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A Condição Feminina Na França Revolucionaria

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Por:   •  1/4/2013  •  790 Palavras (4 Páginas)  •  612 Visualizações

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O movimento revolucionário estabeleceu-se para tentar colocar fim a vários problemas crônicos dos franceses, acabando com os privilégios da nobreza, criando uma constituição laica e formulando uma das mais importantes declarações já feitas: a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Esse documento concede aos franceses igualdade, fraternidade e liberdade. Entretanto, “uns eram mais iguais que outros” e ficou logo claro que determinadas classes da sociedade não possuíam tanta liberdade para participar dos assuntos franceses.

Um exemplo de classe excluída foi a das mulheres, que apesar de participarem dos movimentos revolucionários de 1789, tiveram os seus direitos de participação política vetados pelos homens revolucionários. Nesse contexto, as mulheres começarão a reivindicar mais atenção para seus problemas e aparecerão para definir seu papel na sociedade.

Pode-se dizer que essa tentativa de sair de uma posição marginal teve início já nos fins do século XVIII. A posição mais presente das mulheres foi capaz de “movimentar” a Revolução Francesa, pois eram elas que estavam por trás dos homens dando-lhes coragem e iniciativa. Segundo Michelet, “As mulheres estiveram na vanguarda da nossa Revolução. Não é de admirar: elas sofriam mais.” Foram elas, que reuniram-se para protestar contra a fome e pedir pão no Palácio de Versalhes, e em seguida foram seguidas pela Guarda Nacional.

No período que se estende dos fins do século XVIII ao início do século XIX, havia uma definição muito bem marcada das tarefas femininas e masculinas. Cada um sabia exatamente qual era seu lugar na sociedade. Para mulher cabia a função de ser boa esposa, boa mãe e dos cuidados com a casa. Em alguns lares, devido à necessidade, elas trabalhavam em serviços temporários, em tarefas ditas não-qualificadas. Já o homem era o responsável pelo trabalho pesado, estava sempre envolvido em assuntos políticos e econômicos. Esses dois mundos raramente se misturavam. Entretanto é errado pensar que não havia interesse político por parte das mulheres. Ao contrário, apesar dessa fragmentação, elas discutiam suas opiniões políticas com outras mulheres. Devido ao pensamento machista da sociedade, elas tiveram sua participação política na Revolução vetada. Contudo, arrumaram uma forma de participar: estavam sempre presentes nas tribunas abertas ao público. A partir de 1789, as mulheres procuram ser ouvidas. Fazem isso por meio de textos manuscritos ou impressos e discursos orais visando um público mais ou menos extenso. Essa leitura não era apenas feita por mulheres, mas também por amigos e familiares.

Um dos eventos que marcaram a participação da mulher na Revolução ocorreu em março de 1792, quando Pauline León, leu na tribuna uma petição assinada por trezentas mulheres, reivindicando o direito de se organizarem em Guarda Nacional. Os revolucionários não permitiram tal organização. Em 24 de julho de 1793 é aprovado pela Convenção, o Sufrágio Universal Masculino, que excluía a mulher do direito de voto, ou seja, à mulher foi concedido apenas o direito de permanecer atuando indiretamente na política, como não-cidadãs.

A formação de uma Guarda Nacional, a participação na Assembleia e o direito ao voto representavam a condição de igualdade entre os sexos e cidadania. A negação desses direitos traduz claramente a oposição e

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