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A Independencia Do Estados Unidos

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Por:   •  8/8/2013  •  3.977 Palavras (16 Páginas)  •  712 Visualizações

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A Independência dos Estados Unidos

A colonização das 13 colônias Americanas

Durante o processo de colonização dos EUA operou-se uma distinção fundamental entre as colônias do Norte e do Sul. O Norte, correspondente às colônias de Massachusetts, Nova Hampshire, Rhode Island e Connectict, que formavam a Nova Inglaterra e o centro, correspondente às colônias de Nova York, Nova Jersey, Pensilvânia e Dela Ware, zonas de clima temperado e que não possuíam ouro nem prata, não interessava ao Estado Absolutista e foi ocupado essencialmente pelos puritanos, perseguidos durante o governo de Elizabeth I e da dinastia Stuart.

Querendo fundar lá uma nova pátria, os puritanos estabeleceram lá as chamadas colônias de povoamento, cuja economia era baseada na pequena propriedade agrícola, onde o colono trabalhava com sua família, produzindo para o mercado interno. Os produtos agrícolas das colônias do norte e centro eram iguais aos da Europa, isso também desestimulou o comercio da metrópole com essas colônias. Nessa região desenvolveram-se o comércio e as manufaturas, porque os puritanos já tinham alguma tradição manufatureira na Inglaterra e sua ética religiosa valorizava o trabalho manual como forma de transformar o mundo para a glória de Deus.

As colônias do Norte, com seu trabalho livre e sua liberdade, serviam de desembocadura para perseguidos religiosos, artesãos e camponeses que o desenvolvimento metropolitano excluía do mercado de trabalho.

Já no Sul dos EUA, correspondente às colônias de Virgínia, Maryland, Geórgia, Carolina do Norte e Carolina do Sul, de clima tropical e subtropical, a colonização adotou a forma de colônias de exploração, com uma típica economia de plantation, baseada na grande propriedade agrícola escravista, na monocultura e na produção voltada para o mercado externo. As colônias do Sul produziam algodão e fuma para a Inglaterra. Lá, antes da introdução do escravo negro, houve a experiência indígena e da servidão branca.

Essas diferenças explicam o fato de o norte caracterizar-se, mais tarde, como centro industrial, e o sul permanecer uma região agrícola.

Os servos brancos eram os sentenciados que iam para as colônias e aqueles que não podiam pagar a viagem do navio, o que dava ao comandante o direito de vende-los aquém oferecesse melhor lance.

A servidão branca foi substituída pela escravidão negra porque, com o desenvolvimento das plantações, faltava mão-de-obra, já que a oferta de brancos era reduzida. Eles tinham alguns direitos reconhecidos pela lei e sua condição de servo, além de ser por tempo limitado, não passava para os descendentes. O negro, pelo contrário, além de ser mais barato, era escravo para sempre; não tinha direitos, e a condição de escravo passava de pai pra filho.

Politicamente, as treze colônias eram independentes entre si. Cada qual tinha um governador inglês e possuía uma assembléia, eleita pelos proprietários, cuja finalidade era fazer leis e votar impostos. Suas leis podiam ser vetadas pelo rei, e o parlamento da Inglaterra poderia legislar sobre as colônias, substituindo as assembléias coloniais, que mantinham delegados junto ao parlamento para defendê-las.

Fatores que levaram à Independência dos EUA

*Guerra dos Sete Anos (1756-1763)

Colonos ingleses e franceses da América entravam continuamente em conflito pelo domínio da exploração do comércio de peles e pelo monopólio da pesca na ilha da Terra Nova e na península da Acádia. Esse foi o fator fundamental que levou à Guerra dos Sete Anos entre Inglaterra e França.

Apoiada pela Prússia, a Inglaterra derrotou a França e conquistou o Canadá, a Índia e a Florida, que eram colônias da França. Essa guerra, ao mesmo tempo em que deu à Inglaterra novas colônias, deixou também uma enorme divida publica, resultando numa carga excessiva de tributos aos contribuintes ingleses.

Alegando que a guerra fora efetuada em beneficio das colônias, o governo inglês tributou os colonos, impondo, em 1765, a chamada Lei do Selo, que introduziu nas colônias americanas o uso do papel timbrado, que era vendido em proveito do governo inglês. Isso, na pratica, era uma forma de evitar o contrabando realizado pelos colonos, pois asmercadorias passariam a ser seladas. Após vários protestos, a lei fora revogada em 1766, mas o parlamento inglês manteve um imposto sobre as mercadorias coloniais. Os colonos revoltaram-se, alegando que para serem tributados deveriam ter representantes no parlamento.

A Lei do Açúcar proíbe a importação de rum estrangeiro e taxa a importação de carregamentos de açúcar procedentes de qualquer lugar que não das Antilhas britânicas.

A Lei dos Alojamentos é aprovada em 1765 e exige dos colonos norte-americanos o pagamento pelos alojamentos e alimentação das tropas inglesas.

Em 1767, o ministro inglês Charles Townshend conseguiu que o parlamento aprovasse novas taxas sobre o chá, vidros, papel e tintas de qualquer procedência.

Aumenta a insatisfação dos colonos. Em 1770, soldados ingleses, que foram mandados para Boston a fim de proteger os funcionários britânicos, atiraram contra uma multidão de manifestantes americanos, matando quatro deles. Esse episodio ficou conhecido com o Massacre de Boston.

Em 1773, ocorre um novo confronto dos colonos com a metrópole. Prejudicados pelo monopólio da distribuição de chá concedido à Companhia das Índias Orientais, um grupo de colonos fantasiados de índios jogou ao mar todo o carregamento desse produto dos navios da Companhia que estavam ancorados em Boston. O episódio foi chamado de Festa do Chá em Boston.

O rei Jorge III reagiu a essa manifestação de rebeldia colonial e fez decretar no ano seguinte (1774) os Atos Intoleráveis, pelos quais determinava que:

• os responsáveis pela Festa do Chá seriam mandados à Inglaterra, para julgamento;

• a colônia de Massachusetts seria ocupada por tropas inglesas;

• o porto de Boston ficaria fechado até ser paga a indenização pelo chá destruído;

• estariam sujeitos a severas penas todos aqueles que agredissem funcionários ingleses.

A Batalha de Lexington acontece em 1775, quando um destacamento inglês tenta destruir um depósito de armas controlado pelos rebeldes e encontra feroz resistência por parte de tropas coloniais semi-improvisadas. É considerado o marco inicial da guerra pela independência. Os colonos se organizam

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