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A importância política da revolução Francesa, e o valor econômico da revolução industrial

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Por:   •  17/4/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.842 Palavras (8 Páginas)  •  1.025 Visualizações

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O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política. Os iluministas condenavam o Antigo Regime, o Absolutismo, buscavam esclarecer as pessoas da hipocrisia que era a sociedade moderna, que na realidade era conservadora em sua política e enganadora em sua ideologia. O Antigo Regime refere-se ao sistema político e social que foi estabelecido na França a partir do final da Idade Média. As principais características que marcaram as sociedades do Antigo Regime foram:

I) No setor político: poder absoluto dos reis;

II) No setor social: divisão da sociedade em estamentos, onde se distinguiam ordens privilegiadas pelo nascimento e camadas desfavoráveis;

III) No setor econômico: coexistência de relações feudais e relações capitalistas, ora em harmonia, ora em conflitos;

IV) No setor cultural: a intolerância religiosa e filosófica. O Estado e a Igreja intervinham na vida das pessoas, não permitindo a liberdade de religião e convicção filosófica e política.

De forma geral, o Iluminismo combatia (i) o absolutismo monárquico, porque protegia a nobreza e mantinha seus privilégios. O absolutismo era considerado injusto por impedir a participação da burguesia nas decisões políticas, inviabilizando a realização de seus ideais; (ii) o mercantilismo porque a intervenção do Estado na vida econômica era considerada prejudicial ao individualismo burguês, à livre iniciativa e ao desenvolvimento espontâneo do capitalismo; intolerância religiosa, uma vez que defendia a autonomia intelectual e desejava o avanço da ciência e das técnicas, que favoreciam os transportes, as comunicações, a medicina, etc.

3- No contexto da Era das Revoluções, o mundo passava por uma “dupla revolução”. A primeira delas era política e tinha como centro a França. A segunda era econômica e tinha como centro a Inglaterra. Ambas são fundamentais na constituição do mundo moderno capitalista. Dessa forma, destaca-se a importância política da Revolução Francesa, e a importância econômica da Revolução Industrial.

Na Inglaterra, desenvolveu-se um mundo urbano, industrial e capitalista. A ética burguesa, negando o ócio, valorizando o trabalho e a acumulação, passou a se tornar dominante. Na França, a Revolução representou uma mudança na consciência europeia, denunciando a repressão e retirando dos reis e da nobreza sua auréola de eternidade e sacralidade. O rei não era mais “eleito de Deus na Terra”. A partir dela, desenvolveu-se o pensamento liberal, o qual tinha como pilar a defesa dos direitos naturais do homem (a propriedade privada, a liberdade, a igualdade jurídica), determinados por uma Constituição. O Estado liberal não deveria atuar como um inimigo da sociedade, mas como aquele responsável por garantir os direitos naturais do homem. A partir de 1789, os franceses guilhotinaram sua aristocracia e, com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, consolidaram o ideário iluminista-liberal, pondo fim à sociedade de ordens. A partir de então, uma Constituição liberal confiscava os bens do Clero, acabava com os privilégios nobiliárquicos e com os poderes excessivos do rei, estabelecendo a soberania dos cidadãos. A Revolução Francesa foi o modelo de todas as revoluções do século XIX.

4- A Revolução Industrial do século 18 representou o momento de consolidação do capitalismo. Apesar de restrita à Inglaterra, ela foi responsável pela reordenação da economia mundial durante o século 19, pois representou a nova dinâmica capitalista, responsável por superar o mercantilismo.

O pioneirismo inglês pode ser explicado com base na existência de um Estado liberal burguês, de capitais acumulados oriundos da exploração colonial e do domínio sobre as atividades mercantis, até então de mão-de-obra barata, e da disponibilidade de recursos naturais.

A Revolução Industrial Inglesa pode ser definida como um conjunto de transformações socioeconômicas e tecnológicas responsável por consolidar o sistemas capitalista. Essa revolução foi responsável pela separação definitiva entre o capital e o trabalho, pela consolidação do trabalho assalariado, pelo controle da burguesia sobre a produção e pela formação de uma nova classe social, o proletariado. Foi ainda caracterizada pela substituição do trabalho manual pelo trabalho da máquina e pela substituição da energia humana pela energia a vapor.

O desenvolvimento desse processo determinou uma série de transformações na vida cotidiana do homem inglês, em especial do homem pobre que migrava para a cidade e engrossava a camada marginalizada ou subempregada. As condições de vida e de trabalho eram caracterizadas pela miséria, o operário trabalhava cerca de 14 horas por dia em condições insalubres, não havia uma legislação trabalhista e a exploração era ainda maior em relação às mulheres e às crianças, que viviam em locais semelhantes a cortiços.

5- O Terceiro Estado compreendia 98% da população: (i) Os Camponeses; (ii) Grande Burguesia (banqueiros, grandes empresários e comerciantes); (iii) Média Burguesia ( profissionais liberais); (iv) Pequena Burguesia (artesãos e comerciantes); (v) Sans-culottes (aprendizes de ofícios, assalariados, desempregados).

O terceiro estado arcava com o peso de impostos e contribuições para o rei, o clero e a nobreza. Os privilegiados tinham isenção tributária. A principal reivindicação do terceiro esta¬do era a abolição dos privilégios e a instauração da igualdade civil.

6- Durkheim formulou as primeiras orientações para a Sociologia e demonstrou que os fatos sociais têm características próprias, que os distinguem dos que são estudados pelas outras ciências. Para Durkheim os fatos sociais são o modo de pensar, sentir e agir de um grupo social. Embora os fatos sociais sejam exteriores aos indivíduos, eles são introjetados pelo próprio indivíduo e exercem sobre ele um poder coercitivo: Força exercida pela sociedade que faz valer os costumes comuns, por meio da repressão.

As características dos Fatos Sociais são:

(i) Generalidade: o fato social é comum aos membros de um grupo. Os fatos sociais se manifestam através da natureza coletiva ou um estado comum ao grupo, a exemplo, os sentimentos e a moral.

A generalidade de um fato social, ou seja, sua unanimidade é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva, ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questão. O normal é aquilo que é ao mesmo tempo obrigatório para o indivíduo

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