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A Igreja Medieval E As Cruzadas

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Por:   •  23/2/2015  •  Artigo  •  1.288 Palavras (6 Páginas)  •  240 Visualizações

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A Igreja Medieval e as Cruzadas

Káritha Parreira de Paula

Como grande fator, ou consequência da crise do Império romano, o cristianismo passou de dissidência judaica, para a religião oficial do Império romano, dada as suas especificidades doutrinárias, no contexto conturbado das migrações bárbaras que deflagrou de vez na queda do Império romano ,a Igreja, herdeira e usurpadora da moral cristã,se fortaleceu justamente em face à fragmentação que figurou o início da Idade Média,até o século XVIII a Igreja, rapidamente toda-poderosa, organiza-se principalmente em volta de mosteiros que, na ausência de cidades e bispos, exercem toda a autoridade espiritual nas áreas a ruralizadas convertendo-se nos únicos centros de vida religiosa e intelectual da Europa.

.Neste cenário misto de elementos remanescentes greco romano,com os novos valores culturais dos povos germânicos, em um panorama ruralizado de decentralização política de oralidade, pessimismo coletivo,a Igreja se sagra como detentora do saber,e como um elemento unificado,forjando a unidade espiritual essencial para a civilização medieval.

A princípio,a Igreja busca uma identidade ,equilibrando os elementos pagãos de origem romano germânicas,aos ideais dogmáticos, estabelecidos a partir dos concílios, formulando bases hierárquicas e de doutrinação, desmistificando mitos e criando ritos,para embasar sua imperativa interseção de fé e propagação religiosa nesse território de tempo cíclico,sem consciência histórica,dissociando o sagrado do profano,o secular do regular,no poder clerical,do episcopado monopólio da explicação dos ensinamentos cristãos,na universalidade da Igreja,no continuísmo do ideário estamental clássico de ordens sociais,mas sobretudo,na profusão por meio da ampla conversão germânica,e propagação da Sé romana.

A Igreja medieval tentou tornar o mundo o mais simbólico possível, somente decifrável pelos homens de fé. Apenas os clérigos sabiam e tinham a outorga divina,de interpretar o mundo dos homens que seria um reflexo do mundo celestial,inclusive essa representação,carrega um forte legado greco-romano ,e somente aqueles que conheciam o mundo celestial podiam entender este em que vivemos. Dessa forma os clérigos definiam como deveria ser o comportamento humano, criavam regras de comportamento moral e social e valores culturais.

Em um segundo momento, na Alta Idade Média ,a Igreja já penetrada em toda Europa de maneira profunda constituindo o arcabouço natural do Império carolíngio(Hilário 71)que representado na missiva centralizadora desse período, reforça os valores numa simbiose de validação do Poder Temporal com o Poder Secular, na soberania do primeiro, que legitima o poder da Igreja, através da criação de uma hierarquia e institucionalização do papado da obrigatoriedade do dizimo,da distinção legal do clero,ampliando o poder da Igreja em contrapartida a validação do mesmo, como sendo o defensor da Igreja, portanto ¨`o enviado de Deus``e a Igreja, como seu comissionado,. No entanto, essa aproximação no final,só aumentou o poder da Igreja,e sua influencia até mesmo nos assuntos temporais,com os bispos conselheiros reais que imbuídos de poderes legais,monopolizaram além do imaginário,e religioso,aspectos políticos sociais de uma época.

Este processo culminou no teceiro momento da Igreja, na Idade Média Central embasados no agostianismo politico,de autonomia e não sujeição,uma tentativa de uma teocracia,dirigida,um corpo eclesiástico,separado da sociedade laica, justamente com a missão divina de dirigi la,No . Essa tentativa ocorre dentro de um contexto de fragmentação política no campo das ideias,o combate austero as heresias, o sincretismo,e auto firmação da Sé ``Fora da Igreja não há salvação.çomo avanço normando no Ocidente e islâmico no oriente,no cenário de disputas entre os pequenos reinados,pelo poder,na marginalidade social os abusos dos cavaleiros, como sendo a Guardiã. E foi através do fortalecimento dos bispos,das odens Cunnicences ,validando o poder episcopal,medidas retaliadoras como a Paz de Deus e a Trégua de Deus,visava um controle dogmático legal,sobre a elite laica,as reformas eclesiásticas,construindo,um ideário de Guerra Santa,que posteriormente seria,adaptado à um combate de proporções mais globais.

As peregrinações à Terra Santa e o culto aos mártires,aumentou consideravelmente no ano mil,na Europa,o avanço demográfico deflagrou em uma severa crise econômica,safras ruins,a violência generalizada,as guerras porfalta de terras,todo esse pessimismo criou uma ideia de Salvação da alma através da peregrinação,com o intuito de monopolizar essas rotas da fé,e principalmente com o interesse em combater o avanço da fé islâmica que crescera no Oriente.

Essas peregrinações logo tomaram de caráter religiosos,posteriormente,assumem uma missiva militar de defesa da Terra santa,após a terceira,houveram cruzadas financiadas pelos comerciantes, que buscavam o controle das rotas comerciais para o orientemonopolizadas por Gênova e Veneza,,embargado pelo avanço otomano,e guarnecido pela leva de nobres de segunda linhas,em conquistar novas possessões de terras,riqueza e poder e sob a égide construída pela ``Paz de Deus`` de uma Guerra santa,de fé e salvação,cabia aos cristãos salvar a Terra Santa das mãos dos infiéis.

Papa Urbano II em 1095,após o Concílio de Clermonth,engessa esse ideal de ``proteção`` à Sé cristã no Oriente,e convoca nobres e cléricos,à essa jornada peregrinadora e combatente,As Cruzadas,ao todo em 8 incursões desde militares,nobres,leigos

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