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Antiga Grecia Sec. VI

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Por:   •  6/11/2014  •  1.507 Palavras (7 Páginas)  •  262 Visualizações

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ANTIGA GRECIA SEC. VI

AS TRANSFORMAÇÕES DA MENTALIDADE: DO MITO À RAZÃO.

A Concepção mítica do homem nos poemas homéricos.

Até o século VI a.C. pode-se dizer que na Grécia ainda predomina uma concepção mítica do mundo. Isso significa que as ações humanas se acham explicadas pelo sobrenatural, pelo destino, pela interferência divina. Os mitos gregos são escolhidos pela tradição e são transmitidos oralmente pelo aedos e rapsodos, cantores ambulantes que dão forma poética a esses relatos e os recitam de cor em praça pública. Dentre estes, destacamos Homero, provável autor das epopéias Ilíadas, que trata da guerra de Tróia (Illion, em grego), e da Odisséia, que relata o retorno de Ulisses (odisseus, em grego) a Ítaca, após a guerra de Tróia.

A Emergência da Consciência Racional

O surgimento da filosofia na Grécia não é na verdade, um salto realizado por um povo privilegiado, mas a culminância de um processo que se fez através de milênios e para o qual concorreram diversas transformações.

- A escrita gera uma nova idade mental fixando a palavra, e consequentemente, o mundo para além daquele que o profere.

- Drácon, Sólon e Clístenes são os primeiros legisladores que marcam uma nova era.

-Muito mais do que um metal precioso que se troca por qualquer mercadoria, à moeda é um artifício racional, uma convenção humana, uma noção abstrata de valor.

- A pólis se faz pela autonomia da palavra: não mais a palavra mágica dos mitos, concedida pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discursão, da argumentação.

- Decorre disso tudo uma nova concepção de virtude (areté), diferente da virtude do guerreiro belo e bom. Se antes a virtude era ética, aristocrática, agora é política, voltada para o ideal democrático da igual repartição do poder.

- A filosofia surge como problematização e dicursão de uma realidade antes não questionada pelo mito.

Características Culturais da época.

Nessa época a sociedade grega promoveu o mais assombroso período da história humana. As cidades gregas começaram a contestar as antigas tradições e lendas e a investigar sem preconceitos a natureza das coisas. Nesse período desenvolve-se a ciência e a filosofia tal como definimos hoje os termos. O teatro se desenvolve a partir das cerimônias em honra de Dionísio. A democracia foi outra grande conquista desta sociedade. Os artistas gregos confiavam no que viam e desenvolveram uma técnica para descobrirem as formas naturais e melhor representarem o homem. Tornaram-se estudiosos da anatomia humana passando a ter tanto domínio à forma do corpo humano que poderiam representá-lo em qualquer posição sem dificuldades.

A conquista do espaço, movimento e a recém descoberta da representação do corpo humano seriam usados para refletir a vida interior das figuras representadas. Sócrates, filósofo e estudante de cultura, dizia que os artistas “deviam representar a atividade da alma”, observando como “os sentimentos afetam o corpo em ação” É importante ressaltar que a Roma ao conquistar a Grécia deixou as influências por sua arte, contratando os artistas gregos e levando-os para a Itália numa reverência a esta cultura. Alguns grandes pensadores da Grécia antiga que influenciaram a cultura ocidental até os dias de hoje.

Os primeiros filósofos gregos.

Os primeiros filósofos gregos tentaram entender o mundo com o uso da razão, sem recorrer à religião, à revelação, à autoridade ou à tradição. Além disso, também eram professores que ensinavam seus discípulos a usar a razão e a pensar por si mesmos. Eles os encorajavam a discutir, argumentar, debater e propor idéias próprias. Tendo vivido entre o século VI a. C princípios do século V a.C., esses filósofos mais antigos, dos quais poucos conhecimentos foram conservados através dos tempos, são também chamados de pré-socráticos, por que antecederam Sócrates, o primeiro filósofo cujo método de pensar, bastante sistemático, foi efetivamente preservado para a posteridade. Não se pode, porém, deixar de examinar, ainda que brevemente, o pensamento dos pré-socráticos. Ainda que só nos restem fragmentos de suas idéias, elas são surpreendentes. E não só por constituírem uma grande novidade para a época em que elas foram formuladas, mas também porque muitas delas ou conservam grande atualidade ou encontraram ressonância em filósofos de milênios posteriores, inclusive nossos contemporâneos.

• Tales e Anaximandro.

Para começar, pode-se mencionar Tales, da cidade de Mileto, na Ásia Menor (atual Turquia). As datas de seu nascimento e morte são ignoradas, mas sabe-se que ele atuou na década de 580 a.C. Tales de Mileto se perguntou: "De que é feito o mundo?". Chegou à conclusão de que ele era feito de um único elemento: a água. Afinal, todas as coisas precisam de água para viver, é a chuva que faz as plantas brotarem da terra e toda porção de terra termina na água. Hoje sabemos que a resposta de Tales estava incorreta, mas não de todo. Na verdade, a física moderna chegou a uma conclusão semelhante à do antigo filósofo ao mostrar que todas as coisas materiais são redutíveis à energia. Um discípulo de Tales, nascido na mesma cidade, Anaximandro (610 a.C. -546 a.C) desenvolveu outro raciocínio. Se a Terra fosse sustentada pela água, esta, por sua vez, deveria ser sustentada por outra coisa e assim sucessivamente, até o infinito. Disso, Anaximandro concluiu que a Terra não era sustentada por nada, mas um objeto sólido que flutuava no espaço e se mantinha em sua posição graças a sua equidistância em relação a tudo mais.

• Heráclito e Pitágoras

Na mesma época,

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