TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A GEOGRAFIA E PRODUÇÃO

Por:   •  18/7/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.868 Palavras (8 Páginas)  •  76 Visualizações

Página 1 de 8

` ‘Império Inca

GEOGRAFIA E PRODUÇÃO

  • Importância: A geografia condicionou a organização social, econômica e política da comunidade Inca e pré inca.
  • ÁREAS: Litoral, Amazônica, e Cordilheira dos Andes (Área Andina, onde habitava os Incas)
  • Região Litorânea: o Litoral situa-se no antigo Equador, Peru, Colômbia, e norte da Argentina e Chile. Região Andina.
  • O litoral é seco, com pouca água e vegetação.
  • Nessas regiões havia alguns oásis (regiões aptas a agricultura e habitação, normalmente em regiões de rios)
  • As populações indígenas localizavam-se nesses oásis.
  • Todas as cidades espanholas ficavam nesses Oásis (ex.: Lima, Peru)

Em relação à região central:

  • Cordilheira dos Andes: Sul do Chile, Bolívia, Peru, Equador (Cordilheira dos Andes, onde localizou-se o império Inca e Pré-Incas.
  • O império Inca se situou na região intermediária dessa cordilheira. 2000 e 3500 metros. Não estavam na base, e nem no topo.
  • Nessa cordilheira há pouca vegetação, e há muita pedra; também há dificuldade em áreas pra agricultura.
  • Há alguns vales (aptos a agricultura) entre um pico e outro, onde normalmente os povos indígenas se localizavam. (ex.: Vale do Cusco).
  • Apesar dos vales serem aptos a agriculturas, eram limitados.
  • Os recursos eram escassos, tanto em relação a agricultura quando em relação à água.
  • Dessa forma, estes povos desenvolveram projetos arquitetônicos para desviar a água para os locais de moradia, e pra onde a agricultura estava sendo produzida.
  • A altitude da cordilheira dos Andes possibilitou uma economia vertical.
  • Região Amazônica: (florestas gigantescas, habitadas por pequenas populações indígenas e nômades e não era inca. Não havia impérios)

ECONOMIA

  • A altitude da cordilheira dos Andes possibilitou uma economia vertical.
  • Há muitas mudanças climáticas conforme a altitude. Eram formados muitos microclimas
  • Esses microclimas permitiam diferentes tipos de produção de produtos, com a variação de clima devido à altura.
  • . Na pecuária também havia diferenças de acordo com cada altitude, devido ao clima.
  • Economia vertical: economia varia conforme cada altitude.
  • Dessa forma, as comunidades Incas eram obrigadas a trocar bens entre si, devido a existência de microclimas.

TRANSPORTE

  • Complicado, devido a geografia. Para ir a uma região a outra, já que era muito irregular: muitos picos, buracos, etc.
  • A comunicação também era dificultada pelo mesmo motivo.
  • O transporte era somente por alguns animais.
  • A comunicação era sempre feita a pé, o que dificultava.

AGRICULTURA

  • Principal produto: BATATA. (Até os dias atuais).
  • Este tubérculo é de fácil cultivo, e preparo, o que era conveniente para os povos andinos.
  • Na Mesoamérica, o milho era o principal produto, mas este não era de fácil cultivo na região andina. Em regiões mais baixas, o milho também era cultivado nas regiões andinas.
  • Na maioria dos pratos típicos das regiões Andinas, até os dias de hoje utilizam batata. É um produto essencial.
  • Há outros produtos, mas menos comuns. Havia pouca variedade de produto, fato condicionado pela região, que não permitia tanta produção.

PECUÁRIA

  • Era limitada, e havia somente alguns animais.
  • O principal é a Lhama.
  • Havia também Alpacas, Vicunhas e Guanacos.
  • Não havia alimentação suficiente pra subsistência desses animais
  • Esses animais eram muito utilizados pra produção de lã.
  • Esses animais também serviam pra transporte, apesar de serem frágeis pra isso. Aguentavam pouca carga e pouco tempo de viagem.

ARQUITETURA

  • Não há arquitetura gigantesca como dos Astecas e Maias nas regiões Andinas, com algumas exceções.

ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA E SOCIAL

  • A terra é o principal meio de produção.
  • NÃO HÁ PROPRIEDADE PRIVADA DA TERRA.

DISTRIBUIÇÃO DA TERRA

  • É feita pra três segmentos da população.
  • Ayllus: comunidades de base, pra subsistência. (cultivo e moradia). Estas são comunidades de referência, é formada por grupos de família, que estabelece relação de ajuda mútua. Essa distribuição é anual, e feita pelo número de integrantes, conforme o número de homens adultos. Se a comunidade cresceu, se dividia em dois Ayllus, por exemplo.
  • Sol: comunidade religiosa. Terras preservadas pra manutenção de cultos religiosas. São comunidades formadas por mulheres jovens (escolhidas nos Ayllus).
  • Estado e Inca: para os grupos de poder. Também dividido em três segmentos (divisão tripartite).
  • Manutenção do estado. São guardados produtos agrícolas e pecuário, pra subsistência do estado e redistribuição pra Ayllus em casos de necessidade.
  • Manutenção dos grupos dirigentes (Panacas).
  • Manutenção do INCA (imperador) e seus familiares. (Não possui os atributos da propriedade privada instalada pelos europeus. Não era possível venda, troca, e etc. E no caso de morte do INCA, preserva-se para a memória deste. E no caso das características europeia, passaria para os descendentes.)
  • Toda a terra pertencia ao imperador, que ele distribuía para as comunidades em troca de tributos.
  • Ouro e prata também possuem distribuição tripartite.

