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A Conquista Do Deserto Ocidental

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Por:   •  18/1/2015  •  2.063 Palavras (9 Páginas)  •  691 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

A CONSQUISTA DO DESERTO OCIDENTAL

Subsídios para a história do Território do Acre

ARLIANE LIMA DE HOLANDA

RIO BRANCO, ACRE, 12 DE JANEIO DE 2015

A CONQUISTA DO DESERTO OCIDENTAL

Subsídios para a história do Território do Acre

Costa, João Craveiro, 1874-1934. A conquista do deserto ocidental: subsídios para a história do território do Acre / [João Craveiro Costa; introdução e notas de Abguar Bastos]. – Brasília :Senado Federal, Gabinete do Senador Geraldo Mesquita Júnior, 2005.341 p.: il. – (Documentos para a história do Acre)1. Acre, história. 2. Fronteira, Brasil, Bolívia. I. Título. II. Série

João Craveiro Costa

Ano de Nascimento: 1874

Ano de Falecimento: 1934

Nacionalidade: Brasileiro

Introdução

Nascido em Maceió, a 22 de Janeiro de 1871 (4?), Craveiro Costa se inscreve na história daqueles que ao descender de família pobre consegue alcançar um alto prestígio social. Ao perder o pai muito cedo, teve que deixar os estudos para ajudar a mãe e o fez como caixeiro-servente de uma casa comercial. Era estudioso, afeito à leitura. E logo ascendeu profissionalmente. Ainda jovem começou a escrever nos jornais de Maceió tornando-se um jornalista audacioso, planfetário que nas páginas do famoso e histórico jornal alagoano “Guttemberg” tomaria a defesa do que os seus opositores chamavam de “Oligarquia Malta”.

Aos 26 anos teve que deixar seu estado. Estabeleceu-se, primeiramente, em São Paulo, e logo após Rio de Janeiro. Passou a trabalhar como guarda-livros em vários estabelecimentos comerciais. Retornou a Alagoas para novamente deixá-la, a 19 de Fevereiro de 1903, com destino à Manaus. Ali demora pouco e retorna mais uma vez a seu estado. Devido seus conhecimentos em Contabilidade passa, então, a trabalhar, respectivamente, na Contadoria da Recebedoria Central, e na Contadoria Geral do Estado. É a partir de então que Craveiro Costa passa a ser uma referência em relação a temas como Economia e Estatísticas.

A relação de Craveiro Costa com o Acre se afirma, ainda mais, a partir de 1910 quando recém-casado com sua conterrânea Laura Guimarães Passos destinam-se à cidade de Cruzeiro do Sul, onde estabelecem residência. Todavia, dois anos depois a senhora Laura Passos viria a falecer ao conceber o primeiro filho. Tempos depois, Craveiro Costa contrai segundo matrimônio, a 11 de dezembro de 1915, com a também viúva Adelaide Sampaio Figueiredo, acreana, com quem viveria até os últimos dias.

A conquista do deserto ocidental foi publicado em 1940. Em sua introdução, chega a comparar o homem acreano ao californiano, no sentido do primitivismo bárbaro no começo das suas relações sociais. Fala que para o boliviano ex-dono do território do Acre, essa região sempre fora um deserto, que abrigaria animais, índios e eventuais aventureiros solitários, que não possuía rastro algum de civilização. Para o civilizador ocidental, era de fato um deserto, uma vez que somente índios e animais vagavam pelas margens dos rios e florestas. Os bolivianos não apressavam-se em transitar pelas terras não-descobertas, em contrapartida o nordestino assim o fez, assim que chegou a região. Considerando a vida dos nordestinos em seus locais de origem, ao chegarem a região acreana, deparavam-se com situação totalmente contrária a que era acostumado, já que vinham de uma região seca, quase em sua totalidade e defrontava-se com uma região alagadiça. Ou seja, saiam da seca e iam em direção ao alagamento.

Acre e Cearense, sedentos por alguém que o tomasse e um lugar que os recebessem, respectivamente. Destinados a encontrarem-se. Embora a realidade que o esperava nas terras acreanas não fosse um sonho, foi a terra que o acolheu, com seus senhores e subordinação. Frente à revolução, vestem a camisa em defesa do território acreano e saem dessa batalha vitoriosos. De um lado, a Bolívia perde algumas centenas de homens em batalha, do outro, milhares de nordestinos têm a vida ceifada pela batalha e febres. O preço da conquista ocidental durante vinte anos foi esse.

Desenvolvimento

A obra divide-se em 21 capítulos que abordam A conquista do deserto ocidental, referindo-se a região acreana. Da linha de Tordesilhas à Independência. A diplomacia das metrópoles às cegas, quanto à região entre o Madeira e o Javari. A nulidade do Tratado de Santo Ildefonso.

As pretensões do Peru e da Bolívia na Amazônia. O rio Amazonas segregado ao comércio e navegação mundiais é causa de disputas. O tratado de 27 de março de1867.

A demarcação ajustada com a Bolívia não atingira, em 1895, a nascente principal do Javari. O protocolo Carvalho-Medina faz surgir a questão do Acre. O arrendamento dos “territórios de colônias”, pela Bolívia, a Bolivian Syndicate.

A exploração do Purus e Juruá antecede ao povoamento. Falham as previsões de Chandless comunicadas à Geographical Society. Como se fez o povoamento do Juruá e Purus e seus principais afluentes. O cearense conquista a Amazônia. A situação do território acreano quando a Bolívia começou a ocupá-lo.

O desenvolvimento da indústria extrativa da borracha no Amazonas. A contribuição da região acreana na produção amazonense.

A Bolívia estabelece sua soberania no Acre. A presença das autoridades bolivianas irrita a população. A primeira insurreição acreana, em 1º de maio de 1899, expulsado território o delegado Moisés Santivanez. A intromissão de Luiz Galvez no Acre.

Os acreanos dizem à Nação os motivos de sua atitude. A Bolívia envia tropas de seu exército para manter sua soberania. Os fracassos da expedição do vapor Solimões.

A Bolívia legisla sobre a propriedade territorial do Acre. A revolta desordenada dos seringueiros organiza-se, sob Plácido de Castro, e toma o caráter de uma verdadeira revolução.

Plácido de Castro prepara-se pra uma ação militar mais ampla e vigorosa. A emboscada de Volta da Empresa repercute como um desastre.

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