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Análise de fontes

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Por:   •  27/2/2015  •  Resenha  •  496 Palavras (2 Páginas)  •  216 Visualizações

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Análise de Fontes

O século XX foi marcado por períodos de intensas difusões culturais entre os países, permeadas por questões políticas ideológicas onde se tem a presença de uma “guerra de representação”. Essa “guerra” consiste na criação de uma autoimagem contrapondo com a representação do outro que é subordinado, inferior aos bons valores.

Esses valores eram destacados com slogans e projetos, como por exemplo, a frase “american way of life”, e a política de boa vizinhança implementado pelos Estados Unidos da América numa tentativa se fazer uma padronização da América Latina, e evitar a aproximação com os governos ditatoriais ultranacionalistas, num período onde os governos liberais democratas estavam em crise. Tínhamos também pelo outro da disputa, a questão da organização e força dos países que iriam formar o Eixo, que demonstravam isso através das imagens de seus exércitos padronizados e fortes, de barba feita e uniformes impecáveis.

Um meio amplamente utilizado no período para divulgação desses ideais foi à indústria cinematográfica. Através dos filmes se mostrou um planejamento cuidadoso de penetração ideológica e conquista de mercado. Seja pelo modo do livre comércio baseado no peso das moedas ou pelo sistema de trocas de mercadorias, utilizado pelo governo alemão.

A América Latina também era palco dessas disputas, mas não podemos considerar que eram subjugadas por essas nações. Na realidade em muitas oportunidades se mostravam dispostas a barganhar com os dois lados, preferindo assim manter uma posição de neutralidade. Mas muitas dessas questões eram definidas pelo tipo de governo implantado, pois muitas vezes um país apoiava um lado e depois entrava outro governo que apoiaria o lado contrario. Retornando a questão que muitas das opções eram decididas verificando os benefício e vantagens dado ao governo vigente.

Temos na Argentina diversos documentos direcionados pela embaixada alemã solicitando a censura de alguns filmes que denegriam a sua imagem, como confirmação da posição de neutralidade. É o caso do Expediente 17.574-R, informando do filme norte americano “Juana de Paris”, e o do Expediente de nº 25, que reclamava da exibição dos filmes “A Espia fascinante”, “Eram quatro filhos”, “A hora fatal”, “O grande ditador” e “O homem que quis”.

Outro documento trocado por autoridades argentinas é a carta de Arturo Goyeneche, assinada também por Nereo Gimenez Melo (da prefeitura de Buenos Aires) para o Ministro do Interior, Dr. Diógenes Taboada, que reafirma a proibição de filmes que contenham imagens associadas a países e a guerra que causem sentimentos de hostilidade ou aplausos.

Não podemos destacar uma homogeneidade do passado, e definir lados de atuação. Pois por de trás dos planos ideológicos temos sujeitos, e não seres passivos. Eles aderem a certos princípios visando muitas vezes interesses próprios. Até em momentos de neutralidade estamos diante de uma posição, que com certeza está agindo segundo um principio para ampliar suas vantagens. Então da mesma forma que nos parece que essas políticas estavam se apropriando de uma passividade de outros países, o processo inverso também ocorreu, havendo a busca por benefícios de ambos os lados.

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