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Arquitetura Islamica

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Por:   •  16/5/2013  •  5.299 Palavras (22 Páginas)  •  1.149 Visualizações

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Arquitetura Islâmica: Introdução

A arquitetura islâmica agrupa o conjunto de estilos seculares e religiosos aplicados no desenho e construção de edifícios e estruturas, desde a época de fundação do Islão, até os dias atuais.

Os tipos principais de construções da arquitetura islâmica são: as mesquitas, as tumbas, os palácios e os fortes. De menor importância são os banhos públicos, as fontes, e a arquitetura doméstica.

A coluna, o arco e a cúpula são características marcantes dessa arquitetura, na medida em que as três juntas lhe dão beleza e originalidade.

A partir da Hégira (fuga de Maomé de Meca para Medina em 622), em um intervalo de aproximadamente cem anos, o islamismo cria um dos maiores impérios que já se viu. Estendia-se pela Síria, Egito, Iraque, Pérsia, Ásia Menor, parte do norte da África, Espanha e Sicília. A diversidade dos povos que o compunham determinou o aparecimento de diversos estilos, porém com uma estética própria.

As restrições religiosas à representação de figuras humanas e de animais no Islam impediu a evolução de técnicas como a pintura e a escultura e acabou por transformar a arquitetura na modalidade artística mais desenvolvido na cultura islâmica.

A arquitetura islâmica, em virtude da forte religiosidade, encontra sua melhor expressão na mesquita, edifício destinado às orações comunitárias.

Sua origem é a casa de Muhammad (na cidade de Madina), que constava de um pátio cercado por muros, com diversos aposentos ao redor.

As Mesquitas são as formas mais expressivas da Arquitetura Islamica.

Historia das Mesquitas

No Ocidente é frequente pensar-se nas mesquitas como um templo semelhante às igrejas cristãs, um edifício dedicado apenas ao culto de Deus. Na realidade a mesquita é a construção mais complexa do mundo islâmico.

Grandes pátios e torres altas (minaretes) são elementos frequentemente associados com as mesquitas. No entanto, as primeiras mesquitas, que surgiram na Península Arábica eram estruturas muito simples. As mesquitas evoluíram bastante nos séculos que se seguiram, adquirindo as estruturas que lhes são hoje familiares ao mesmo tempo que se adaptaram às várias culturas do mundo.

As Primeiras Mesquitas

Segundo as crenças islâmicas, a primeira mesquita do mundo é a área em torno da Kaaba em Meca, actualmente na Arábia Saudita. Esta área é hoje conhecida como Masjid al-Haram ou Mesquita Sagrada. Desde 638 o Masjid al-Haram tem sido expandido várias vezes para poder acomodar o número crescente de muçulmanos que vivem na área ou que realizam a peregrinação anual a Meca (Hajj). Para outros, a primeira mesquita foi a Mesquita de Quba em Medina, dado que esta foi a primeira mesquita construída pelo profeta Muhammad. A primeira coisa que Muhammad fez quando se aproximou de Medina foi construir a Mesquita Quba, na qual os muçulmanos acreditam que permaneceu durante três dias antes de entrar na cidade.

Alguns dias depois de ter começado o trabalho na mesquita Quba, Muhammad estabeleceu outra mesquita em Medina, conhecida hoje em dia como Masjid al-Nabawi, ou a Mesquita do Profeta. A localização da mesquita foi declarada após a realização no local da primeira oração de Muhammad à sexta-feira. Nesta mesquita seriam desenvolvidas algumas das práticas habituais nas mesquitas atuais, como o adhan, ou seja, a chamada à oração. O Masjid al-Nabawi foi construído com um grande pátio, elemento presente nas mesquitas construídas desde então. Num dos lados do pátio colocava-se Muhammad para pregar. Mais tarde, o profeta do islão adoptou um púlpito com três degraus de modo a servir como plataforma de onde pudesse realizar os seus sermões. Este púlpito é hoje conhecido como mimbar e é comum nas mesquitas actuais.

Hoje em dia, o Masjid al-Haram em Meca, o Masjid al-Nabawi em Medina e a Mesquita de Al Aqsa em Jerusalém são considerados como três locais sagrados do islão.

A arquitetura nas Mesquitas

a arquitetura sagrada não manteve a simplicidade e a rusticidade dos materiais da casa do profeta, sendo exemplo disso as obras dos primeiros califas: Basora e Kufa, no Iraque, a Cúpula da Roca, em Jerusalém, e a Grande Mesquita de Damasco. Contudo, persistiu a preocupação com a preservação de certas formas geométricas, como o quadrado e o cubo. O geômetra era tão importante quanto o arquiteto. Na realidade, era ele quem realmente projetava o edifício, enquanto o arquiteto controlava sua realização. Tudo era estruturado a partir da geometria, já que até a língua árabe é numérica e os edifícios e seus ornamentos eram a tradução arquitetônica das fórmulas e números de caráter místico, segundo sua doutrina.

A cúpula ou teto de pendentes, herdado da cultura bizantina, permitiu cobrir o quadrado com um círculo, sendo um dos sistemas mais utilizados na construção de mesquitas, embora não tenha existido um modelo comum. As numerosas variações locais, devido a grande extensão dessa cultura, fez que suas manifestaçãoes se adaptassem aos estilos locais mantendo a distribuição dos ambientes, mas nem sempre conservando sua forma. As mesquitas transferiram depois parte de suas funções aos edifícios públicos.

As residências dos emires constituíram uma arquitetura de segunda classe em relação às mesquitas. Seus palácios eram planejados num estilo semelhante, pensados como um microcosmo e constituíam o hábitat privativo do governante. Exemplo disso é o Alhambra, em Granada. De planta quadrangular e cercado de muralhas sólidas, o palácio tinha aspecto de fortaleza, embora se comunicasse com a mesquita por meio de pátios e jardins. O aposento mais importante era o diwan ou sala do trono.

Outra das construções mais originais e representativas do Islã foi o minarete, uma espécie de torre cilíndrica ou octogonal situada no exterior da mesquita a uma altura significativa, para que a voz do almuadem ou muezim pudesse chegar até todos os fiéis, convidando-os à oração. Sua posição no núcleo urbano era sempre privilegiada. A Giralda, em Sevilha, é um exemplo dos minaretes da arte andaluza. ¬¬¬Outras construções representativas foram os mausoléus ou monumentos funerários, semelhantes às mesquitas na forma e destinados a santos e mártires.

As obras nascidas dessa cultura são grandiosas e deixam o espectador sem palavras. Muitos de seus edifícios estão entre os escolhidos pela Unesco como patrimônio da humanidade, desde a costa atlântica do Marrocos até os confins da China.

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