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A Escravidão Romana

Por:   •  16/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  547 Palavras (3 Páginas)  •  192 Visualizações

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A escravidão na Antiga Roma se diferencia da escravidão africana que conhecemos, na verdade a escravidão romana era somente uma absoluta redução nos direitos daqueles que ostentavam essa condição, convertidos em simples propriedades dos seus donos. Quando pensamos na palavra escravidão temos que ter cuidado para não cometer anacronismos, devendo nos transportar à época e local em questão, para podermos entender a civilização no momento de sua existência. Esse escravo tinha algum tipo de direito, ou seja, era um objeto com direitos, um bem que era possuído por alguém ou uma família, o seu amo possuía direito sob sua vida e sua morte, mas tinha obrigações para com essa vida, por exemplo tinha que alimentá-lo, cuidar de todas as suas necessidades e não podia dispor de sua vida sem um motivo devidamente justo, mas não nos esqueçamos que sacrificá-lo a algum tipo de Deus era um motivo justo. Outro poder semelhante era de domínio do marido sobre sua esposa.

Quando o escravo era liberto, tinha o direito à liberdade, porém ainda possuía status de escravo, não participava de decisões e nem poderia se casar com uma mulher livre e essa liberdade limitadora não permitia que usufruísse de certos locais, nem pudesse adquirir uma propriedade. Essa regalia era mais conhecida entre as mulheres e escravos próximos a família, escravos de minas e agrícolas quase nunca eram libertos. O escravo passava por um longo caminho até que consiga se tornar um liberto.

No exemplo visto de Trimalquião, vimos que ele vai subindo na hierarquia servil pouco a pouco, conquistando o seu senhor, chegando a atingir o cargo máximo da escravidão se tornando o tesoureiro dele. Com a morte do seu senhor, Trimalquião recebe toda a sua herança, é importante notar que essa grande ascensão desse escravo em particular se deve a muitos fatores favoráveis, pois o seu senhor não possuía filhos, o que fez com que passasse a herança para o seu mais fiel escravo, além disso ele possuía uma elevada posição social, o que levou Trimalquião a alcançar uma maior hierarquia. Após a morte do senhor, o escravo de satyricon, muda seu nome para Pompeius. É interessante perceber que mesmo que Trimalquião tenha alcançado altos níveis sociais e acumulado muitas riquezas, não poderia ser considerado um nobre romano, pois uma vez escravo, nunca seria possível obter o título de cidadão romano, isso vale para os próprios libertos nascidos em Roma, que por alguns motivos tornam-se escravos.

Apesar de ser um escravo liberto, devemos perceber que nem todos os escravos libertos tinham condições suficientes de se desprender do seu senhor, devido a isso existiam os Libertus (libertos que continuavam a trabalhar para o senhor) e os Libertinus (escravos como Trimalquião que obtiveram grande fortuna, geralmente herdada do senhor e conseguiram sobreviver sozinhos).  Os libertos podiam ser ricos, ou pobres. Deve-se levar em conta que a sociedade romana não era definida por classes, mas por estatutos jurídicos diferenciados. Nesse sentido, clareia-se a ideia de que um liberto rico não gozava de prestígio em uma pirâmide social imaginária, mas continuava limitado à sua situação jurídica. Seus descendentes, contudo, gozavam de totais direitos de cidadão.

De modo geral a escravidão na Roma antiga se configurava dessa maneira, onde os que estavam na condição de escravo jamais poderiam se considerar juridicamente cidadãos romanos de fato.

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