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A Grande Lavoura

Por:   •  8/6/2021  •  Resenha  •  451 Palavras (2 Páginas)  •  122 Visualizações

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Ao decorrer do capitulo “ A grande lavoura” Caio Prado Junior decorre sobre os ciclos econômicos agrícolas do país desde o inicio da colônia até o fim do século XVIII. Sua tese elenca ,em linhas gerais, a grande lavoura como nervo da economia colonial e as outras atividades como apêndice.

O autor começa expondo o primeiro ciclo agrícola da colônia: o açúcar, base para o estabelecimento europeu no território e maior produtor de riqueza no período mesmo em comparação à mineração. Sua distribuição era ampla. Cultivado do extremo norte até o sul em Santa Catarina, encontrava seus grandes centros produtores na área litorânea.

Durante o século XVIII a revolução industrial intensifica a dependência das colônias, em especial por algodão, principal matéria prima da indústria na época. A primeira remessa para o exterior data, segundo o autor, de 1760. A partir daí a cultura atingiria larga parte do território brasileiro, época em que o país se alinha aos principais produtores mundiais. Essa cultura se mostrara, no entanto, uma febre momentânea. O declínio que se verifica no inicio do século XIX por conta da competição norte americana restringe massivamente a produção no país. O terceiro ciclo descrito, apesar de menos relevante, é o do tabaco.

Caio Prado Junior em seguida, apresenta um panorama geral das condições de produção da colônia, seus desafios e consequências. Segundo ele o progresso produtivo no período era mais quantitativo do que qualitativo. As mesmas condições do inicios da colonização teriam sido perpetuadas, o que ele denomina de “Processos bárbaros, destrutivos explicáveis e mesmo insubstituíveis na primeira fase da ocupação, mas que começavam já em fazer seus efeitos devastadores”, que resultariam na “esterilização de áreas extensas” . O trabalho era todo escravo e assalariado com exceções.

O autor aqui expõe que no período técnicas mais modernas de produção já existiam e não foram aproveitadas pela colônia, como o uso da força da agua ao invés da força animal, o que potencialmente dobraria a produtividade, ou o emprego de técnicas mais eficiente no beneficiamento do algodão.

A razão disso, segundo Caio, não era o “trabalho ineficiente e semibárbaro do escravo africano” como argumentavam, mas o resultado de um sistema geral da colonização que procurava isolar o Brasil, mantê-lo afastado das outras metrópoles para que o controle fosse assim mais fácil.

O autor termina o texto recapitulando o valor das três culturas mencionadas, que por valor econômico bem como pela parcela da população empregada na sua produção, representavam a “totalidade da economia agrária colonial”. Explica também porque não englobou o café no período analisado. Segundo ele, tal lavoura não tinha tanta relevância na época, e pertenceria a um período posterior, momento em que tomará a proporção que todos sabem.

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