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A História das Américas III

Por:   •  3/2/2019  •  Artigo  •  886 Palavras (4 Páginas)  •  131 Visualizações

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Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB

Centro de Humanidades

Disciplina: História das Américas III

Professor: Lucas Junqueira

Discente: Ítalo Carvalho

Fórmula para o caos: Ascensão e queda de Salvador Allende (1970 – 1973).

Luiz Alberto Moniz Bandeira

Barreiras

2018

BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. Fórmula para o caos: Ascensão e queda de Salvador Allende (1970 – 1973). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008. (p.17 – 33).

O prefácio introdutório do livro de Luiz Alberto Moniz Bandeira, Samuel P. Guimarães destaca como uma obra fundamental para compreendermos os destinos das Américas do Sul e Latina. Considera que o trabalho é muito bem elaborado pelo modo da ênfase na pesquisa histórica no campo político, econômico e social que levaram a derrubada do governo de Salvador Allende, com apoio de grupos civis da extrema direita, militares e de uma conspiração da CIA. Guimarães ressalta uma questão conceitual para definir as Américas do Sul e Latina e, que esta “constitui para os Estados Unidos a principal zona geográfica de interesse estratégico” (BANDEIRA, 2008, p.17). Em especial os países do centro-americano, que são de vital importância nesta estratégia norte-americana.

A questão geográfica é um dos elementos essências na movimentação da economia norte-americana, tanto do ponto de vista interno como para constituir integração econômica com o polo mundial do oriente e “da projeção de seu poder militar nos oceanos.” (BANDEIRA, 2008, p.18). Distorções sociais são latentes na relação estadunidense com seus vizinhos latinos, principalmente com relação ao grande fluxo de imigrantes, porém para atender os interesses da sua economia, uma vez que exploram uma mão-de-obra barata. Ele descreve o papel de diversos países nesta nefasta relação socioeconômica.

Segundo o texto, essa é uma área geograficamente de interesses exclusivos dos Estados Unidos, “onde outras potências não teriam o direito de intervir nem poderiam ousar intervir, sob pena de reação americana...” (BANDEIRA, 2008, p.20). No texto traz alguns destaques nos aspectos históricos para essa política de intervenção estadunidense, desde o início do seu processo de Independência, bem como os processos sangrentos de ocupação por todos os países do centro-americano, para contextualizar esse direito de intervir nas Américas.

Foram intervenções e ocupações “domesticadoras”, que se encontram na origem de movimentos insurrecionais ou políticos de viés esquerdista, anti-imperialista, autonomista e nacionalista, voltados contra a dominante influência americana, que se baseou em alianças econômicas e políticas com as oligarquias locais, descendentes dos colonizadores... (BANDEIRA, 2008, p.22)

Segundo o autor, o ponto determinante que deve ser levado em consideração para uma nova lógica social e econômica nas Américas é a Revolução Cubana, que rompe com os Estados Unidos influenciando todo o continente americano com exceção do México. A Revolução Cubana vai redesenhar os movimentos estratégicos dos Estados Unidos para as Américas, isso devido ameaça comunista. Para o autor o caso da derrubada do governo de Salvador Allende no Chile é uma clara demonstração desta dedicada preocupação com o continente americano, uma vez que “Allende pretendia implantar, por via pacífica, o socialismo no Chile.” (BANDEIRA, 2008, p.24).

Os Estados Unidos para “impedir o surgimento, de um modelo político, econômico e social alternativo” (BANDEIRA, 2008, p.24) vai apoiar movimentos ditatoriais civil-militares. Para o caso da intervenção no Chile, o texto descreve um Chile de pouca relevância econômica e geográfica, porém o risco de eventual sucesso de um governo chileno afetaria diretamente os interesses estratégicos dos Estados Unidos para as Américas. “O episodio chileno é a maior importância no contexto mais amplo da estratégia norte-americana para a América Central e caribenha e para a América do Sul.” (BANDEIRA, 2008, p.25). O texto destaca os objetivos principais desta estratégia, em especial a estratégia de apresentar um modelo de Estado e econômico para região. Guimarães finaliza seu prefácio que o modelo econômico neoliberal é implantado na ditadura chilena e amplamente apoiado pelo o governo estadunidense. Guimarães descreve algumas ações e feitos da ditadura chilena, como o rompimento com Cuba e países de tendência governista de esquerda e os acordos comerciais estabelecidos com o governo dos Estados Unidos.

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