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Alfred Marshall

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Por:   •  23/4/2014  •  2.094 Palavras (9 Páginas)  •  328 Visualizações

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Alfred Marshall

1842 – 1924

Escola: neoclássica

Principais Obras: The Pure Thery of Foreign Trade and the Pure Thery of Domestic Values; The Economics of Industry; Princípios de Economia; Industry and Trade; Money Credit and Commerce.

Vida: Resistindo a intenção de seu pai de que seu tornasse sacerdote, Marshall recusou uma bolsa em Oxford, indo estudar ciências e matemática em Cambridge, com o auxílio financeiro de seu tio. Tornou-se professor na mesma instituição, quando se interessou por Economia devido a preocupação com os pobres. Renunciou ao seu cargo (as normas assim o exigiam) ao casar com sua aluna Mary Paley, também economista. Lecionou em Bristol, depois retornou a Cambridge, onde concluiu sua carreira como líder dos economistas daquela escola.

Principais Idéias: Marshall foi o fundador da análise de equilíbrio parcial, aquela parte dos livros de microeconomia que trata da oferta e demanda em um mercado de um produto isolado, como por exemplo suco de laranja. O objetivo principal da teoria é mostrar como se comportam os preços e quantidades de equilíbrio produzidas nos mercados. Para tal, desenvolveu o conhecido diagrama de oferta e demanda, cujo cruzamento resulta no ponto de equilíbrio de mercado. É criado assim o instrumento de análise mais utilizados pelos economistas. O método consistia em isolar algumas poucas variáveis de análise, enquanto mantinha o resto dos fatores constantes – a famosa condição coeteris paribus. Assim, a renda e os gostos dos consumidores, o poder de compra da moeda ou as técnicas produtivas ficavam inalteradas durante a análise.

Embora melhor matemático que Jevons ou Walras, tinha uma posição mais balanceada sobre o papel da mesma na análise. Marshall relegava as deduções matemáticas e gráficos a notas de rodapé ou apêndices dos seus Princípios, tornando o texto acessível ao leitor comum. A obra mostrava uma grande preocupação com o realismo e com os problemas concretos que a Economia poderia ajudar a entender. Em uma carta, Marshall escreve:

Mas eu sei que eu tinha uma crescente sensação nos últimos anos do meu trabalho no assunto que é altamente improvável que um bom teorema matemático relativo a hipóteses econômicas seja boa Economia; e eu segui mais e mais as regras – (1) Use a matemática como uma linguagem resumida, em vez de como um instrumento de investigação. (2) Utilize-a até terminar. (3) Traduza para o inglês. (4) Então ilustre por exemplos importantes no mundo real. (5) Queime a matemática. (6) Se não obter sucesso em 4, queime 3. Este último passo eu segui freqüentemente.

Dados seus preceitos metodológicos, vejamos a sua teoria. Vamos estudar separadamente a demanda e a oferta. Quanto a primeira, Marshall declara que desenvolveu o princípio de utilidade marginal decrescente antes e de forma independente de Jevons, Walras ou Menger, embora não tenha publicado a respeito antes deles. Marshall adotava as hipóteses simplificadoras de que a utilidade do consumo de um bem independe da quantidade consumida dos demais bens, além de assumir constante a utilidade marginal de uma unidade monetária . Com essas hipóteses, podemos relacionar a utilidade marginal decrescente com a curva de demanda: o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por um bem reflete sua utilidade marginal, quanto mais bens se consome, menor é a utilidade marginal e menor o preço que se está disposto a pagar.

Quanto a oferta, Marshall também aplica o princípio marginalista, embora não utilize o princípio subjetivista. A curva de oferta é derivada com o auxílio do conceito de custo marginal crescente no curto prazo. Ao ignorar o elemento subjetivo na construção da oferta, o autor acaba adotando a teoria objetiva do valor dos clássicos. O custo no longo prazo é dado pela quantidade de trabalho empregada, que tem o seu valor dado pelo custo de produzir o trabalho. No curto prazo, à maneira de Jevons, os "custos reais" refletem o sofrimento com o dispêndio de trabalho. Além do custo do trabalho, Marshall adiciona outro custo real, adotando a teoria de Senior que relaciona os juros com a abstinência dos capitalistas, ou seja, com a inconveniência da espera pelos frutos futuros de um investimento presente.

A determinação do preço e quantidade de equilíbrio é dado pela intercessão das curvas de oferta e demanda. No gráfico da página anterior, se a quantidade for inferior a de equilíbrio, o preço que os consumidores pagariam (preço de demanda d) seria superior ao preço de oferta s, tornando lucrativo para as firmas expandir a produção, até o ponto de equilíbrio. Com essa teoria da determinação do preço de equilíbrio, Marshall pretendeu sintetizar as contribuições dos autores clássicos (oferta) com as dos autores neoclássicos (demanda). De fato, desagradava a Marshall a crítica que Jevons fazia aos autores clássicos, adotando por sua vez uma atitude conciliadora:

Seria tão razoável discutir se é a parte superior ou inferior de uma tesoura que corta o papel como determinar se o valor é dominado pela utilidade ou o custo de produção. Princípios

Para entender melhor quem determina os preços, mencionaremos a divisão da análise de Marshall em períodos. No curtíssimo prazo, um dia para o mercado de um produto perecível como peixes, a oferta não pode variar. A curva de oferta é vertical. O preço é determinado totalmente pelas condições da demanda. Este caso é representado pelo gráfico mais a esquerda. No curto prazo, tanto a oferta quanto a procura podem variar. A oferta ainda está limitada pela quantidade fixa de capital, que representa um custo fixo. Aqui se aplica o princípio de produto marginal decrescente: um aumento de capital circulante ou trabalho aumentam a produção, só que de maneira menos eficiente. A curva de oferta é positivamente inclinada, como vemos no segundo gráfico. No outro extremo, temos o longo prazo, no qual as firmas têm condições de se adaptar a demanda através da variação de todos os insumos. Neste caso, os custos médios de produção são fixos, determinando o preço. Observa-se que variações na curva de demanda não influenciam o preço de equilíbrio, apenas o volume produzido.

No desenvolvimento de seu aparato gráfico, Marshall acrescenta vários conceitos utilizados posteriormente. Do lado da oferta, Marshall introduziu o conceito de "firma média", ou representativa, que simplificaria a análise ao desconsiderar a variedade de firmas do mundo real. A firma representativa teria "vida razoavelmente longa, êxito razoável, seria gerida com habilidade normal e teria acesso às economias internas e externas pertencentes àquele conjunto de produção". Economias

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