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Seminário Geografia do Brasil

Por:   •  20/6/2017  •  Seminário  •  1.090 Palavras (5 Páginas)  •  166 Visualizações

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Seminário Brasil – BASES DA FORMAÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL

  • 1570-1670 “século do açúcar” – produção açucareira em ampla expansão, junto do alargamento do mercado europeu consumidor do produto e do aumento do preço na segunda metade do séc. XVI e primeira do séc. XVII. Produto brasileiro dominou o mercado mundial.
  • Cana-de-açúcar como provedora da colonização e ocupação do solo.
  • Engenho era o empreendimento mais complexo quanto à maquinaria e à organização funcional na América de então: era uma manufatura, com divisão do trabalho, instrumentos especializados, linha de montagem, supervisores etc. Era uma verdadeira empresa capitalista, o trabalho empregado foi basicamente o escravo africano, algum pessoal especializado, raro e bem remunerado, mas animais de tiro, meio de transporte e a força motriz. Isso elevava o valor para se ter um engenho, que a Coroa cria isenções fiscais.
  • Transição do trabalho escravo indígena para africano.
  • Zona de mata nordestina a principal área açucareira. Primeira região açucareira foi Pernambuco, a segunda foi a Bahia e por último áreas adjacentes ao Rio de Janeiro.
  • Atividade de alto dinamismo, geradora de variados fluxos que articulavam diferenciados lugares. Sistema de alta produtividade e em rápida expansão na faixa litorânea que acarretava consequências nas demais regiões so subcontinente que reivindicavam os portugueses.
  • Mão-de-obra: aprisionamento dos índios e tráfico negreiro – A demanda por mão-de-obra gera dois fluxos, o aprisionamento dos índios, não só de São Paulo, mas da Bahia e do nordeste e o outro fluxo foi o tráfico negreiro que aumentou com a economia açucareira (era uma mão-de-obra cara).
  • Relação açúcar e a escravidão, em meados do séc. XVII o preço do açúcar começar a cair, enquanto o preço do escravo aumenta, gerando uma crise para os produtores brasileiros.
  • Economia açucareira dependia de insumos, como a mão de obra que já foi falada, que eram os escravos índios e africanos, a lenha, que gerou um desmatamento ao redor das áreas do engenho e os animais, que intensificou a pecuária na época, onde a pecuária propiciou um avanço português para o interior do nordeste.
  • Renda açucareira: exploração ou cessão da terra, moagem e elaboração da cana de outrem e a renda escravista.
  • Isolamento das terras brasileiras: restrições ao livre comércio; proibição aos estrangeiros de residir na colônia; e fechamento dos portos.
  • Esse isolamento do Brasil gerou fluxos já preexistentes entre o Brasil e a América espanhola:
  • Rota dos “aventureiros” – fluvial e terrestre – São Paulo-Paraguai
  • Rota do “contrabando” – marítima – portos brasileiros a Buenos Aires
  • Rota de “curiosidade” – Peru pelo Amazonas
  • Colonização da Igreja Católica: a Igreja tentou por em prática sua colonização nos espaços pouco ocupados das áreas de trânsito e visitação esporádica da colonização ibérica. Foram nas duas grandes bacias (Amazonas e ) que se instalaram as zonas de redução indígena que constituíram os territórios missioneiros da América do Sul.
  • A colonização da Igreja se intensificou em áreas mais afastadas, sem grande interesse ao colonizador, no sul do Brasil na bacia Paraná-Paraguai, tendo três áreas de adensamento: Guairá (em terras hoje do estado do Paraná); Itatins (Mato Grosso do Sul) e a do Tape (Rio Grande do Sul).
  • Os colonos perceberam que a população nativa era uma riqueza natural, que eles tinham o domínio, mas que os missionários queriam tirar de suas mãos essa riqueza. Expulsão dos jesuítas da capitania de São Vicente em 1640 e do Maranhão em 1661.
  • Um ponto importante que a união ibérica trouxe para o Brasil, foi que os tradicionais inimigos da Espanha começaram a cobiçar o Brasil: Inglaterra saqueava sem buscar um assentamento; França buscava assentar-se em áreas ainda não povoadas; e a Holanda visava à conquista atuando em áreas já produtivas.
  • Os ingleses não tinham intuito de domínio territorial e os franceses foram com certa facilidade banidos do Maranhão, sendo assim os holandeses foram quem de fato ameaçaram a soberania ibérica e lusitana sobre o território colonial. Esse desejo da Holanda existia por dois estímulos: pela grande presença holandesa no comércio do açúcar brasileiro, que para alguns autores era responsável pelo transporte de mais da metade da produção total da colônia e pelo combate à monarquia espanhola que era de extrema importância para a sobrevivência das províncias Unidas como Estado soberano. Esses impulsos fizeram com que as expedições para a conquista do Brasil fossem debatidas e bem planejadas.
  • Instalação holandesa no nordeste: Numa primeira fase toma Olinda e Recife, em 1530. Depois uma expansão e direção ao norte. Em 1635 já dominava do Rio Grande do Norte ao cabo de Santo Agostinho. Uma segunda vasta expansionista acontece sob o comando de João Maurício de Nassau, que assume o governo da colônia em 1637. Neste mesmo ano toma o Ceará e em 1641 o Maranhão que permanece por pouco tempo sobe domínio holandês. Para o sul avança até a barranca do Rio São Francisco onde funda o Forte Maurício.
  • Governador Nassau elabora um plano para reviver a indústria do açúcar, primeiro ele conclama os antigos donos de plantações e engenhos para que voltem a suas propriedades, prometeu-lhes o respeito integral independente da nacionalidade do proprietário, além de liberdade de culto e diminuição de impostos. Também estabeleceu uma linha de crédito especial para a recuperação das instalações e lavouras.
  • Nassau teve êxito, pois dos 166 engenhos existentes na Nova Holanda, 120 voltaram a funcionar, porém esse sucesso foi efêmero, graças as consequências financeiras desastrosas, pois em função dos constantes ataques portugueses, nenhuma grande colheita pode ser realizada e os senhores de engenhos que estavam altamente endividados não puderam pagar os empréstimos e impostos.
  • Os ataques às instalações produtivas levaram a um elevado índice de evasão da escravaria, tornando essa época uma de maior formação de comunidades livres rebeldes de africanos. Esses escravos fugidos buscavam lugares de difícil acesso, onde tentavam recriar um gênero de vida em moldes africanos. Quilombo de Palmares, instalou-se na hinterlândia das Alagoas, área fronteira entre o domínio português e holandês uma verdadeira terra de ninguém.
  • Último ponto que o autor relata sobre o domínio espanhol no Brasil, foi a importância que eles deram a exploração de minerais preciosos, gerando medidas como: a normatização jurídica sobre a matéria (com as leis de 1618), a criação do cargo do superintendente das minas e a separação do governo das “capitanias de baixo”.
  • O período da união das Coroas ibéricas, ao mesmo tempo, expandiu e fragmentou o território colonial brasileiro. Expandiu ao derrubar o sentido divisório dos limites estabelecidos no tratado de Tordesilhas. Mas ao imprimir no Brasil uma lógica imperial hispânica atraiu para essas terras inimizades europeias da Coroa espanhola, gerando fragmentações no território colonial.

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