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A TRANVERSALIDADE NO ENSINO DE HISTÓRIA COMO PROCEDIMENTO NORTEADOR: Teoria e prática

Por:   •  1/5/2019  •  Artigo  •  4.943 Palavras (20 Páginas)  •  186 Visualizações

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A TRANVERSALIDADE NO ENSINO DE HISTÓRIA COMO PROCEDIMENTO NORTEADOR: Teoria e prática

Jackicilene Costa Barros Ramos[1]

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO


RESUMO

O presente estudo discorre sobre a importância de utilizar os temas transversais atrelados ao ensino de História tradicional através da interdisciplinaridade no Ensino Fundamental II, ao mesmo tempo, examina junto aos PCNs e LDB o processo histórico do ensino de História, suas mudanças e como estas têm corroborado na prática escolar e na relação ensino aprendizagem. Para atingir tal objetivo, efetivou-se uma pesquisa histórica de caráter bibliográfico e de estudo de causa. Discorre-se sobre os desafios enfrentados pelos PCNs, tanto dos temas transversais como os de História para sua regulamentação e aceitação no ambiente escolar e faz-se uma relação epistemológica entre os temas transversais e o ensino de História.

Palavras-chave: PCNs. Temas Transversais. Ensino de História.

ABSTRACT

This study discusses the importance of using the cross-cutting issues linked to traditional teaching history through interdisciplinary in Secondary School, while examining with the NPCs and LDB the historical process of teaching history, its changes and how these have corroborated in school practice in the teaching and learning. To achieve this goal, was realized a historical research and bibliographical study of the facts. It talks about the challenges faced by NCPs, both of comparative themes in the history of its regulation and acceptance to the school environment and becomes an epistemological relationship between the cross-cutting themes and the teaching of history.

Keywords: PCN. Transversal Themes. History teaching. Changes.

  1. INTRODUÇÃO

A construção da História passa pela formação e criação da identidade cultural, uma vez que ela se concretiza em um conhecimento mais aprofundado. Ao se pressupor o ser humano como agente social e produto de cultura evoca-se a emergência de sua história, delineada no movimento do tempo em interação com o movimento no espaço. A partir daí, esse conhecimento torna-se significativo à medida que os agentes se reconheçam em um universo plural de significados e sentidos singulares.

A democratização e universalização do conhecimento básico, a obrigatoriedade da educação pública de qualidade tem sua presença fortemente expressa nesse alargamento da concepção da educação básica. O que se observa é que parte desta conquista foi obtida na constituição de 1988, que diz em seu artigo 208 que, o ensino fundamental público será obrigatório e gratuito, condições estas a serem implantadas progressivamente no desenvolvimento do ensino médio, ainda que atualmente, com uma redação reformulada pela referida emenda, a obrigatoriedade tenha sido substituída pela universalização do conhecimento (BRASIL, 1988), no entanto, esta universalização não existe de direito e de fato. Ela surge apenas como uma forma de se pensar em uma educação para “todos”, que não alcança essa proporção.

No que tange ao ensino fundamental, por se tratar de direito público subjetivo, o entendimento é de que o acesso à escola não se circunscreve ao primeiro contato com a escola, mas se coloca também para os que, por qualquer razão a abandonaram. Se o primeiro acesso a escola está universalizado, a situação se agrava diante do quadro de exclusão, face também, ao alto índice de repetência que vai ser refletido em todas as disciplinas curriculares. Assim, a Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB) dar uma tentativa de respostas para uma educação que precisa ser melhorada no país.

Partindo dos pressupostos acima elencados chegou-se ao seguinte problema: Como o educador de História pode trabalhar os temas transversais, enquanto procedimento inovador, em sala de aula na perspectiva de estimular a aprendizagem do educando?

Com isso a análise ora apresentada teve como suporte teórico, a pesquisa bibliográfica e exploratória. O método de abordagem foi o hipotético-dedutivo.

  1. PARÂMETROS CURRICULARES EM HISTÓRIA: objetivos, eixos norteadores e regulamentação.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados na perspectiva de, por um lado, respeitar as diversidades regionais, culturais, políticas existentes no país e, de outro, considerar a necessidade de construir referências nacionais comuns ao processo educativo em todas as regiões brasileiras.

Sob essa expectativa, procura-se criar condições nas escolas, que permitam aos alunos a possibilidade de acesso ao leque de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania.

A escola atual depara-se com intensos debates sobre o que ensinar, por que ensinar e como ensinar. Por isso mesmo, os PCNs revelam que o papel escolar está além das informações, onde o que se pretende é uma escola formadora de cidadãos conscientes de seu papel social. Pois,

Um ensino de qualidade que busca formar cidadãos capazes de interferir criticamente na realidade para transformá-la deve também contemplar o desenvolvimento de capacidades que possibilitem adaptações às complexas condições e alternativas de trabalhos que temos hoje e a lidar com a rapidez na produção e na circulação de novos conhecimentos e informações, que têm sido avassaladores e crescentes. A formação escolar deve possibilitar aos alunos condições para desenvolver competências e consciência profissional, mas não se restringe ao ensino de habilidades imediatamente demandadas pelo mercado de trabalho. (BRASIL, 1998, p. 34).

Essa possibilidade não é atribuída, tampouco decorrente da vontade. É, antes, um projeto de atuação político-pedagógica, que implica em avaliar práticas e buscar sistematicamente caminhar nessa direção.

A concretização desse projeto parte do pressuposto de que as práticas pedagógicas são sociais e políticas e de que não se trata de educar para a democracia, mas para o futuro. Ensinar e aprender trata-se de uma relação mútua, entre educação, professores e alunos, e a natureza dessa relação pode conter princípios democráticos.

A relação educativa é uma relação política, para que essa relação se defina no cotidiano escolar em sua forma mais ampla, começa-se pela estrutura escolar, em como a escola se insere e se relaciona com a comunidade, nas relações entre trabalhadores da escola, na distribuição de responsabilidades e poder decisório, nas relações entre professor e aluno, no reconhecimento dos alunos como cidadãos, na relação com o conhecimento. Baseados nisso que se acredita na escola assim como ela se apresenta para a sociedade.

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