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A História da América Latina

Por:   •  16/10/2018  •  Resenha  •  794 Palavras (4 Páginas)  •  194 Visualizações

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Gabriela Pellegrino e Maria Lígia Prado apresentam em duas entrevistas independentes a história da América Latina pensada no contexto das independências e da formação de um Estado Nacional que se configurou como conflituoso. Portanto, às duas professoras dialogam na medida que tratam de assuntos subsequentes e associados.

No primeiro momento, Gabriela fala dos circunstâncias que levaram a independência. Primeiramente, nesse sentido, pode se dizer que não há relações diretas entre os movimentos de independência no méxico e na américa do sul, embora ambos tivessem sido articulados por movimentos externos que remontam as reformas bourbônicas. Essas reformas desagradaram os criollos que sobretudo, tinham como desafeto os peninsulares. Aqui são observados dois movimentos que levaram a emancipação da América Latina, mas outros fatores externos foram fundamentais nos movimentos de independência: a invasão das tropas napoleônicas na Espanha, as ideias ilustradas, a Revolução Francesa e a independência da treze colônias. Vale mencionar também o autogoverno dos Cabildos que foi uma experiência importante na medida que evidenciou a capacidade de independência das colônias.

Apesar da independência ter vindo de fato com personagens elitistas, movimentos populares estiveram presentes na América Latina. Dois casos são enfáticos nesse sentido. O primeiro deles foi em Cuzco no Peru. Liderado por um curaca de descendência incaica (portanto nobre), a revolta de Tupac Amaru foi bastante expressiva e sangrenta. O intento, no entanto, acabou com morte de Tupac por esquartejamento.

Já no Haiti os sinais de instabilidade eram encontrados desde sempre. Por ser um lugar predominantemente escravista, essa eclosão foi bem expressiva. Primeiramente a revolta teve início na colônia espanhola e se expandiu por toda ilha alcançando a parte espanhola. O objetivo: abolição da escravatura.

Embora a mão de obra escrava fosse presente na américa latina, ela era potencialmente menor e localizada (em regiões de mineração, por exemplo), coisa que no Haiti foi generalizada, o que permitiu a eclosão de uma revolta e uma independência sui generis.

É interessante mencionar também, como pontua Gabriela, o medo da haitinização. Embora já se falasse em abolir a escravidão, era do interesse dos libertadores o apoio dos escravocratas. Esse conflito de interesses retardou o fim da abolição. Gradualmente ela veio, no entanto, a primeira vez que ela foi observada foi através da participação das lutas pela independência onde era fornecido uma carta de alforria àqueles que participaram da empreitada. Já na independência a escravidão se tornou algo quase residual e foi perdendo a importância até finalmente ser abolida no curso do século XIX.

Falando da independência de fato, que veio, sobretudo, com os setores elitistas, temos Simón Bolivar na Venezuela que foi um dos principais articuladores da independência na América Latina . Gabriela pontua que Bolívar, inicialmente provocou diversos setores da sociedade com o Manifesto de Cartagema, conseguindo adesão na emancipação, que no primeiro instante não vingou. Pela segunda vez a independência fora frustrada, com isso Bolívar se refugia na Jamaica onde produz um segundo documento com o mesmo teor do Manifesto de Cartagema (um documento forte que convida a participar dos movimentos de emancipação). Já nesse momento

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