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Redação de Geografia

Por:   •  2/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.685 Palavras (7 Páginas)  •  1.326 Visualizações

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Redação de Geografia

A revolução industrial teve início na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, a mesma foi a substituição de uma sociedade rural por uma sociedade urbana e industrial. A acumulação de capitais resultantes da expansão comercial e da política mercantilista, as transformações na estrutura agrária libertando mão-de-obra para as cidades, o acelerado processo de urbanização, as reformas religiosas, as invenções mecânicas e o crescimento populacional foram as principais razões para pioneirismo inglês no surgimento da indústria que, a partir do século XIX, se expande para outros países europeus e, mais tarde, para fora da Europa. A revolução industrial mudou ao longo dos séculos sendo dividida em três partes, tendo como pioneiros a Inglaterra, os Estados Unidos e o Japão, que com o tempo criaram o Fordismo e o Toyotismo, houve também a partilha da África[1] e Ásia.

Um filme no qual podemos perceber a constante presença da revolução industrial é “ Tempos Modernos”, lançado em 1936, dirigido por Charlie Chaplin, que também é o personagem principal. Esse filme mostra a história e a vida de um homem que tenta sobreviver em um mundo moderno e industrializado, ou seja, aparece um homem perdendo seu lugar para as máquinas e os maus tratos aos trabalhadores. O filme critica o capitalismo, o stalinismo, o nazifascismo, o fordismo e, também, o imperialismo.

A revolução industrial ajudou a criar um cenário para a Primeira Guerra Mundial com a concorrência entre potências europeias por matéria-prima e zonas de exploração: América e Ásia, a concorrência para o desenvolvimento de tecnologias de uso militar, sendo produzido em grande escala uma defasagem de desenvolvimento entre Alemanha e Itália e demais nações europeias. Estes países tiveram uma unificação tardia, o que atrasou sua industrialização, fazendo com que ficassem fora da partilha da África. Isso criou necessidade de expansão, mais uma disputa pela posse das maiores reservas de petróleo do mundo no Oriente Médio.

Todos esses fatos combinados resultaram na Primeira Guerra Mundial, que teve início em 28 de Julho de 1914, e durou até 11 de Novembro de 1918. O conflito envolveu as grandes potências europeias que organizaram-se em dois grupos opostos: a Tríplice Aliança, da qual participaram a Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália ( depois troca de lado, pois os alemães não quiseram dar o norte da África).  E a Tríplice Entente que faziam parte a Inglaterra, França, Rússia e Itália. A guerra aconteceu porque os países tinham interesses cruzados, a Alemanha e a Rússia queriam a região dos Bálcãs, os alemães queriam se expandir em direção ao Oriente Médio ( atual Iraque) e os russos em direção ao Mar Mediterrâneo. A Rússia ajudou militarmente a Sérvia, pois queria poder entrar naquele território, os servos queriam criar a Iugoslávia com comando sérvio,  mas poder militar russo. A guerra terminou com a vitória da Tríplice Entente. Embora vencedores, a Itália e Rússia saíram devastadas abrindo espaço para a crise social e para a chegada do poder dos partidos que prometiam a reconstrução do país- fascismo na Itália e o socialismo na Rússia; já a Alemanha saiu derrotada, enfraquecida e desmilitarizada ( Tratado de Versalhes [2]), com isso a população do país ficou em crise e abriu espaço para o radicalismo do partido nazista de Adolf Hitler.

Durante a primeira Guerra Mundial, a Rússia, membro da Tríplice Entente, juntamente com a Inglaterra e a França, lutou contra a Alemanha e a Áustria –Hungria, visando as conquistas territoriais. A guerra agravou sua contradições sociais e politicas internas. As suas sucessivas derrotas diante do poder militar alemão, pelos quais o Czar (" rei") foi responsabilizado, foram acompanhados por  várias desistências de soldados da frente da batalha, favorecendo a organização das oposições que se preparavam para a insurreição. No final de 1916, a Rússia estava militarmente aniquilada e economicamente desorganizada. Sua população convivia com o desabastecimento e a escassez de gêneros básicos. Em 1917, os trabalhadores fizeram surgir várias greves e manifestações, apoiadas por revolta de soldados e marinheiros, o que gerou a deposição do Czar, Nicolau II.

Em 1917, o líder era um menchevique[3], Alexandre Kerensky, mas não ficou por muito tempo, pois ele não agradou ao povo que ainda passava fome. O povo, revoltado, tirou Kerensky do poder. Liderados por Vladimir Lenin e Leon Trótski, os bolcheviques[4] ganharam popularidade, queriam que a Rússia saísse do conflito e também uma reforma agrária e a regularização do abastecimento interno, criando, assim,  o Conselho de Comissários do Povo; com isso se nacionalizou as indústrias e os bancos estrangeiros, cessaram fogo com a Alemanha e redistribuíram as terras no campo. O Socialismo  conduziu o país atrasado economicamente à segunda maior potência mundial em pouco mais de duas décadas. A Rússia se tornou então, por cerca de 50 anos, a União Soviética. Esse evento foi a Revolução Russa.

Terminada a primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos se transformou em um tipo de motor do capitalismo mundial, de maior devedor, passou para maior credor mundial. Também passaram a produzir mais do que 1/3 de toda produção industrial mundial. Mas toda  essa prosperidade econômica estava baseada em problemas crescentes que comprometiam a sustentação de todo sistema econômico mundial e levariam o mesmo a uma crise  jamais ocorrida no Capitalismo.

A crise de 1929 foi marcante pela quantidade de alterações que provocou na sociedade americana. Muitas empresas faliram, bancos quebraram e pessoas ficaram desempregadas ou até cometeram suicídio. Na época de prosperidade, antes da crise, os americanos compraram varias ações, os salários aumentaram e as pessoas guardaram parte do dinheiro na poupança, deixando de consumir. Os empréstimos para investimentos não cobriam a poupança e criou-se, então,  um escape no ciclo econômico. Um importante economista do século XX, Keynes, identificou três fontes de  vazamento que geravam a diminuição da demanda: a aquisição de bens e serviços estrangeiros, pagamento de impostos e a poupança excessiva. Esse também apontou as soluções: as importações deveriam ser entre balançadas pelas exportações, a tributação deveria ser compensada por gastos governamentais para evitar uma nova crise, o governo deveria baixar os salários dos trabalhadores, pois assim não sobraria poupança.  

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