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A Morte De Ngungunhane

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Por:   •  29/7/2013  •  371 Palavras (2 Páginas)  •  4.769 Visualizações

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Morte de Ngungunhane

Ngungunhane morre na Ilha Terceira, Açores, para onde fora desterrado em 23 de Junho de 1896, após a sua captura por Mouzinho de Albuquerque.

A trasladação

O último acto da saga de Ngungunhane acontece entre 1983 e 1985 e inicia-se quando em Outubro de 1983 o presidente moçambicano Samora Machel visita Portugal e acorda com o seu homólogo português Ramalho Eanes a trasladação para terras moçambicanas dos restos mortais do imperador de Gaza, que jaziam há 77 anos algures no cemitério da freguesia da Conceição, na periferia da cidade de Angra do Heroísmo, nos Açores.

Depois de complexas pesquisas históricas e escavações, e de uma autorização de trasladação concedida pelo Despacho Normativo n.º 98/83, de 25 de Outubro, assinado pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, João Bosco Soares da Mota Amaral, as ossadas foram simbolicamente entregues ao Estado português, sob a forma de uma pequena urna contendo terra da campa onde fora enterrado, que por sua vez as colocou na capela do Palácio das Necessidades, em Lisboa, onde permaneceram por dois anos.

Finalmente em 1985, por ocasião das celebrações do 10.º aniversário da independência moçambicana, a urna foi entregue ao Estado moçambicano e transportada para Moçambique. Foi assim que a 15 de Junho de 1985, em cerimónia solene devida a um herói nacional, a urna de madeira de Ngungunhane, pesando 225 kg e esculpida pelo artista moçambicano Paulo Come sob a coordenação de Malangatana Valente, fica exposta, de início, no Salão Nobre do Conselho Executivo da capital e, mais tarde, dá entrada na Fortaleza de Maputo. Tem como companhia os baixos relevos com que o poder colonial glorificou as campanhas de pacificação de Gaza e as enormes estátuas de Joaquim Mouzinho de Albuquerque e de António Enes, que Moçambique guarda como relíquias históricas do tempo colonial.

Naturalmente, face à incerteza na localização da campa e ao facto das sepulturas naquele cemitério serem regularmente reutilizadas, a imprensa portuguesa e moçambicana levantou dúvidas sobre a autenticidade das ossadas desenterradas no cemitério da Conceição. De facto, o gesto foi meramente simbólico, já que não foi possível localizar com o mínimo de credibilidade os restos de Ngungunhane, isto admitindo que a terra ainda os não teria consumido inteiramente, como aliás é norma nas condições edafo-climáticas açorianas.

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