DINÂMICA ECONÔMICA

Tributo é fundamental: são obrigatórios e permitem a subsistência do estado e das comunidades.

TRIBUTO INCA X ASTECA: ASTECAS: nos astecas são cobradas mercadorias das mais variadas. INCA: O tributo é cobrado em força de trabalho.

Características econômicas importantes:

  • Tributo: é cobrado em força de trabalho (horas). O trabalho era central para contribuição pro estado. Os homens adultos se deslocavam para terras, para trabalhar, que davam apenas força de trabalho, quando o estado fornecia as condições para trabalho.
  • O estado precisava de roupa. Estas eram produzidas dentro dos Ayllus, onde os indígenas trabalhavam, e o estado fornecia toda a matéria prima.
  • Tipos de trabalho (pra garantir a subsistência e o pagamento de tributos):
  • Ayllus: dentro do próprio Ayllu. Cultivo das terras para subsistência dos próprios Ayllus, e os excedentes pra trocar nos mercados.
  • Mitayos: Deslocamento dos homens Ayllus para terras do Sol ou INCAS, para trabalho e pagamento de tributos. Era um trabalho rotativo e por tempo determinado, já que todos devem voltar pra comunidade de origem). Eram assalariados em casos de serem convocados para trabalhar em
  • Têxtil: Dentro dos Ayllus. São produzidos pro próprio Ayllu (matéria prima do próprio Ayllu) e para o estado (onde a matéria prima é fornecida pelo estado).

  • Mercados internos (feira): Onde os trabalhadores dos Ayllus e o Estado iam pra feiras com seus produtos excedentes pra haver troca de produtos entre as comunidades (economia vertical).
  • Comércio exterior: trocas com outras comunidades (de áreas amazônicas, litorâneas, no norte e sul da cordilheira, etc). Há caminhos que ligavam essas comunidades para a troca entre esses povos.

INTERPRETAÇÕES (para Astecas e Incas)

Marxista:

  • Foi dominante da década de 60 e 70.
  • Essa interpretação nasce de preocupações políticas do presente, colocadas pelos principais partidos políticos sul americanos daquelas épocas.
  • O principal problema político era: o capitalismo que explora uma classe, que gera miséria pra maioria da classe trabalhadora, e acumula riqueza pros donos de produção. Eles queriam superar as sociedades injustas, excludentes e exploradoras, pra sociedades mais justas e igualitárias.
  • O que se propunha: dentro do capitalismo era impossível superar a desigualdade, então a ideia era outro sistema de produção (socialistas, comunistas, etc.).
  • Analisavam revoluções: cubana, soviética...
  • Na história, se analisa os modos de produção adquiridos pelas sociedades. Quais eram os modos de produção ao longo da história da américa?
  • Althusser (filósofo francês mais aceito nessas definições), a partir das obras marxistas, definiu os modos de produção em relação aos modos que existiram durante os tempos:
  • Relações de produção Relações que se estabelecem na esfera de produção dentro das esferas sociais.
  • No capitalismo: Burguesia  Detém os meios de produção; Proletariado  Vende as forças de trabalho para a burguesia para sobrevivência
  • No escravismo: Escravistas  Possuem tudo, até as pessoas; Escravizados  Não detém nada, nem a si mesmos. São a maioria.
  • Forças produtivas: Nível tecnológico da sociedade. Quanto de máquina e quanto de força de trabalho. Quanto maior o capital, maior a mão de obra. Quanto menor o capital, menor a mão de obra.
  • Houve um interesse nas sociedades pré colombianas porque essa não possuía classes sociais, e era o que se buscava na época.  
  • Ainda nos debates da década de 60 e 70: Haviam estágios dos modos de produção (de acordo com uma obra de marx): socialismo primitivo; escravismo; feudalismo; capitalismo; socialismo desejado. MARX ANALISOU A HISTÓRIA EUROPEIA.
  • Alguns autores colocaram como válida pro mundo inteiro, e que todas as sociedades deviam passar por todos esses estágios, sem possibilidade de pular algum.
  • Essa teoria também foi contrariada por alguns autores, que diziam que nem todas as sociedades tinham que passar pelos cinco estados.
  • Stalin aderiu a essa teoria dos cinco estados.
  • Marx também analisou o modo de produção asiático.
  • Importante obras de irrigação e obras públicas.
  • Fraco desenvolvimento da propriedade privada. Propriedade coletiva da terra.
  • Haviam estruturas comunitárias.
  • Alguns autores, como Andre Gunder Frank, disseram que são características muito parecidas com as das sociedades pré-colombianas. E que esse modo se aplicava muito mais às sociedades do que os cinco estados.
  • Andre Gunder Frank (sobre os modos de produção de Marx)
  • Não se deve prestar atenção à esfera de produção. Mas se deve prestar atenção à esfera da circulação  o destino da produção. Se foi pra auto consumo ou se foi pro mercado.
  • O modo de produção seria capitalista se a maior parte dos bens produzidos na sociedade vão para o mercado. Já se a sociedade não produz para o mercado mas apenas para autoconsumo, ela seria uma sociedade não-capitalista. (O que é uma definição bem pobre).
  • Marx não falou apenas de modo de produção pra definição produtiva de uma sociedade, mas também sobre formação econômico-social: para alguns autores, toda sociedade não possui um único modo de produção, há, simultaneamente, diversos modos de produção convivendo entre si, onde há um dominante.

ANALISE DO LIVRO: MODOS DE PRODUÇÃO DO IMPÉRIO INCA.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (12 Kb)   pdf (171.2 Kb)   docx (80.8 Kb)  
Continuar por mais 7 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com