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A Imprensa Na Ditadura

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Por:   •  7/6/2014  •  836 Palavras (4 Páginas)  •  267 Visualizações

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Ensaio: Liberdade, onde você está?

Márcia de Souza Oliveira Paes Leme Alberto¹

Brasil um país das possibilidades, das aventuras, país em que todos podem ser livres, fazer o que quiser, vestir como bem entender, ser dono do seu próprio nariz. O Brasil é visto como o país onde tudo é permitido, povo acolhedor, liberdade de ir e vir, liberdade de expressão, sua voz o seu comando.

Essa é a imagem do nosso país hoje nos vários cantos do mundo, esse país tropical, em que muitos aqui vem para poder gozar de suas “vantagens aventureiras”, sua hospitalidade e seus encantos.

Quem vê esse país que hoje goza de tanta liberdade, quem não conviveu o período da repressão, quem não conhece sua trajetória, a primeiro momento, não consegue imaginar que a luta por toda essa liberdade custou muito caro e derramou muito sangue.

O Brasil tem em sua história um período marcado por lutas, guerras civis, movimentos, manifestações, revoltas, conflitos, etc., cada um deles marcados por sua história, e cada um formando uma nova trajetória, um novo percurso. Cada momento representou uma luta, e cada luta uma busca por seu espaço, por um direito, por uma mudança, todas marcadas pela busca do poder.

Dentre todas essas lutas, podemos citar o período que vai de 31 de março de 1964 a 15 de janeiro de 1985, com o Golpe Militar que destituiu João Goulart do poder até a eleição indireta do presidente Tancredo Neves. Esse período foi um marco na história do Brasil, cheio de contrastes, marcado por muito sangue e isento de toda e qualquer liberdade de comunicação ou expressão.

A palavra da vez era a censura, os donos do poder, os “senhores coronéis”, aqueles que com a mão de ferro comandava e direcionava o destino do país, também comandavam as vozes, a liberdade, o grito de uma alforria que estava aprisionado por um sistema repressor, autoritário e desumano.

¹Estudante do segundo período de Serviço Social pela Universidade Federal de Uberlândia

Essa voz que grita, que canta, que fala pelos quatro canto do país, simplesmente foi sufocada. Essa liberdade de expressão que hoje está amparada constitucionalmente em seu artigo 5º, inciso IX, que diz que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”, não existia.

Os jornais, a impressa, e todos os meios de comunicação da época, passaram a ser os fantoches desse sistema. Toda publicação passava pelo aval de um sensor, publicava-se apenas o que era aprovado, o que estava dentro dos padrões daquele sistema repressor. Alguns jornais, como a Folha de São Paulo, publicaram sua primeira página em branco como forma de protesto. Alguns artistas manifestavam sua revolta através de suas músicas, como é o caso do cantor Chico Buarque de Holanda, que em suas composições, muito retratou sobre o período.

Pessoas foram presas, espancadas, mortas, e muitas desapareceram durante esse período, sem que até hoje pudessem ser localizado seu paradeiro. O poder subiu a cabeça dos torturadores, tudo passou a ser motivo de perseguição, qualquer forma ou meio de comunicação ou expressão que pudesse causar qualquer dúvida ou ensejasse uma ameaça, ou até mesmo uma diferença pessoal,

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