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A Guerra de Canudos

Por:   •  6/9/2018  •  Monografia  •  1.978 Palavras (8 Páginas)  •  181 Visualizações

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Canudos: Antônio Conselheiro, Objetivos e Consequenciais de uma guerra

                         Aluno: Noemário Pereira Lemos

Professor(a): Alessandra S. Borghetti Soares

 

RESUMO

O artigo refere-se ao tema Guerra de Canudos, a figura de Antônio Conselheiro, um pouco sobre sua vida, a perseguição, a fundação buscando compreender quais foram os objetivos e suas consequenciais. Como os seguidores  Seguidores de Antônio Conselheiro e o governo viam o conflito. O término da monarquia, o surgimento da republica, crise económica e fim da escravidão, tiveram influencias direta na criação da revolução de Canudos. Mostrar também a posição do governo federal sobre esse movimento, quais suas atitudes e as consequencias, culminando com a guerra e massacre dos revolucionários.

 

Palavras Chaves: Antônio Conselheiro e a Guerra de Canudos, objetivos e Consequencias de uma revolução sem precedentes no Brasil.

1 INTRODUÇÃO

A guerra de Canudos foi um confronto entre o governo federal recém criado e um movimento de cunho social e religioso que visava combater as dificuldades enfrentada pela região. Esse conflito durou de 1896 a 1897 e teve como localização o interior do estado da Bahia.

A grave crise económica em que o país passava, o surgimento da republica, cobranças altas de impostos, fim da escravidão e falta de oportunidade para os negros trabalhar e a seca que assolava o nordeste brasileiro, foram fatores que levaram a muitos andarilhos acompanhar Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido com Antônio Conselheiro. Nascido em Quixeramobim no Ceará em 13 de março de 1828, aos seis anos perdeu a mãe e antes de completar oito anos o pai casa-se outra vez e ele passa a ser maltratado pela madrasta. A mesmo com dificuldade, aprende aritimética, geografia, latin e francês.

Com a mote do pai, tomou conta da venda e pagou as dividas que tinha a duras penas, casou-se com uma prima. Abandona o comércio e vai se empregado e finalmente juiz de paz em Campo Grande, mudando depois para Ipu, tornando-se requerente do fórum. O casamento não deu certo sendo abandonado pela esposa, onde foi trocado por um sargento da força da república, passou a peregrinar por 25 anos. Como conhecia o sofrimento dos pobres, a quem defendia no fórum, viveu em contato com a miséria. Uniu-se com Joana Imaginária com quem teve um filho e o misticismo começa a tomar conta da sua vida.Antes de chegar a Bahia, passa por Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Por onde passa, Antônio conselheiro já não vaga apenas, sai construindo igrejas, cemitérios, tudo a pedido dos pobres. Começa a surgir uma imagem de conselheiro, vestido a uma bata azul, barbas grisalhas, alpercatas e bordão.

Ao começar com as pregações, o governo federal e a igreja já começa a observá-lo, pois embora seu discurso católico, diverge dos padres por não está ligado ao governo, defendendo os pobres enquanto os padres defedem os ricos. Fala contra o latifúndio, prega que a salvação do homem virá pelas suas obras e declama o evangelho em latin.

Devido a seus discursos contra o governo, acaba sendo preso, pois o povo o ouvia e tornará um perigo a ordem pública. Em 1876, para mantê-lo preso, inventaram a história de que tinha matado sua própria mãe e de sua esposa. Como? O mesmo ficou orfão aos seis anos de idade e sua esposa o havia trocado por um soldado.

As autoridades baianas o mandam para o Ceará, com a recomendação de que o mesmo não mais volte a Bahia. Chegou no Ceará muito mal tratado pelas torturas. Em 1de julho de 1876 o libertaram e com isso ele volta a Bahia e não mais como um andarilho vagabundo como descreve preconceituosamente o escritor Euclides da Cunha. Volta como lider de um povo sofrido em busca de sua salvação. Segundo Edmundo Moniz, o povo que se reuniu no Arraial em Canudos, buscava criar uma sociedade socialista.

Seguido por multidões (ex-escravos, vagabundos, marginalizados...) teve como uma das suas primeiras ações acontecendo em Bom Conselho, quando reuniu o povo mandando arrancar o edital de cobrança de impostos, o povo obedece queimando o edital e fazendo festa com foguetes e banda. Uma patrulha com 35 soldados tentou prendê-lo por esse motivo mas a população não deixou. Conduziu os seus seguidores para a região de Belo Monte (conhecida como Canudos), fundando assim o Arraial. A cidade foi levantada em 1893, próximo ao rio Vaza Barris. No local não tinha policia do governo e o trabalho era feito de modo igual a todos, não se pagava impostos e para isso, bastava levantar casa onde Antônio conselheiro indicava. Tudo que se produzia era distribuído de forma que suprisse a necessidade de cada um. No local nunca houve roubo e nem opressão, ao contrário, todos eram livres e trabalhavam.

Antônio Conselheiro tratava a recém instaurada republica como um reino Anti-Cristo, não concordava com a cobrança de impostos, a celebração do casamento civil, a separação entre igreja e estado, para ele, eram provas de que o final do mundo estava próximo.

2 INICIO DO CONFLITO

Com o final recente a escravidão, grupos de escravos vagavam pelas estradas dos sertões sem oportunidades de emprego e sem acesso a terras para cultivo de sustento. Esses grupos encontravam nas palavras religiosas de Antônio Conselheiro um pouco de conforto e acabavam seguindo-o como uma espécie de conselheiro. Passaram a peregrinar todo o sertão, vivendo basicamente de esmolas

Com a implantação da republica e os altos impostos cobrados por ela, os peregrinos acreditavam que o fim do mundo estava próximo e que a salvação estava em Antônio conselheiro e suas pregações que, na mias importante das promessas era livrar a população da extrema pobreza e garantir salvação eterna em outra vida.

Como o arraial não pagava impostos e tinha um grande numero de seguidores, fez com que as autoridades de Juazeiro solicitasse ao governo da Bahia uma solução para os considerados revoltos por não pagar os impostos. Em novembro de 1896, o governo da Bahia mandou ao arraial um deslocamento policial com cerca de cem soldados (praças) e no comando o tenente Manuel da Silva Pires Ferreira. Os seguidores de Antônio Conselheiro surpreendentemente venceram a tropa comandada por Manuel da Silva, atacando em Uauá em 21 de novembro, fazendo-os recuar e deixando vários mortos. Em janeiro de 1897, uma segunda expedição comandada pelo Major Febrônio de Brito, foi vencida no dia 18 de janeiro com perdas baixas por parte dos seguidores de Conselheiro. Os seguidores de Antônio Conselheiro fortificaram o acesso ao arraial e também aproveitavam as armas abandonadas nas duas investidas das tropa do governo.

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