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Kant e a Geografia

Por:   •  14/2/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.164 Palavras (5 Páginas)  •  496 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

    

LILIAN LEANDRO

Geografia Noturno, Turma B.

KANT E A GEOGRAFIA

CURITIBA

2017

Sumário

1.        INTRODUÇÃO        3

2.        KANT E A GEOGRAFIA        3

2.1.        Espaço e tempo em Kant        3

3.        CONCLUSÃO        5

4.        REFERÊNCIAS        6


  1. INTRODUÇÃO

Immanuel Kant filósofo prussiano nascido em 22 de abril de 1724 foi um importante expoente em várias áreas do conhecimento. Sua obra passa pela Lógica, Ética, Teoria do Conhecimento, Estética, Teoria das Ciências, além disso, foi professor de Física, Antropologia, Geografia, Lógica, Metafísica.  Kant foi o primeiro filósofo a inserir a disciplina de geografia em uma Universidade. A contribuição de Kant à Geografia deu-se tanto por seu trabalho como professor, mas também por suas reflexões sobre o papel da Geografia no estudo dos fenômenos naturais, dentro de seu sistema filosófico sobre o conhecimento humano.

  1. KANT E A GEOGRAFIA

Kant lecionou Geografia Física na Universidade de Köenigsberg de 1756 a 1796. As bases metodológicas da geografia foram por ele estabelecidas. Kant dividiu as sensações perceptivas em objetivas e subjetivas. As primeiras permitiriam a visão da natureza, objeto da Geografia Física e as segundas a do homem do qual se ocuparia a Antropologia. Ele ainda identificou a geografia em cinco partes: Geografia Matemática (forma, dimensão, e movimento da Terra), Geografia Moral (os costumes e o caráter do homem em relação ao meio ambiente), Política, Mercantil (comercial), e Teológica (a distribuição das religiões). A relação entre Razão e Natureza consiste no desenvolvimento do projeto crítico de Kant. De sua tentativa em combinar a física newtoniana com a metafísica. Ele atribui uma singular importância ao espaço ao afirmar que nada pode ser representado sem espaço e é por meio dele que se realiza a sistematização das coisas exteriores.

  1. Espaço e tempo em Kant

Em sua obra “Crítica da Razão Pura”, base do pensamento kantiano, Kant afirma que o sentido das coisas estariam no sujeito e não em si mesmas e foi a partir desta ideia e da sua Antropologia que surgiram as bases da Geografia Humana, nessa obra ainda Kant destaca a importância da intuição de espaço.  Como descrito anteriormente Kant, dividiu a geografia em duas áreas, primeiro a geografia como a ciência da diferenciação da crosta terrestre e então a ciência responsável pela descrição das coisas em termos de espaço. Segundo Kant, a filosofia deixa de ser uma dimensão metafísica e passa a ser “a ciência da relação de todo o conhecimento com os fins essenciais da razão humana” ou “o amor que o ser razoável tem pelos fins supremos da razão humana.” Ou seja, o conhecimento torna-se relativo a cada mente humana, é essencialmente relativo e imanentista. (Imanentista = Doutrina metafísica segundo a qual a presença do divino é pressentida pelo homem, mas não pode ser objeto de qualquer conhecimento claro.). Kant faz a distinção entre númeno (coisa em si) e fenômeno (aparição). A sensibilidade do indivíduo faz a passagem do conhecimento do objeto a ele, este conhecimento se relaciona com o objeto pela intuição, que é aquilo a qual nenhum conteúdo empírico, ou prévio, é dado, mas é o entendimento que confere os conceitos destes objetos. Ou seja, como citado anteriormente, a coisa em si não pode ser conhecida, mas, o fenômeno pode, pois é subjetivo do sensorial, por ser subjetivo necessita do entendimento para conferir seus conceitos a partir da intuição, fazendo uma análise do sentido e do conceito irá se formar o objeto do conhecimento. Entretanto Kant partiu do princípio metafísico dos conceitos de tempo e espaço para reforçar sua filosofia transcendental. O sujeito é o construtor do conhecimento, logo espaço e tempo não são propriedades do objeto, mas sim do sujeito. Logo, nós é que colocamos espaço e tempo nas imagens que efetuamos das coisas, nos fenômenos.

Para Kant, os conceitos de espaço e tempo não estão no objeto, ou natureza, mas dentro da nossa mente. Como podem, a noção de espaço e tempo e as próprias categorias, ser universais e necessárias, a priori, ou seja, um princípio anterior à experiência, ​quando todas as mentes humanas diferem imenso entre elas? A orientação no próprio espaço difere imenso entre as pessoas e ao longo da vida. Segundo Kant o espaço é determinado como sendo exterior, pois é apreendido pelos sentidos exteriores que apreendem os objetos que estão fora do sujeito que percebe, assim sendo, não é empírico por estarem apreendidos por peio da representação de algo que é exterior ao sujeito. Portanto, o espaço não é uma coisa em si, é possível de apreendê-lo, é a priori, permite a intuição externa dos objetos do sentido externo. A intuição do espaço permite afirmar que onde todas as coisas, enquanto fenômenos externos estão justapostos no espaço, o espaço, assim, é condição objetiva dos fenômenos. O tempo também não é um conceito empírico, é condição de possibilidade da simultaneidade que se dá somente no espaço, pois, este se encontra em um único e mesmo tempo. O tempo é condição de existência dos fenômenos, nele é possível toda a realidade do fenômeno, por isso também é a priori. Desse modo, o tempo também não é um conceito discursivo, é uma forma de intuição sensível, onde é possível afirmar que tempos mesmo sendo diferentes fazem parte do mesmo tempo, forma-se um tempo único. O tempo não deriva de um conceito universal, o tempo é uma intuição, e assim como o espaço, o tempo é infinito, em sua representação é ilimitada, ou seja, quando se trabalha com o tempo, usando limitações de partes dele, mas ele é infinito.

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