1648. O primeiro livro de mineralogia (parte da Geologia que estuda os minerais), escrito em português, foi Tábuas Mineralógicas de autoria do professor Manuel José Barjona (1758-1831), da Universidade de Coimbra, Portugal.

O primeiro marco na História da Geologia é o filosofo grego Tales de Mileto (624/625-556/558 a.C) nascido na cidade homônima da Ásia Menor, atual Turquia. A partir das suas observações do trabalho dos rios Meandro (atual Meanderes) e Nilo, ele concluiu que “a água podia modificar a face da Terra”. Assim, Tales expressou uma das leis fundamentais da Geologia.

Para Tales, a água, era o agente formador da Terra. Para Anaxímenes (m. em 480 a.C) o ar era o agente formador, enquanto Heráclito acreditava no fogo como tal agente. Essas ideias, certamente, surgiram de suas vivências, observando vulcões ou grandes rios. Outros filósofos como Aristóteles e Sêneca também tentaram explicar fenômenos naturais da Terra.

Heródoto (484-425 a.C.), que além de historiador foi um grande geólogo de sua época, observou a mais de dois milênios características importantes do rio Nilo, ele afirmava que o Egito era uma dádiva do rio.

Muitos pensadores da época, tentaram observar acontecimentos para explicar a existência de diversas coisas, como os fósseis, por exemplo.

No ano 79 da Era Cristã, o Vesúvio, vulcão situado próximo à cidade de Nápoles (Itália), entrou em erupção soterrando as cidades de Pompéia e Herculano. Nesta erupção o naturalista Plínio, observador da natureza e autor de História Natural, faleceu sufocado pelas cinzas do vulcão. O seu sobrinho Plínio, o Moço, vinte e cinco anos após a erupção, em duas cartas dirigidas ao historiador Tácito, narrou detalhadamente os eventos, tornando-se assim o primeiro vulcanologista da História. As erupções do tipo da ocorrida no Vesúvio, por essa razão são chamadas Plinianas.

No decurso da Idade Média, foi pequeno o avanço das ciências, pois o poder estava nas mãos da igreja católica e todos os acontecimentos eram definidos como “algo divino” os estudiosos que tentavam mostrar o contrário eram perseguidos e mortos.

No século XV, com o renascimento surge nomes como Leonardo da Vinci que corrige ideias antigas, por exemplo, a origem dos fósseis. É com da Vinci que se inicia a observação do campo como principal fundamento de teorias.

Georgius Agrícola (1494-1555) publica De Re Metallica (Sobre a Natureza dos Metais), livro voltado ao estudo da mineração, juntamente com De Natura Fossilium dedicado ao estudo dos minerais. Tais publicações deram a Agrícola o título de “Pai da Mineralogia”.

Nicolaus Steno (1638-1686) dinamarquês, viajou muitos anos pela Europa (França, Itália, Países Baixos). Nos seus estudos científicos, ao invés de se basear apenas nos autores antigos, confiava nas suas observações, mesmo quando estas contrariavam as doutrinas tradicionais. Em Geologia os seus estudos abrangeram a Mineralogia e a Paleontologia (estudo das fosseis = animais extintos). Além disso, Steno enunciou três princípios básicos da Estratigrafia (estudo do empilhamento das camadas de rocha): Lei da Sobreposição de Estratos e os princípios da Horizontalidade Original e Continuidade Lateral.

Em 1690, o alemão W.G. Leibniz (1646-1716) onde se interessa pela história da Terra. Investiga fenômenos geológicos tais como vulcões e terremotos.

No século XVIII, Giovanni Arduíno (1714 – 1795) deu novo impulso à estratigrafia, subdividindo o terreno segundo sua idade, em primário (núcleo cristalino de sistemas montanhosos), secundário (camadas dobradas, ao redor do núcleo), terciário (camadas horizontais de arenito, conglomerados e argilas) e alúvios.

Na mesma época, destacaram-se também Buffon (1707-1788) que subdividiu a história em sete grandes épocas, influenciado pelos escritos bíblicos e Cuvier (1769-1832) paleontólogo que explica o desaparecimento de alguns fósseis e as mudanças geológicas.

O primeiro marco sobre o aspecto prático da geologia foi cravado por William Smith (1769-1839). Ele era agrimensor e trabalhou muitos anos na construção de canais em varias regiões da Grã Bretanha. Nesta tarefa teve oportunidade de observar as diversas camadas geológicas (estratos) e os fósseis associados a elas. Para isto ele tomou milhares de anotações e traçou mapas de campo, mostrando a posição de cada camada e seus fósseis. Seus estudos levaram-no a deduzir que “cada estrato contém fosseis organizados que lhe são peculiares”. A partir dessa dedução ele conseguiu correlacionar camadas afastadas entre si muitos quilômetros. Finalmente, ele publicou o seu mapa geológico preliminar em 1801 e, em 1815, foram publicadas três edições do mapa geológico final de Smith; ele mede 2,50 x 2,00, com os diversos estratos coloridos à mão em 20 cores. William Smith foi o primeiro

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