TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Revolução Francesa

Exames: A Revolução Francesa. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/9/2013  •  1.585 Palavras (7 Páginas)  •  893 Visualizações

Página 1 de 7

A REVOLUÇÃO FRANCESA

A Revolução Francesa

Introdução:

A Revolução Francesa foi o acontecimento mais importante da Era Moderna. Por isso ela marca o início da Época

Contemporânea.

Para muitos historiadores a Revolução Francesa faz parte de um movimento revolucionário global — atlântico ou

ocidental — que começou nos Estados Unidos em 1776, atingiu a Inglaterra, a Irlanda, a Holanda, a Bélgica, a Itália,

a Alemanha, a Suíça e culminou na França, em 1789, onde adquiriu um caráter mais violento. Da França o

movimento revolucionário continuou a repercutir em outros países europeus, voltando à própria França, em 1830 e

1848.

Apesar de alguns traços comuns a todos esses movimentos, a Revolução Francesa teve um sentido próprio, uma

especificidade, que se manifestou na tomada do poder pela burguesia, na participação ativa dos camponeses e

artesãos, na superação das instituições feudais do Antigo Regime e na preparação da França para a caminhada em

direção ao capitalismo industrial.

Fatores da Revolução

A França nos fins do século XVIII era ainda um país agrário. A introdução de novas técnicas de cultivo e de novos

produtos permitiu a melhoria da alimentação e, com isso, o aumento da população. A industrialização incipiente nos

grandes centros urbanos, com Pais, já era suficiente para reduzir o preço de alguns produtos, estimulando o consumo.

O desenvolvimento econômico fortaleceu a burguesia, que passou a aspirar ao poder político e a discutir os privilégios

da nobreza. Os camponeses possuidores de terras queriam, por sua vez, libertar-se das obrigações feudais que deviam

aos senhores.

A França tinha nessa época aproximadamente 25 milhões de habitantes, sendo que mais de 20 milhões viviam na zona

rural. Essa população formava uma sociedade de estamentos — resquício da Idade Média —, mas já se percebia nela

uma divisão de classes. O clero era composto por cerca de 120 mil religiosos, divididos em alto clero, bispos e abades

que estavam ao nível da nobreza, e baixo clero, padres e vigários de baixa condição econômica e social; o conjunto

do clero constituía o Primeiro Estado. A nobreza — o Segundo Estado — era formada de 350 mil membros; a

nobreza palaciana vivia das pensões reais, usufruindo dos cargos públicos; a nobreza provincial vivia no campo, em

situação de penúria econômica. Havia ainda a chamada nobreza de toga, constituída por elementos oriundos da

burguesia, que compravam seus cargos políticos e administrativos. O Terceiro Estado representava o restante da

população, cerca de 98%: a alta burguesia composta por banqueiros, financistas e grandes empresários; a média

burguesia formada pelos profissionais liberais — médicos, dentistas, professores, advogados etc.; a pequena

burguesia, os artesãos, os lojistas e o povo os sans-culottes, camada social heterogênea de artesãos, aprendizes e

proletários. As classes populares rurais, que chegavam a 20 milhões, destacando-se os servos ainda em condição

feudal ( uns 4 milhões) e os camponeses livres e semilivres completavam o Terceiro Estado.

Sobre a massa da população, o Terceiro Estado, pesava o ônus dos impostos e das contribuições para o rei, para o

clero e nobreza. As outras duas ordens, as privilegiadas, tenham isenção tributária: não pagavam impostos e

usufruíam das vantagens concedidas pela monarquia sob a forma de pensões e cargos públicos. A principal

reivindicação do Terceiro Estado era a abolição desses privilégios e a instauração da igualdade civil.

No plano político, a revolução resultou do absolutismo monárquico e das injustiças decorrentes. O rei monopolizava a

administração , concedia privilégios, esbanjava com o luxo da corte, controlava os tribunais e condenava à

famigerada Bastilha, sem julgamento, através das Lettres de Cachet. Era incapaz de bem dirigir a economia do

Estado, constituía-se num entrave para o desenvolvimento do capitalismo na França.

A arrecadação de impostos era precária. O Estado não tinha uma máquina administrativa para cobrar os impostos —

a cobrança de impostos era feita por arrecadadores particulares, que se aproveitavam ao máximo, espoliando o

Terceiro Estado. Como os gastos eram excessivos, os déficits orçamentários se avolumavam. Na época da revolução,

a dívida externa da França chegava a 5 bilhões de libras, enquanto todo seu meio circulante não passava de 2,5

bilhões. Essa situação foi denunciada pelos filósofos iluministas. Seus livros eram cada vez mais lidos: formavam-se

clubes para sua leitura. A burguesia cada vez mais tomava consciência dos seus problemas e dos seus direitos, e

procurava conscientizar a massa para obter os seu apoio.

Existiam todas as condições necessárias para precipitar uma revolução. Faltava apenas o momento oportuno, uma

conjuntura

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.5 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com