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MOREL, Marco. As transformações dos Espaços Públicos: imprensa, atores, políticos e sociabilidades na cidade Imperial

Por:   •  16/2/2021  •  Resenha  •  393 Palavras (2 Páginas)  •  461 Visualizações

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Yasmin Soares da Costa Silva 120294 – Vespertino

Texto: MOREL, Marco. As transformações dos Espaços Públicos: imprensa, atores, políticos e sociabilidades na cidade Imperial (1820-40). 2a edição, São Paulo: Hucitec, 2010, cap. 5 e 6, p. 167-218.

Marco Morel é um pesquisador, jornalista e historiador brasileiro, autor de diversos livros cuja temática se circunscreve à história do Brasil Império. Se graduou em jornalismo e concluiu mestrado em História Social na UFRJ, realizou um segundo mestrado em História pela universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, onde se tornou Doutor em História. Em 2005 obteve um pós-doutorado na USP com enfoque em História do Brasil Império.

Morel defende a existência de um novo agente histórico que emergiu na imprensa do Brasil no início do século XIX. Esse novo agente seria o homem de letras, que atuava na esfera política e na transmissão cultural pela imprensa, formatando a identidade nacional.

O autor realizou uma pesquisa na qual analisou o perfil de 63 homens que participavam de alguma forma de associação pública não oficial e que publicaram impressos, como livros, panfletos e jornais periódicos no Rio de Janeiro entre 1820 e 1840. Através desse recorte ele nos apresenta por meio dos dados analisados durante a pesquisa, como esses homens de letras ou cidadãos escritores, que muitas vezes se associavam a cargos no governo, atuaram para a divulgação de ideias e para a formulação de uma identidade brasileira no pós independência. Morel argumenta que esses homens se distanciaram dos ideais que levaram a eventos como rebeliões de escravos ou à revolução francesa, ao contrário, eles procuravam uma mediação, no qual pudessem introduzir as Luzes ao Estado brasileiro. Nesse sentido, o espaço público mescla as formas de comunicação que eram inerentes ao antigo regime, como gazetas e leituras coletivas, com a existência de um debate suscitado pela imprensa, onde as leituras individuais pelos cidadãos permitem uma análise crítica do público em geral. Como aponta o autor, o homem de letras tem ao mesmo tempo um caráter pedagógico e político. Além disso, Morel apresenta as diferentes concepções de opinião pública, enfatizando sua importância para a legitimação dos estados.

Morel utiliza de uma vasta base documental, que abrange jornais, folhetos, documentos em acervos franceses, catálogos e anais, recorrendo com frequência à bibliografia de outros escritores para sustentar seus argumentos, cruzando essas informações com a base documental. Usando para isso de citações diretas e de notas de rodapé.

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