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Lev Semyonovich Vygotsky

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Por:   •  23/3/2014  •  Bibliografia  •  1.376 Palavras (6 Páginas)  •  623 Visualizações

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Lev Semenovich Vygotsky nasceu em 17 de novembro de 1896 em Orsha, Bielo-Rússia. Sua família era de origem judaica e tinha um pode econômico bem favorecido. Seu pai trabalhava em um banco sua era professora formada mas havia se dedicado a criação dos filhos. Esse ambiente propiciou a Vygotsky um ambiente bastante intelectual e culto.

Até os 15 anos de idade estudou em casa com a ajuda de professores particulares. Demonstrou grande interesse e aplicação pelos estudos. Gostava de assuntos relacionados a artes em geral e literatura. Frequentava a biblioteca de sua casa e a pública sempre e estudava sozinho ou com amigos.

Aos 17 anos completou o secundário. De 1914 a 1917 estudou Direito e Literatura na Universidade de Moscou. Nesse mesmo tempo cursou História e Filosofia na Universidade Popular Shanyavskii.

Iniciou sua carreira aos 21 anos. No período de 1917 a 1923 escreveu críticas literárias, lecionou e proferiu palestras relacionadas a literatura. O interesse de Vygotsky pela psicologia começou a surgir no trabalho de formação de professores sobre os problemas de crianças com deficiências congênitas. Ele foi estimulado então a encontrar alternativas que ajudassem no desenvolvimento dessas crianças portadoras de deficiências.

A partir de 1924 começou a se dedicar fortemente a psicologia. Realizou uma palestra em um importante congresso de Psicologia e fez uma exposição propondo ideias revolucionárias sobre o estudo do comportamento do consciente humano. Mudou-se para Moscou para trabalhar no Instituto de Psicologia de Moscou. Começou a pesquisar sobre deficientes físicos e mentais, cujo trabalho resultou em Problemas da Educação de Crianças cegas, surdo-mudas e retardadas onde apresentava suas reflexões sobre o assunto.

Vygotsky morreu em 1924 vítima de tuberculose. Mesmo convivendo com a doença por quatorze anos e das frequentes hospitalizações, seu ritmo de produção manteve se muito forte. Continuou lendo, lecionando, pesquisando, desenvolvendo investigações e amadureceu seu programa de pesquisa.

Vygotsky analisou de diversos temas relacionados ao seu problema central, como as diferenças entre o psiquismo animal e humano a gênese social das funções psicológicas superiores, questão da mediação simbólica e a crise da psicologia. Essa variedade era coerente com seu projeto que visava articular informações dos diferentes comportamentos que integram os processos mentais: Neurológicos, Psicológico, Linguístico e cultural. Seus colaboradores aprofundaram suas propostas.

A teoria histórico-cultural do psiquismo elaborada por Vygotsky tem como objetivo central caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipótese de como essas características se formaram ao longo da historia humana e de como se desenvolvem durante a vida de um individuo. Seu projeto tinha como objetivo dar respostas a três questões fundamentais que vinham sendo tratadas de forma inadequada pelos estudiosos interessados na psicologia humana e animal. A primeira se referia à tentativa de compreender a relação entre os seres humanos e o seu ambiente físico e social. A segunda, à intenção de identificar as formas novas de atividade que fizeram com que o trabalho fosse o meio fundamental de relacionamento entre o homem e natureza, assim como examinar as consequências psicológicas dessas formas de atividade. A terceira e a ultima questão se relacionava a analise da natureza das relações entre o uso de instrumentos e o desenvolvimento da linguagem. Sendo assim, seus trabalhos pertencem ao campo da psicologia genética, uma vez que se preocupou com o estudo da gênese, formação e evolução dos processos psíquicos superiores do ser humano se constitui ao longo da vida do sujeito.

A primeira tese de Vygotsky se refere à relação individuo/sociedade. Ele afirma que as características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento do individuo, nem são mero resultados das pressões do meio externo. Elas resultam da interação dialética do homem e seu meio sociocultural. Em outras palavras, quando o homem modifica o ambiente através de seu próprio comportamento, essa mesma modificação vai influenciar seu comportamento futuro.

A segunda é decorrência da ideia anterior, e se refere à origem cultural das funções psíquicas. A cultura é, portanto, parte constitutiva da natureza humana, já que sua característica psicológica se da através da internalização dos modos historicamente determinados e culturalmente organizados de operar com informações.

A terceira tese se refere à base biológica do funcionamento psicológico: o cérebro, visto como órgão principal da atividade mental. No entanto, esta base material não significa um sistema imutável e fixo.

A quarta tese diz respeito à característica mediação presente em toda atividade humana. São os instrumentos técnicos e os sistemas de signos, construídos historicamente, que fazem a mediação dos seres humanos entre si e deles com o mundo. A linguagem é um signo por excelência, pois ela carrega em si os conceitos generalizados e elaborados pela cultura humana.

A quinta tese postula que a analise psicológica deve ser capaz de conservar as características básicas dos processos psicológicos, exclusivamente humanos. Assim, ao abordar a consciência humana como produto da história social, aponta na direção da necessidade do estudo das mudanças que ocorrem no desenvolvimento mental a partir do contexto social.

Vygotsky e seus seguidores identificam basicamente três traços característicos no comportamento do animal que o diferencia do psiquismo do humano, a saber:

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