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INTEGRAÇÃO LAVOURA - PECUÁRIA NO SUL DO BRASIL

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Por:   •  6/10/2014  •  1.059 Palavras (5 Páginas)  •  381 Visualizações

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A Integração Lavoura-Pecuária (ILP) refere-se a uma associação entre cultivos agrícolas e produção animal, que se faz em diferentes partes do mundo, com os mais diferentes propósitos. A ILP não é uma tecnologia nova, porém, recentemente retoma força no país e no mundo, pela ineficiência dos atuais modelos pecuários e agrícolas. A integração lavoura-pecuária tem sido reconhecida como opção singular de sistema de produção onde se pode almejar, de forma concomitante, intensificação e sustentabilidade. O pilar conservacionista do sistema é o plantio direto, as boas práticas de manejo e a utilização da pastagem em intensidades de pastejo moderadas.

No centro do país, a ILP tem sido apresentada como alternativa de recuperação de pastagens degradadas e também como recuperadora dos estoques de carbono das áreas agrícolas. A ILP tem sido justificada até como forma de diminuir a pressão por desmatamento na Amazônia, pois a pecuária sendo conduzida em associação com lavouras, em solos mais férteis e recuperados, não teria porque migrar para novas áreas.

No sul do país, a ILP é divulgada como alternativa às rotações que usam cereais de inverno e para o uso eficiente da terra no período entre sucessões de lavouras de verão, diversificando a propriedade, diminuindo o risco da lavoura e melhorando o solo.

Outra característica que ilustra o potencial de aplicação de sistemas de ILP no RS é a matriz da pecuária de cria que se pratica, baseada na utilização extensiva dos campos naturais. No atual modelo produtivo, as possibilidades de investimento e intensificação são bastante restritas. O sistema sofre com baixos índices produtivos, oriundos essencialmente da inconstância, e insuficiência, de oferta de forragem ao longo do ano. Os períodos de outono e inverno são os mais críticos, justamente quando, nas áreas agrícolas, que tem plantio direto, abunda forragem de alta qualidade. Forragem em potencial, mas que de fato não se torna realidade, pois o sistema privilegia o acúmulo de material vegetal para ser posteriormente dessecado, formando palha, portanto, a possibilidade de resolver o principal problema alimentar da pecuária gaúcha com as extensas áreas dos sistemas agrícolas, onde sobra material forrageiro desperdiçado, reflete o formidável potencial do RS para a adoção de sistemas ILP.

Foi realizado um experimento em uma área experimental que pertencente à Fazenda do Espinilho, propriedade de Armando Chaves Garcia de Garcia & Família, localizada no município de São Miguel das Missões. A área experimental total é de aproximadamente 22 hectares, com divisão em 12 parcelas, em áreas que variam de 0,8 a 3,6 hectares, aproximadamente, em função dos tratamentos aplicados. O sistema consta da produção integrada de bovinos de corte em pastejo no inverno, e soja no verão, em plantio direto. Têm-se utilizado bovinos jovens (Figura 2), com idade ao redor de dez meses, machos e castrados, oriundos de cruzamentos entre as raças Angus, Hereford e Nelore, sem grau de sangue definido e com peso vivo médio inicial entre 190 e 200 kg. O controle da altura do pasto é feito em intervalos de 15 dias, aproximadamente. A leitura é realizada em 100 pontos dentro de cada parcela, em caminhamento aleatório, a fim de definir a altura média do pasto. Em media os animais iniciam o ciclo de pastejo na primeira quinzena de julho, o qual se estende até a primeira quinzena de novembro, totalizando 110 dias de pastejo.

Em dezembro, procede-se a semeadura da soja, com sementes inoculadas na dose recomendada para o produto. A soja é colhida em maio do ano seguinte. A partir do outono de 2002 e até o presente momento repetiu-se o mesmo procedimento na implantação da pastagem e manejo dos animais, seguidos da implantação e condução da cultura da soja. A adubação consta, basicamente, da aplicação de nitrogênio na pastagem, e de fósforo e potássio na soja.

No ciclo da pastagem, têm sido efetuadas avaliações periódicas

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