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A crise do liberalismo e do estado de bem-estar social

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Por:   •  7/6/2014  •  Tese  •  1.668 Palavras (7 Páginas)  •  592 Visualizações

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Voltada para a adaptação dos princípios do liberalismo clássico às exigências de um Estado regulador e assistencialista; A partir da década de 1970, passou a significar a doutrina econômica que defende a absoluta liberdade de mercado e uma restrição à intervenção estatal sobre a economia, só devendo esta ocorrer em setores imprescindíveis e ainda assim em um grau mínimo (minarquia). É nesse segundo sentido que o termo é mais usado hoje em dia. 

Neoliberalismo, em sentido amplo, é a retomada dos valores e ideais do liberalismo político e econômico que nasceu do pensamento iluminista e dos avanços da economia decorrentes da revolução industrial do final do século XVIII, com a adequação necessária à realidade política, social e econômica de cada nação em que se manifesta. Em sentido mais estrito designa, nas democracias capitalistas contemporâneas, as posições pragmáticas e ideologicamente pouco definidas dos defensores da política do "estado mínimo", que deve interferir o menos possível na liberdade individual e nas atividades econômicas da iniciativa privada e, ao mesmo tempo, manter, ampliar e tornar mais racional e eficiente o estado de bem-estar social.

 A crise do liberalismo e o Estado de Bem-Estar Social 

Neoliberalismo

O declínio do liberalismo clássico remonta ao final do século XIX quando começou a declinar lentamente. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929, e a subsequente Grande Depressão, a queda foi vertiginosa. A partir daí, caiu em descrédito, ao passo que ganharam força teorias de intervenção do Estado na economia, notadamente as idéias de Keynes, implementadas no New Deal do presidente norte-americano Franklin Roosevelt. 

Em 1944, os países ricos criaram os acordos de Bretton Woods e estabeleceram regras intervencionistas para a economia mundial. Entre outras medidas, surgiu o FMI. Com a adoção das metas dos acordos de Bretton Woods e a adoção de políticas keynesianas, os 30 anos seguintes foram de rápido crescimento nos países europeus e no Japão, que viveram sua Era de Ouro. A Europa renascia, devido ao financiamento conseguido por meio do Plano Marshall, e o Japão teve o período de maior progresso de sua história. 

Liberalismo com nova roupagem: o neoliberalismo 

Mas a partir da crise do petróleo de 1973, seguida pela onda inflacionária que surpreendeu os Estados de Bem-Estar Social e o fim da padrão dólar-ouro, o liberalismo gradativamente voltou à cena, com a alcunha de neoliberalismo. 

Denunciou-se a inflação como resultado do aumento da oferta de moeda pelos bancos centrais. Responsabilizaram os impostos elevados e os tributos excessivos, juntamente com a regulamentação das atividades econômicas, como os culpados pela queda da produção. 

A solução seria a redução gradativa do poder do Estado, com a diminuição dos tributos, a privatização das empresas estatais e redução do poder do Estado de impor ou "autorizar" preços. Diminuindo ou neutralizando a força dos sindicatos, haveria novas perspectivas de emprego e investimento, atraindo novamente os capitalistas de volta ao mercado e reduzindo o desemprego. 

O primeiro governo ocidental democrático a se inspirar em tais princípios foi o de Margaret Thatcher na Inglaterra, a partir de 1980. Persuadindo o Parlamento da eficácia dos ideais neoliberais, aprovou leis que revogavam muitos privilégios até então concedidos aos sindicatos, privatizou empresas estatais, deu prioridade à tributação regressiva, além de estabilizar a moeda. O governo de Thatcher, conservador, serviu de modelo para muitos dos governos neoliberais do período pós-anos 1980. 

NEOLIBERALISMO

Podemos definir como neoliberalismo um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Através deste percebe-se o incentivo a mudanças, o favorecimento ao progresso, a necessidade de remanejar gastos, a competição por privilégios entre autoridades sociais e governamentais.

Quando se afirma a existência de governos “neoliberais”, a utilização do prefixo ‘neo’ não se refere a uma nova corrente do Liberalismo, mas à aplicação de alguns dos preceitos liberais consagrados e em certo contexto histórico (contemporâneo) diverso daquele no qual foram formuladas (no início dos séculos XVII, na Inglaterra, através de John Locke). 

Segundo tal corrente de pensamento, o indivíduo teria mais importância que o Estado. Essa concepção se caracteriza pela valorização da competição entre as pessoas e liberdade de comércio, para estes o indivíduo só interessa se for apto para trabalhar, só tem valor se for consumidor e ao mesmo tempo em que é a favor da diminuição dos gastos estatais com previdência social, saúde e educação.

Frederich Hayek e Friedman

Frederich August Von Hayek (1899-1992): foi um economista da Escola Austríaca.

Milton Friedman (1912-2006): foi um dos mais destacados economistas do século XX e um dos mais influentes teóricos do liberalismo econômico. Principal apóstolo da Escola Monetarista e membro da Escola de Chicago, além de defensor do laissez faire e do mercado livre, Friedman foi conselheiro de alguns governos e muitas de suas ideias foram aplicadas em boa parte do governo de Reagan.

Em 1944 foi lançado o livro “O Caminho da Servidão” de Hayek, que foi considerado uma ofensa ao Estado de bem-estar, pois regia duramente contra o Keynesianismo (organização política econômica a qual se opõe as concepções neoliberais, defendendo, por exemplo, a intervenção do Estado) e o assistencialismo do Estado (assistência que o Estado dava ao povo), tão defendidos até o momento. Devido à força ideológica que o Estado de bem – estar exercia sobre a sociedade em geral em 1944, as ideias de Hayek e posteriormente na década de 60 as de Friedman, ficou a margem das discussões daquelas décadas.

A concepção neoliberal foi formulada pela primeira vez em 1947 por Friedrich August Von Hayek. Ela partia do princípio de que o mercado deveria servir como base para organização da sociedade. 

Mas a política econômica neoliberal foi aplicada inicialmente pelos governos de Margareth Thatcher (Reino Unido) e Ronald Reagan (Estados Unidos), aproximadamente

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